quinta-feira, 27 de junho de 2013

TRABALHO ACELERADO NO CONGRESSO - REFORMA POLITICA – ENCONTROS


Acabou a apatia da população e dos políticos. Diante dos protestos e da violência que tomou conta das ruas o Congresso milagrosamente acordou e resolveu trabalhar acelerado. Será para valer ou tudo não passa do tipo ‘apaga incêndio’?
– Vejamos o que foi votado a toque de caixa: 1- Corrupção = crime hediondo - pura demagogia - quantos deles escapariam ilesos? 2- Royalties do Petróleo = 75% para a Educação e 25% para a Saúde.  a) O petróleo está no fundo do mar e só daqui  três a seis anos haverá dinheiro para ser distribuído, se o petróleo realmente for extraído ; b) o valor do petróleo é variável dependendo do mercado internacional – lembremos que o Brasil ainda é dependente de importações do produto. Recursos para saúde e educação são para ontem... 3- PEC 37 – segundo observadores a emenda cairia com ou sem protestos; portanto nenhum mérito à votação feita de afogadilho.
Os panos quentes ensaiados pelo Planalto, além de não minimizar os problemas, indicam que o tamanho da confusão ainda não pode ser devidamente avaliado. Destaco dois assuntos que ainda vão dar muito barulho: 1  - Redução das tarifas do transporte público: - O que o PT fez contra os governos paulista e goiano, ambos do PSDB, ordenando a redução das tarifas para confrontar os respectivos  governos, e que se tornou um rastilho nacional, pode sucatear de vez o sistema de transportes. A informação é de que a ordem partiu do Partido e não do governo.  2 – Reforma Política x Constituinte x plebiscito: - Pelo que lemos nos noticiários, a Presidenta, fiel ao partido, abriu a agenda de 2007 do PT para um plebiscito e uma Constituinte exclusiva, para a reforma política, etc. O que vão perguntar? Como será feito o esclarecimento de um eleitorado pau mandado semi-analfabeto? Quanto vai custar essa farsa? Quando? - Plebiscitos e referendos são consultas populares simples onde o eleitor é chamado, em circunstâncias muito especiais, para dizer um “sim” ou “não”. Em 1993 quando se consultou o povo para uma mudança da forma de governo, se deveria ser  Presidencialista, Parlamentarista ou Monarquia, o público não teve tempo de refletir melhor e conhecer o que significava cada uma desses formas de governo. O resultado está aí.  Um Presidencialismo dominado por velhos hábitos de políticos que se apoderaram de cargos como se fossem os donos do poder. Isso é que precisa ser mudado e o povo já deu seu primeiro recado.
Quanto ao encontro da Presidenta com os lideres do Movimento do Passe Livre nos chamou a atenção a fala do representante do MPL Marcelo Hatinskg – 19 anos, estudante de filosofia: - “Não ficamos satisfeitos; foi uma abertura de diálogo importante, mas vimos a Presidenta completamente despreparada”- (sic).
Ele é ativista e classifica o vandalismo dos últimos dias de ‘revolta popular’ como luta em favor da superação do capitalismo e quer o fim do latifúndio agrário. Já a Presidenta chama ao movimento passe livre de representantes das vozes da rua (!).
Em síntese, é a fala comunista insistindo em implantar sua ditadura no Brasil.  Comunistas: - Aqueles que meu pai, diante de minha curiosidade infantil após ouvir uma conversa de adultos sobre a revolução russa e os comunistas da ‘coluna Prestes’, definiu como: - “pessoas que não trabalham, mas querem a colheita para si, de graça.” E, exemplificou: - “é como a formiga cortadeira: você planta e ela corta e carrega.” Mais claro impossível.
Reformas são necessárias e urgentes. Cortar mordomias, reduzir gastos com a máquina administrativa, fim de reeleição, clareza no uso dos recursos públicos – ex. gastos com a Copa  - entre muitas outras demandas como saúde, educação, infra estrutura, etc.

Exercer um mandato deveria ser encarado como  uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não um uma carreira.