terça-feira, 30 de setembro de 2014

A CAMPANHA ELEITORAL ENTRA NA RETA FINAL – TUDO INDEFINIDO...


Estamos a uma semana da eleição numa corrida desigual na disputa pelo poder.  Ainda haverá debates e as pesquisas encomendadas, como se isso fosse decisivo diante do quadro político partidário confuso e de pouco ou nada de concreto a se esperar, pelo menos das duas candidatas em maior evidencia. 
De minha parte me reservo o direito de ignorar as repetidas pesquisas. Torço por uma eleição limpa onde o eleitor não se sinta constrangido a votar neste ou naquele candidato e que sua escolha seja respeitada.
Até domingo, muita coisa ainda pode acontecer. O mercado financeiro inquieto reage mal às pesquisas de uma possível vitória da atual presidente para mais 4 anos de mandato.Vive-se um momento de graves denuncias – delações premiadas – pesando diretamente sobre o governo no poder desde 2002. É o escândalo na Petrobrás envolvendo pessoas de confiança do ex-presidente Lula e da atual presidenta Dilma. A alegação de que não sabia de nada não convence. A outra candidata em evidencia, que, com a queda do avião que matou o ex-candidato Eduardo Campos assumiu a vaga, trás na bagagem muita coisa  a ser explicada sobre o acidente.
A pergunta que temos a fazer é – se, quem está no poder há tanto tempo não fez o que deveria ter feito, o fará nos próximos 4 anos? Desculpem a comparação, mas às vezes a candidata à reeleição se comporta como aquela adolescente que, de última hora, promete se comportar direitinho para ganhar o tão desejado presente... -  Mas, frases (em dilmês) como  por exemplo: ‘O meio ambiente é sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável’ dita no encontro em Copenhagen- 2009 – são de envergonhar a nação; certamente os tradutores devem ter procurado dar uma interpretação palatável... Porém, sua recente fala na ONU condenando os ataques aos terroristas e recomendando o diálogo (sic) não deixou dúvidas de que parou no tempo. Ela que preside um país onde a violência só faz crescer, as cadeias estão superlotadas, e  onde já se pratica  degola de presos, deveria resolver esses graves problemas em casa  antes de ir dar conselhos lá fora.
O comportamento dos políticos que em ano eleitoral esquecem suas obrigações e partem para a campanha tem que ser coibido. 
Em que mundo vivem os políticos? Que mundo novo, com distribuição de riquezas  - dos outros – esperam construir quem só pensa em termos econômicos? É um comportamento  de quem ainda está na primeira infância e entende que pobre é aquele que não tem alguma coisa que ele/ela tem. 
A fala de uma jovem indígena da etnia Caingangue me chamou a atenção. Ela disse que a presidente pensa que eles (índios) precisam de casa de alvenaria, luz elétrica, chuveiro quente, mas eles não precisam de nada disso; eles precisam ser eles mesmos. É isso que os governantes ainda não entenderam, não só em relação aos povos indígenas, mas também ao cidadão comum que, à revelia de quem quer que esteja no poder, têm direitos de construir seu mundo, seu patrimônio, seus valores, sem constrangimentos ou imposições totalitárias e de subserviência.

 O mais importante é saber usar as riquezas de ordem material, intelectual, espiritual que cada um recebe e ter liberdade para crescer e usufruir de suas conquistas pessoais. Ser pobre não é desonra. A maior pobreza é a falta de moral que permeia os altos escalões governamentais a enganar cidadãos cuja ingenuidade os torna presas fáceis da propaganda. E, aí é com se diz no popular: - ‘um dia tudo vai para as cucuias... ’

domingo, 28 de setembro de 2014

É PRIMAVERA – UM JARDIM EM FLOR - É TEMPO DE GRAÇAS RENDER

É Primavera. É tempo de graças  render. É o que diz cada jardim em flor.

São as Rosas em botão ou em flor em sua mensagem inspirando o coração do eterno poeta... Uma rosa é uma rosa, diz ele a cantar;

São os Lírios do vale ou do jardim, a tudo embelezar e perfumar;

É a tímida Violeta – branca, rósea ou lilás – discretamente  à janela a espreitar;

Olha o Cravo atrevido, que, de suas pétalas, lança dardos de cor e de aroma,  querendo a todos abraçar.

Gerânios aveludados, Orquídeas mimosas, Dálias a reinar, mais Mimosas, Boninas e quantas outras o mundo estão a embelezar.

Hortênsias...  Flor vaidosa, vestida de azul ou de rosa,  com sua delicada e majestosa coroa se destaca nos canteiros das vovós.   

Mais a rainha Margarida, ao sabor da sorte: - ‘bem me quer, mal me quer’, suas pétalas vão caindo declarando seu amor.

Camélia branca, pura, delicada, tu és a mais bela flor do jardim.

E um pequenino relógio - é a  ‘Onze Horas’ – mimosa florzinha -, que pontualmente está a hora marcar! É ela com seu badalo colorido que anuncia: - onze horas, sim senhor!

Tudo é movimento. Tudo é cor. Tudo é festa. Só tu, fazedor de guerras não vês as coisas belas que a Primavera está a ofertar.

Alegremente tagarela a natureza repleta de mistérios. Na selva ou no pequenino jardim, a vida se renova como que por encanto.

Um irrequieto beija-flor verde, leve como  pluma, ouvindo nossos pensamentos visita janelas, traz mensagens, deixa mais leve o dia ensolarado...

