sexta-feira, 21 de junho de 2013

OS PROTESTOS E PASSEATAS CONTINUAM – SEPARANDO O TRIGO DO JOIO – E A MELHOR PESQUISA DE OPINIÃO

Um despertar inimaginável há algumas semanas, ganhou uma dimensão de mobilização popular tal que o que era para provocar o governo paulista por conta dos R$0,20 do aumento das tarifas dos ônibus, tomou conta de norte a sul do país.  Dia a dia uma multidão está comparecendo. Os políticos sumiram como chapéu velho!
A esplanada dos Ministérios em Brasília, cartão postal do Brasil transformado em praça de guerra obrigando a PM a agir contra os baderneiros... Em São Paulo, petistas tiveram que enrolar suas bandeiras e ouvir um sonoro coro dizendo: ‘fora PT e leva a Dilma com você’. No Rio de Janeiro depredações, confrontos, vandalismo que obrigaram a PM a agir contra os manifestantes que se isolaram da multidão que fugiu para o centro – Candelária. Em Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, Belém, Ribeirão Preto e em muitos outros pontos de concentração houve atos de vandalismo, violência e depredação exigindo a presença da PM.  E por aí vai...
A imprensa e alguns comentaristas minimizam os atos de vandalismo dizendo que são praticados por ‘minoria’ (não tão minorias); acusam e demonizam a força necessária usada pela PM para restabelecer a ordem, e acham que o povo tem o direito de se manifestar, colocar fogo em carros e ônibus, sujar paredes, depredar o patrimônio público e privado, e fechar ruas onde quiser, sem respeitar os direitos de ir e vir dos demais.
Este é o panorama geral que vigorou nesta semana. O trigo e joio começam a ser separados. Tal qual como foi em 1964 quando os militares tomaram a decisão de interferir e por um fim à baderna que começava a reinar.
O que de positivo está restando é a conscientização de uma grande parte a população cansada de tantos desmandos. Se 84% dos cidadãos consultados são apolíticos, então o restante são de politiqueiros e militantes baderneiros – aqueles que são pagos para demonizar governos de oposição, depredar o patrimônio público, desrespeitar a ordem e a lei.
Há males que vem para bem, diz a voz popular. Recuar nem sempre é perder a batalha. O recuo do aumento dos $0,20 abriu uma oportunidade para que outras vozes se levantem e  mostrem a insatisfação generalizada contra a classe política, especialmente aquela que adora viajar pelo mundo às  custas dos cofres públicos, fazer cortesia com o chapéu alheio, se dizem representantes dos trabalhadores, pelo social e tudo pelo povo.

O movimento certamente não vai se esvaziar da noite para o dia. Mas há uma luz no fim do túnel. A avaliação do governo  atual ficou bem clara; já se sabe quem está satisfeito porque está com a vida mansa, e quem está descontente – a grande maioria – e quer uma mudança imediata. O que está aí já perdeu a validade. Quanto tempo ainda tardará para que uma nova ordem se estabeleça, ainda não dá para saber. A melhor pesquisa de opinião popular já está ressoando de norte a sul. O brasileiro está mandando um recado claro aos políticos: – A festa acabou. Ou trabalham ou deixam o cargo. Vocês são empregados, não patrões.