É Primavera. É tempo de sonhos novos acalentar, mensagens propagar e, ao colorido em festa,  unir nossas preces de eterna gratidão.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O MEIO AMBIENTE – ESPECULAÇÕES SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: - SECAM NASCENTES DE RIOS E REPRESAS – É POSSÍVEL O CONTROLE DOS FENÔMENOS NATURAIS?


O assunto é sério. A maior  cidade do país enfrenta grave falta de água, pois a seca prolongada e o desperdício  do precioso liquido está  mostrando a que ponto se pode chegar quando falta senso de responsabilidade social ao cidadão concentrado nas metrópoles.
Será ele o único responsável por nascentes como a do rio São Francisco secar e represas atingir níveis preocupantes? É verdade que costumados a um regime de chuvas intenso e regular, apesar das recomendações sobre o uso da água, a população acomodada não tem feito sua parte. Mas...
Haverá um novo encontro de países para preparar um documento que deve substituir o tratado de Kyoto, como se leis no papel surtissem algum efeito prático. O Brasil já se posicionou contra as propostas apresentadas, alegando que contrariam legislação própria em vigor. O foco voltado para a Amazônia levou a presidenta a comparar (eleitoreiramente!) o nível de desmatamento ocorrido no período em que Marina Silva foi Ministra do meio Ambiente e o posterior, onde segundo ela, o nível de desmatamento foi menor... Os índices de 29%, no entanto, apontam para um aumento em relação ao período anterior. O que isso significa em termos globais? – nada!
As mudanças climáticas estão acontecendo. Um documentário sobre a Taiga Siberiana – floresta fria que acompanha a faixa ao redor do círculo polar Ártico incluindo Canadá, Norte da Europa e Ásia – Rússia, - demonstra que a região sofre com o ‘aquecimento’ global. A exploração do petróleo na região do Ártico, citada casualmente,  exerce seu  impacto. Além da ação do homem há um agente predador - um besouro, o besouro da casca – que ataca as árvores (coníferas); para evitar a propagação do predador, as árvores então são abatidas e queimadas no local - pequenos incêndios programados pelos guardas florestais certamente também influem criando ciclo vicioso.
Um artigo que especula sobre as causas das mudanças climáticas aponta como possíveis responsáveis os ETs que estariam monitorando o planeta e promovendo as mudanças (!). Essa colocação me fez lembrar um relato sumeriano sobre os deuses NANNA e sua esposa Nin.Gal, que desobedecendo a hierarquia dos ‘dingir’ voltaram à Terra para proteger um rei-sacerdote. Tudo ia bem até que ANU e Enlil fecharam as portas do céu e a seca destruiu o reino obrigando o casal a fugir da ira dos deuses. Diz o relato: “Os celeiros de Ur, os estaleiros, a abundancia reinante no milênio 3º. A.C cessou obrigando à dispersão...”  e prossegue: ‘O rio de Ur está vazio, nenhuma barca se move, nenhum pé pisa sua margem, longas ervas crescem aí.’ Na América Central há vestígios de civilizações que abandonaram tudo e partiram – supõe-se que as causas foram climáticas e consequente escassez de alimentos.
Conhecemos a verdadeira estrutura da Terra e todos os mecanismos que garantem a vida como conhecemos?  E se a água acabar? Aí temos a lenda ou fábula de Esopo falando aos trabalhadores de um estaleiro:
- Diante do desafio dos operários sobre seus conhecimentos Esopo começou a lhes contar que ‘no começo só havia água e o caos, e como Zeus quisesse fazer aparecer o elemento terra, aconselhou que a terra engolisse por três vezes o mar. E ela, assim que começou, primeiro fez surgir as montanhas; da segunda vez engoliu mais água e surgiram as planícies; e, se ela julgar que deve engolir a água uma terceira vez, a sua arte se tornará inútil.’

O homem partiu para Marte busca de respostas sobre o fim da água e da atmosfera no planeta vermelho...
Haverá um controle meteorológico por possíveis moradores do espaço que costumam visitar seus amigos do interior da Terra, citados por Udo Luckner? – Você sabe para onde vão aqueles milhões de aves migratórias que depois de nidificar e criar seus filhotes, levantam voo, migram e desaparecem nos céus? Você já ouviu falar no Almirante Byrd e suas viagens aos polos a serviço da Marinha Americana? – onde esteve ele – num mundo além do pólo, acima ou abaixo? Além das brumas de Avalon há outras realidades (sic). Lendas é que não faltam.


Voltando à nossa realidade imediata, a seca continua. A procissão popular realizada no interior paulista pedindo chuva ocorria quando a seca se agravava; o povo simples da roça se reunia às três horas da tarde e, sob o sol escaldante, caminhava em oração até uma cruz à beira da estrada; cada um levava um pouco de água para regar a cruz e pedir chuva. Sempre dava certo... A fé remove montanhas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

DEMOCRACIA É ALTERNÂNCIA DE PODER E RESPEITO PELO CIDADÃO – OS POLÍTICOS APEGADOS AO PODER PRECISAM SABER DISSO.


O quadro nacional para o futuro próximo não é dos mais confortáveis. Sob a alegação do ‘eu não sabia de nada’, o governo que aí está precisa reconhecer que não tem mais competência para continuar no cargo. Democracia não é só eleição e voto – democracia é alternância no poder para dar oportunidade para se corrigir os rumos da economia e incluir novas políticas que ofereçam reais oportunidades de mudanças em setores  mais prejudicados pela má gestão e melhorar as condições de vida de um modo geral.
Com um discurso, que seria divertido, não fosse quem o faz (os governantes no poder) e a quem atinge (a nação como um todo) até que se poderia acreditar que ainda vivemos no país maravilha. Mas não é.
 Temas que ilustram o discurso político:
1-    Pré Sal – Royalties para a Educação e para a Saúde. O pré-sal é uma riqueza imensa que está a 7 mil metros de profundidade sob as águas oceânicas, abaixo de espessa camada de sal. Existe, mas tudo ainda está em gestação – como o ‘ovo antes da galinha botar’ – Segundo as previsões mais otimistas, lá pelo ano de 2036, se tudo der certo, é que o precioso combustível estará sendo comercializado e seus royalties finalmente poderão ser destinados à Saúde e a Educação. Portanto, por enquanto, tudo não passa de propaganda, e o bom senso manda que cada um continue com o pé no chão enfrentando a real realidade. Só a presidenta não sabe, ou se sabe não lhe interessa que a verdade seja dita.
2-    Transporte para todos. Redução do IPI. Mobilidade Urbana – dia mundial sem carro – ciclovias & indústria automobilística - empregos...  – Em julho / 2013 houve uma mobilização popular e um dos temas foi a defesa do transporte publico gratuito de qualidade. Impossível não é, porém alguém vai ter que arcar com os custos. O governo, apanhado de surpresa, prometeu mundos e fundos e até recebeu os ‘lideres’ que se apropriaram do movimento popular – que, na verdade, teve a mão de um marqueteiro distribuindo cartazes onde constavam variadas reivindicações ‘pesquisadas’ via internet conforme foi dito na época. Só esse detalhe já demonstra que as reivindicações foram programadas por um grupo que se agregou à população que tinha outra pauta. Só para relembrar, apareceu os Black bloks. E todos conhecem a história.
A mobilidade urbana continua um caos. O dia mundial sem carro é uma bobagem que não resolve o problema. Ciclovias para cidades como São Paulo, exigem uma planejamento; não basta pintar faixas. Isso é uma irresponsabilidade.
Num país onde o estado mastodôntico gasta com uma estrutura burocrática corrupta e incompetente, o quesito indústria automobilística, ganhou nota dez em produção, comercialização com IPI reduzido, garantiu a geração de empregos, que alimentou a classe sindical politizada, etc.;  resultados: -  saturação do mercado com os pátios das montadoras lotados de veículos e um transito  caótico nas grandes cidades.
Nos grandes centros urbanos já é mais rápido e menos desgastante ir a pé se o destino estiver num raio de até dez km.  Falta a muito usuário a iniciativa de fazer sua greve e ignorar qualquer tipo de transporte. Investir num bom calçado confortável pode ser a melhor solução imediata. Caminhar faz bem à saúde.
É preciso acabar com as idéias totalitárias e subversivas que mantém os cidadãos reféns de ações de governos incompetentes. Sou de um tempo em que cada cidadão era dono de seu nariz e havia respeito pela verdade. A começar com a informação correta do que seja Democracia.

3-    Política externa – a Presidenta Dilma acaba de cometer uma irresponsabilidade em nome do país ao recomendar na ONU que se dialogue com os terroristas do Estado Islâmico que estão a praticar toda sorte de barbáries. Como presidenta ela tem o dever de, pelo menos, respeitar a inteligência dos brasileiros. As opiniões particulares dela não combinam com nosso sentimento de país democrático de tradições pacifistas, sim, porém de direito e de respeito. Vá lá Presidenta e fale com eles...

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

UM FIM DE SEMANA COM ESPORTE ; A CAMPANHA POLITICA CONTINUA


Esporte – F1 – Felipe Massa não vence há 100 corridas. Porém terminou em quinto lugar – nada mau.
Vôlei – um vice- lugar para a seleção brasileira. Nem sempre se ganha todas...
Futebol – os clássicos de sempre. Dunga inaugurou uma nova era, dizem.

Protestos, vandalismo, ciclovias, passeios ciclísticos e caos urbano, mais as campanhas eleitorais marcam o dia a dia da nação – E o IBGE, entre uma revisão e outras dos seus dados,  anuncia que o Brasil ainda tem 13 milhões de analfabetos com mais de 15 anos! Acabaram com o MOBRAL. Cadê o Projeto Rondon que levava jovens universitários para conhecer a realidade e atender comunidades pelo interior do país? Eram programas dos governos cívico-militares, como tantas outras realizações depreciadas pelos governos que se sucederam após a anistia e a volta às eleições diretas.  A Saúde vai de mal a pior, a educação e os programas de governo não passam de intenções no papel. E, nas campanhas dos atuais candidatos, as promessas são fartas.

Faltam poucos dias para saber se tudo continuará  na mesma ou se haverá uma real possibilidade de mudar os rumos da política. O que vemos é uma campanha desorganizada, sem método e sem um planejamento coerente, com os candidatos correndo a esmo pelo país, sinalizando de que teremos continuidade – mais do mesmo. Muita coisa pode acontecer até o dia 05/ 10. Vamos aguardar.

Só as denuncias de falcatruas praticadas por ONGs associadas a partidos políticos  e companheiros, não param de crescer. Todos os dias há novas e graves informações sobre a roubalheira praticada por políticos e seus apadrinhados com os quais têm afinidades – Petrobrás em destaque.

Nada de pessimismos. É que temos que ser realistas (mais do que El Rei!)  e não tem Manual de Auto ajuda que vá mudar a realidade.  
Oscilando entre a utopia da candidata Marina e a postura da campanha do ‘pense positivo’ - Dilma de ‘cola’ na mão - ,  mais a cara assustada do candidato Aécio, eu continuo defendendo o fim do político profissional com seu séquito de assessores parasitários dos cofres públicos. Com uma presidenta usando o Palácio para entrevistas políticas, acentuou-se a diferença de visibilidade para os demais candidatos. Ela naturalmente usará a fala na abertura dos trabalhos da ONU para se promover. Muita água ainda vai rolar por baixo da ponte até o dia da eleição. 
Quanto à Marina, a candidata ambientalista, deixará de comparecer ao encontro sobre mudanças climáticas, nos EEUU nesta terça feira. A floresta Amazônica continuará no centro das atenções, como se fosse a única floresta do mundo!

A Primavera dá seus sinais. Desaposentei minhas agulhas de tricô, otimista por dias melhores. Amanhã será um novo dia...

sábado, 20 de setembro de 2014

BRASIL E O MUNDO: ESCÓCIA DISSE NÃO À INDEPENDÊNCIA DO REINO UNIDO; BRASIL > A CORRIDA ELEITORAL CONTINUA E OS CONFRONTOS SEM SENTIDO TAMBÉM.


Com 55% de votos contra a separação, a Escócia continua fazendo parte do Reino Unido. Isso é bom? – depende do ponto de vista. Em termos de globalização dos fatos é o indicativo de que outros movimentos separatistas terão menos força; o mapa mundi continua o mesmo, por enquanto...
A disputa presidencial no Brasil continua sem novidades. A briga entre Marina e Dilma não vai levar a lugar nenhum. A desconstrução da adversária, o confronto desnecessário  e a fala da presidenta de que vai fazer uma reforma do currículo escolar e que não entende o que Marina fala,  se somam aos escândalos na Petrobrás e o caos generalizado a dominar todos os setores  levando a uma descrença tipo ‘Universo em Desencanto’!

COMPORTAMENTO – AÇÃO E REAÇÃO DO OUTRO FRENTE A UMA IMAGEM QUE  O INCOMODA.
Além dessas noticias, outra chamou minha atenção: jovens alunas bonitas estão sendo vitimas de agressões físicas por parte de colegas. - Seria pura inveja? - Difícil de avaliar quais sentimentos levam a um  comportamento agressivo desses.
Os tempos mudaram como mudaram costumes e hábitos. O recato das jovens de antigamente deu lugar a um exibicionismo da imagem via redes sociais, principalmente entre adolescentes.

Para quem acha que é pura caretice o uso do uniforme escolar como era há 50/60 anos atrás, além de certas exigências na forma de se vestir  em determinados ambientes de trabalho, ignora que o ser humano age e reage a estímulos – positivos ou negativos – que podem desencadear reações inesperadas. No caso das escolas, os professores/ as também tinham que seguir normas e padrões de vestimentas e postura perante a classe – eles eram um modelo de referencia para os jovens.

Pude observar o comportamento de pessoas mais abastadas, que costumavam usar jóias e roupas mais chamativas em suas residências; porém, quando iam para a rua, vestiam trajes simples, discretos, deixavam as jóias em casa, e o cabelo era preso sem ostentação, e nada de uso de  maquiagem. A moda elegante e discreta preservava a imagem da pessoa.

Comparando os costumes dos dias atuais com os do passado temos que reconhecer que o uniforme escolar era uma forma de proteção contra atitudes de ‘represália’  verbais como vaias, apupos, boulling, e a ações de violência física como  a citada, onde uma  adolescente teria sido vitima por ser bonita. Para não chamar a atenção, as alunas eram proibidas de usar maquiagem, jóias/adereços e penteados chamativos na escola.
No traje do dia a dia reinava a discrição. O mais era para dias de festa em locais específicos, como cinema, clubes, festas na praça da cidade, no colégio, igrejas. Mesmo em dias festivos havia moderação no uso de vestimentas e na forma de se apresentar, ficando para ambientes fechados o ‘desfile’ das jovens – a partir dos 15 anos – com direito a sapatos/sandálias de salto XV, por exemplo.

Hoje liberou geral. Roupas, mesmo as mais modestas, têm um apelo de exibicionismo que expõem jovens, cada vez mais cedo, a um mundo para o qual não estão preparadas para se defender.  Falam de educação sexual para evitar gravidez na adolescência. Até vacinas para combater doenças transmitidas sexualmente estão sendo aplicadas em crianças... O Estado quer substituir a família e as instituições que sempre foram o suporte dos jovens e só faz trapalhadas.


Voltando ao tema da agressão sofrida por uma jovem porque as colegas se incomodaram com sua beleza. Dizem que há pessoas que exalam vibrações que podem atrair a simpatia ou despertar uma antipatia gratuita de outras pessoas - na base do ‘nossos santos não combinam’. – Verdade ou Mentira?  - Não esqueçamos a implicância do PT em relação às pessoas loiras de olhos azuis! 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

OPINIÕES – A POLITICA PRECISA DE UM CHOQUE DE CREDIBILIDADE


Ouvimos aqui e acolá opiniões de pessoas bem intencionadas sobre quais seriam os rumos necessários da política em curto prazo para mudar o que está aí. Há uma unanimidade de que é necessária uma mudança, desde a forma de como são realizadas as campanhas eleitorais a itens como: -  fim da reeleição, sistema de voto distrital, implantação do parlamentarismo onde a autoritarismo presidencial dá lugar a um real governo de consenso que pode ser renovado caso haja impasses que prejudiquem o bom desempenho das instituições.

Concordamos com: 1- fim da reeleição – ela é o motor que alimenta e promove a corrupção;  2- mudança na condução da propaganda eleitoral - permitindo o surgimento de novas lideranças que  possam concorrer em pé de igualdade permitindo ao eleitor conhecer melhor o candidato; 3- reformas – há um grande numero de propostas de reformas engavetadas e que só uma liderança sem comprometimentos será capaz de executar; 3- lideranças – não como as que existem hoje, de cunho regional – eleitoreiras, mas de pessoas capazes de se posicionar frente  ao mundo para poder impor e reivindicar posições de respeito e de participação efetiva de acordo com o grau de desenvolvimento nacional; além do mais elas devem ter caráter supra-regional, conhecedoras do conjunto e não apenas de núcleos de interesse.

Outros itens de relevância para mudar o país: fim do autoritarismo, do nepotismo, da cultura dos privilégios e do ‘jeitinho brasileiro’, fim do exacerbamento dos ânimos através de políticas que incrementem as oportunidades,  banindo o  coitadismo ou o confronto de grupos – através de uma educação de qualidade para todos.

Em resumo: O Brasil precisa de mudanças profundas que só podem ser realizadas por lideranças sérias, capazes de promover um choque de credibilidade através da implantação de ações efetivas – na economia, na educação, na segurança,  nos programas sociais para mudar a triste realidade que vivemos. Basta de discursos recheados de ‘achismos’, promessas recheadas de números e estatísticas que nada dizem.
A hora é oportuna para uma reflexão e tomada de decisões. A classe política tem que passar por um tratamento de choque. O problema não é só nacional. O ‘ostracismo ’ ainda é uma forma de acabar com a presença de políticos incompetentes e corruptos que fizeram da política sua profissão que só atende aos interesses pessoais e de grupos aliados.

- “O futuro exige hoje reabilitar a política, uma das formas mais altas da caridade”. (Papa Francisco).

O que é fazer política? – É a arte ou habilidade no trato das relações humanas, dentro do Estado, obedecendo a regras / normas cujos objetivos visam o bem estar comum, da coletividade.
A forma usada para praticar o ‘politicamente correto’ – que consiste em evitar qualquer atitude que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista -  ignora que,   na verdade,  estão acentuando e provocando atitudes opostas ao que se propõe; é o caso das cotas raciais, por exemplo, que, para garantir a inclusão de uns, pratica a exclusão de outros, quando o que deveria ser levado em consideração é a meritocracia, onde cada um mostra seu real valor e conquista seu espaço.

Nota: O movimento do ‘politicamente correto’ teve inicio nos EEUU em 1970 e se desenvolveu na Europa e no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.  

terça-feira, 16 de setembro de 2014

AS BOAS NOTICIAS TAMBÉM TEM VEZ: HORTAS & JARDINS


HORTAS & JARDINS – em São Paulo. A maior cidade do Brasil tem um povo trabalhador que não deixa a peteca cair. Aquele cidadão que tem no sangue o lema: São Paulo não pode parar, e, ‘Conduzo não sou conduzido’ (ou vice-versa) – consegue superar o caos urbano com ações surpreendentes: Jardins e Hortas são disseminados pela cidade, ocupando espaços abandonados pelo poder publico – que, diga-se de passagem – não sabe administrar.

Eu já sabia que há esse tipo de ação em muitas cidades. São muito  oportunas as reportagens exibidas por um jornalismo de olhar atento à ocupação positiva dos espaços urbanos: hortas e jardins no teto de prédios, em pequenas áreas, até em grandes e movimentadas avenidas, ou sob a rede de transmissão de energia onde as construções são proibidas. 
Há também anônimos plantadores de árvores e cidadãos realizando a transformação  de espaços públicos abandonados em verdadeiros parques – como o que fica ao lado do aeroporto de Congonhas (SP) – obra e arte de um vizinho ao local que, diariamente, dedicou seu tempo livre para cuidar e ajardinar o espaço. Conta com passeios – trilhas, preservação de espécies e até um mirante para observar o pouso e decolagem de aviões a pequena distancia.

É como diz a sabedoria popular: ‘Se há coisas feitas, é porque alguém as fez!’

No texto de ontem encerramos com o conceito considerado politicamente correto do ‘saber pensar espaços’ – para saberem se organizar, para saber combater, na defesa de seus interesses quanto ao espaço – que é a  postura de confronto dos movimentos (MST/MTST)  - invadindo, ocupando espaços numa mobilização permanente. Hoje queremos mostrar que há outros conceitos positivos de ocupação dos espaços.

O PAPEL DA BOA MÚSICA – um ambiente organizado de forma harmoniosa fica completo com um complemento indispensável à vida humana – a Música. A musica clássica, em particular, aquela que encanta todas as formas de vida, elevando a alma que move o mundo. O Brasil tem grandes compositores, com Villa Lobos com sinfonias que traduzem esse  espírito de integração, como a magistral ‘Madú-Çarará’ que tive a oportunidade de ouvir pela primeira vez numa apresentação da Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência do maestro Isaac Karabskchev. E, dizer que musica foi uma das disciplinas abolidas numa das reformas do ensino no Brasil.

Conclusões: - Mais harmonia e menos dissonâncias comportamentais para reverter comportamentos de confronto que vem sendo cultivados por ideologias de picaretas acomodados em postos de mando a se beneficiar dos efeitos nocivos das provocações que  geram conflitos sociais. A exploração das reações psicológicas das pessoas, através de provocações,  funciona como arma para atingir a sociedade em cada grupo que a constitui, traduzido no racismo, na discriminação, no ‘boulling’ , no ideologismo, etc.  

Cada um tem que cultivar seu jardim e extirpar as ervas daninhas que sempre procurarão um espaço para se desenvolver.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

AS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO JÁ NÃO SÃO COMO ERAM... COMO TAMBÉM O USO DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO (!)


Inverno, veranico, estiagem, clima desértico, a primavera vai chegar... É o serviço de meteorologia a dizer uma coisa e as árvores e os pássaros a exibir outra realidade. Flores amarelas das sibipirunas e dos Ipês cobrem as calçadas e ruas com um lindo tapete colorido. Alegres Maritacas alternam o espaço dos telhados com urubus (!). Os Beija-flores acenam às janelas querendo dizer alguma coisa. Sabiás e bem-te-vis cantam alegremente e Jandaias passam em bandos.
Ao longe ouvimos política anunciada em alto-falantes em ritmo de carnaval – não dá para levar a sério. Será efeito do sol escaldante com umidade do ar abaixo do desejável?  
- O Kalaari é aqui! A forte e prolongada seca que atinge boa parte do país tem sua origem nas massas de ar do outro lado do Atlântico. Elas  circulam a grande altitude, motivo pelo qual  não conseguem captar a umidade dos oceanos. Vamos fazendo nossa parte umidificando o ambiente e aguardando as mudanças climáticas no seu tempo. Tudo tem seu tempo.
Uma boa noticia: a camada de ozônio está se recompondo. É o que dizem os cientistas empenhados em medidas de proteção ao meio ambiente e do controle de produtos aerossóis responsáveis pela destruição do ozônio nas altas camadas da atmosfera. A camada de ozônio desde o final dos anos 70  vinha se tornando cada vez mais fina; estima-se  que foi a partir de 1987 com o acordo entre os países para eliminar progressivamente os CFCs – emissores de cloro e bromo – que destruíam as moléculas suspensas no ar, começaram a diminuir os níveis desses elementos em atitudes de 30 / 50 milhas. O buraco na camada de ozônio também estaria diminuindo. Vamos fazendo nossa parte...
Duas explosões solares preocupam os cientistas: O sol mais uma vez entrou em atividade extra, jogando pelo espaço ondas magnéticas que estão a atingir o planeta. Nada grave para a vida humana... Apenas aumentará o espetáculo das luminescências boreais.
Uma brincadeira de criança era apostar corrida para chegar a um ponto determinado  antes dos raios solares nos atingirem; ou simplesmente ficar estáticos observando a luz solar caminhar em nossa direção depois do sol surgir na linha do horizonte. Nossa maior riqueza consistiu em poder usufruir desses espetáculos da natureza. Eram experiências simples, intransferíveis como olhar a linha do horizonte, respirar o ar puro e correr contra o vento, ou deixar-se envolver pela densa neblina que subia do rio, ou ir ao encontro da luz do sol...
Era o início de uma jornada de estudos geográficos com múltiplas opções de conhecer o mundo em que vivemos e suas relações com o universo. Geografia é muito mais do que nomear rios e afluentes, países e capitais, descrever acidentes geográficos. E muito menos um instrumento ideológico de promoção de discórdia e ódio entre povos e nações.
O ENSINO DE Geografia – ela  é uma ciência abrangente que vai da Astrofísica à organização dos espaços no Planeta Terra, incluindo o ser humano e suas  inter-relações como o meio em que vive . Há algum tempo que ouço noticias sobre a forma errada do ensino dessa disciplina no currículo escolar – classificada de ciências humanas - e usada como instrumento de doutrinação e incentivo ao confronto.  Essa nota dissonante precisa ser repudiada de todas as  formas, pois estão roubando de nossos jovens, cuja personalidade ainda está em formação,  a oportunidade de viver o mundo de descobertas que só a informação correta pode oferecer. Todos os espaços geográficos são passíveis de conservação, planejamento, reorganização, cabendo ao geógrafo a pesquisa sob todos os aspectos (físicos, geoeconômicos, antropogeográficos, etc.,) para que haja coerência na ocupação, exploração e no aproveitamento de diferentes paisagens naturais ou já modificadas pelo homem. Sem ideologismos do ‘politicamente correto’.

Nota -  Após a década de 1970 surgiu a necessidade de uma reformulação dos conceitos geográficos. Surge então a Geografia Crítica. O francês Yves Lacoste foi um desses críticos da Geografia Tradicional - para ele a geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre. Preocupa-se com uma geografia atuante caracterizada pelo interesse e pela análise dos modos de produção, e das formações sócio-econômicas.

Entre suas publicações, com preocupação marxista, reformula o conceito de espaço geográfico que passa a ser mais abrangente - É o local onde se processa a história dos homens numa sociedade rural ou urbana, de forma dinâmica. Publicações como ‘A Geografia’ (in Chatelete, F – Ed. ‘A Filosofia das Ciências Sociais ‘(1‘973)- o autor se ocupa em discutir ‘espaços de conceituação’ correspondentes a níveis de análises diferentes cuja articulação proporcionaria a explicação da organização do espaço. Em 1976 publica pequeno volume : ‘A GEOGRAFIA SERVE DE INICIO, PARA FAZER A GUERRA’; e funda a Revista  ‘Herodote’ com temas de interesse estratégicos, geografia e ideologia’ dirigida ao publico, para possibilitar às pessoas ‘saber pensar o espaço’, para nele ‘saberem se organizar, para saber combater, na defesa de seus interesses quanto ao espaço’

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PLANOS DE GOVERNO – EM QUEM ACREDITAR?


Comecei a ler o programa da candidata Marina e desisti. Conhecendo sua trajetória desde que aderiu à Teologia da Libertação, filiação ao PT, Foro de São Paulo, sua postura ambientalista como ministra ao sabor dos ventos e interesses de ONGs internacionais, mais cópia de movimentos de protestos e inspiração em conceitos políticos de filosofias  que nada tem a ver com nossa realidade, o melhor é aguardar os acontecimentos...  

Mudar é preciso, sim. O governo do PT que quer continuidade,   está superado e não atende ao real desejo de mudanças. Os  rombos nas contas públicas, no INSS, escândalos na Petrobrás, demissões / reformas ministeriais sob pressão e sem critério ao não ser a de atender à base aliada, promessas do ‘nós vamos fazer’ – e os problemas só aumentam - tem que acabar. Não acredito que quem ficou tanto tempo no governo esteja capacitado para fazer o que não fez até agora.

A fala do candidato do PSDB é a mais coerente e acena com reais possibilidades de contribuir com um desenvolvimento do país que atenda as diferenças regionais;  espera-se que prevaleça o bom senso dos eleitores e que o partido tenha um pouco mais de empenho com seu candidato.

O país precisa de um governo com  projetos que entendam a diversidade socioeconômica e populacional do Brasil, pois  cada região tem características próprias e  recebeu imigrantes de diferentes partes do mundo com maior ou menor desenvolvimento cultural e experiências políticas e econômicas muito diferentes entre si. Isso significa uma pluralidade de ações que atendam a essa diversidade.

É bom lembrar também que a gestão publica tem estado em mãos de grupos políticos que querem o poder pelo poder; como o problema tende a persistir temos que admitir que o que falta é uma gestão competente e menos centralizadora de poder. Não dá para ignorar os escândalos em importantes setores da administração pública  com destaque nas manchetes todos os dias. Como não dá para ignorar o entorno do país, com vizinhos produtores de drogas que tem no Brasil um caminho de escoamento do produto, o que gera violência e tem os problemas sociais agravados com o uso de drogas. Basta ver o que está a ocorrer não só nas grandes cidades, como por todo o interior.

O nível do debate político para o cargo de Presidente deixa muito a desejar. Está tudo errado! – a Nação brasileira precisa de: -
Menos Estado – maior ação das pessoas e entidades (família, escola, Igrejas, clubes sociais e esportivos) dentro da comunidade - municípios ; 
 - menos centralização do poder e mais autonomia dos Municípios e Estados onde acontecem as ações econômicas, políticas, educacionais, serviços, etc. ; -
 Maior senso de responsabilidade dos gestores públicos.
- livre iniciativa deve ser priorizada com menos regulamentações e maior responsabilidade individuais e sociais em todos os setores como acontecia no inicio do século passado;
 Menos tributos e mais liberdade individual de produzir, comercializar e circulação de bens e produtos;

– o governo central deveria ser apenas um moderador entre os diferentes núcleos da federação como defensor dos direitos individuais e universais além de representar a Nação Internacionalmente.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

É PELO DEDO QUE SE CONHECE O GIGANTE – QUANDO OS DETALHES FALAM


Em tempos de ginásio, na aula de latim tínhamos que responder chamada de presença dizendo um  aforismo, como por exemplo: -‘Ex digito gigas’ – é pelo dedo que se conhece o gigante.
E, é através dos detalhes que se conhecem as pessoas. Não é só o que sai pela sua boca, quando alguém fala, que o discurso fica completo. A postura e o entorno que acompanha a pessoa tem um discurso eloquente.
Diariamente faço um giro pelos noticiários (não só de primeira página). Em pequenas notas muitas vezes recebemos uma informação extra que vai reforçar ou esclarecer algum fato. Nestes dias encontrei uma nota sobre os jardins do Palácio do Planalto e da Granja do Torto (residências oficiais da Presidência). A nota dizia que a tiririca e outras ervas daninhas cresciam nos jardins abandonados (!) – num lampejo associei: ‘retrato do Brasil’... Sem maldade.
A nota parece uma fofoca sem importância. Porém, um jardim é uma espécie de cartão de visita dos moradores daquela residência. Para quem não sabe, o cultivo de pequenos jardins na frente das casas é um velho hábito, mesmo entre pessoas consideradas pobres. Era tarefa da dona da casa e das crianças cuidarem desse pequeno espaço: - arrancar o mato e as ervas daninhas, regar as plantinhas, podar, substituir por novas mudas, colher flores para um agrado ou para enfeitar pequeno altar, ou uma sepultura. Um espaço desses, dominado por carrapichos, picão, guaxuma, tiririca, indicava que o interior do ambiente e os moradores eram de relaxo...
 O Brasil de contrastes tem muitos espaços abandonados, sujos, malcheirosos, insalubres, ao lado de outros, verdadeiros jardins... Entre um e outro, a diferença está em quem vive nesses lugares. Conheci famílias pobres que  tinham uma postura de fazer inveja a muita gente ‘fina’. Mesmo morando em modestas casas, tudo era limpo e bem arrumado. Não havia pobre descalço ou maltrapilho. Terreiro bem varrido, florzinhas na porta da casa. Algumas árvores frutíferas, pequenos animais domésticos, simplicidade saudável.
Lixo? – falo de uma época em que não havia embalagens de plástico, e a grande maioria da população vivia na área rural. Tudo era reciclado: vidro, lata, ferro, madeira, tecido, couro, fibras naturais (bambu, palha, sapé), barro/ cerâmica. Quando exibem achados arqueológicos de um passado recente, eles correspondem a depósitos de cacos de cerâmica e outros objetos que eram guardados por familiares para serem enterrados junto ao alicerce de novas construções onde permaneceriam por tempo indeterminado sem prejuízo para o meio ambiente.  

As modernidades estão apagando da memória das pessoas aquele élan com a natureza, que vai desde cuidar de um pequeno jardim na porta da casa, ao descarte correto de lixo. 
Não basta apontar os estragos; é preciso ensinar pelo exemplo a não continuar cometendo os mesmo erros. A disputa eleitoral acirrada atropela tudo e todos ignorando as coisas simples da vida como saber cuidar de um pequeno jardim, horta, pomar... A primeira dama dos Estados Unidos usa os jardins da Casa Branca para plantar hortaliças... Um bom exemplo!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

OS CONFLITOS ENTRE AS GERAÇÕES SEMPRE EXISTIRAM


O Brasil tem 202.768.562 habitante – São Paulo> 44.035.304. Essa realidade nacional de grandes concentrações em algumas unidades da Federação, com vazios em outras, cria problemas que precisam de políticas especificas de responsabilidade social. Isso significa que deve haver políticas públicas que atendam à distribuição dos recursos materiais e humanos entre as diferentes unidades da Federação para suprir  um item básico – a Educação.
O IDEB está a apontar para uma queda no rendimento escolar no ensino médio, onde se concentra uma significativa parcela de jovens que necessita de uma atenção especial por parte de uma equipe de professores bem preparados, motivados e valorizados como profissionais. São eles os principais responsáveis pela transmissão de conhecimentos e da cultura que vai fazer a diferença na formação desses jovens.

Alunos e professores representam gerações diferentes num ambiente em transformação. É natural que se criem situações de rebeldia que deverão ser transmutadas em fator de integração e não de confronto. Daí a importância do preparo do profissional – o professor.

A cultura entre os homens se transmite de uma geração a outra pela Educação, não só na escola, mas na família, através da religião – Igrejas – clubes sociais, esporte, etc. Ou seja, todo contacto humano é educativo se promove o bem e a integração; e é deseducativo se dele resulta o mal e a desintegração.
 A Educação dissemina a cultura e a transmite de geração a geração - fenômeno social -, porém, essa cultura vai sofrendo adaptações e mudanças através dos tempos, resultando em conflitos entre as gerações - apenas uma consequência.
Ele – o conflito - é um bem se produz o progresso e é um mal, se dele decorre a decadência dos usos e costumes. A juventude através dos tempos tem sido objeto de preocupação por parte de filósofos, sacerdotes, autoridades, etc., que deixaram registrados esses conflitos desde o tempo dos sumérios.
As atitudes de rebeldia, os radicalismos, a falta de respeito, a tirania, o comportamento de malfeitores, de preguiçosos, o embrutecimento moral, etc., sempre ocorreram "por não terem que trabalhar para garantir o pão de cada dia".
A raiz de todo problema está na falta de sabedoria e na perda da capacidade de idear, levando sociedades a desaparecerem pelo acúmulo de condutas contraproducentes - demagogia, ócio, e principalmente ignorância, onde está e sempre esteve o problema do mundo.
Os sistemas fechados geram situações confusas, aleatórias, que sem um objetivo, um ideal superior, leva a sociedade a processo de entropismo. Uma nova filosofia para ser seguida e ao mesmo tempo em que seja antiga por pertencer a uma civilização antiga é necessária. O movimento dos jovens hippies dos anos 60/70 marcou um desses momentos de busca de alternativas.
A  juventude cooptada por ‘aplicativos’, embora pareça ‘ligada’, está na verdade sendo privada de uma verdadeira vivencia onde as trocas e os contatos entre as  gerações realmente ocorrem e podem resultar em  crescimento pessoal e de transformação do mundo.

A rebelião da juventude sempre existiu; os jovens vão forjando sua moral conforme o impõem os costumes. A instância superior é a moral cujos alicerces precisam ser justificados por filosofia nova, por novo pensamento - dar o testemunho. A juventude só encontrará seu caminho quando toda a sociedade for modificada. A começar pelos quadros políticos superados onde a demagogia e a mentira corroem os costumes.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

NOTICIAS DE PRIMEIRA PÁGINA


1-    O avião  cai e morre o ex-presidenciável Eduardo Campos mais seis passageiros. Os ventos na corrida eleitoral mudam, a vice da chapa do PSD- Marina Silva -  assume a vaga e dispara nas pesquisas.
Uma pergunta ainda não foi respondida: - Foi apenas o efeito do imponderável? -  Diz a sabedoria popular que onde há fumaça há fogo; e, para aqueles que duvidam, por trás do acaso também pode haver um tambor tocando...

2-    Pesquisas sobre a corrida presidencial aparecem com gráficos coloridos ocupando  espaços na imprensa, distraindo o eleitor, e agitando os candidatos envolvidos na disputa à Presidência da República.
Outra pergunta (mera curiosidade): - Até que ponto as pesquisas refletem a verdadeira opinião do eleitorado de forma imparcial? – comentei em outro texto de uma pesquisa de boca de urna com cartas marcadas. Ainda vai rolar muita água até o dia das eleições.

3-     Delação premiada - bomba sobre o escândalo da Petrobrás: três governadores; seis senadores; um ministro; um ex-ministro; 25 deputados; o ex-tesoureiro do PT, mais os partidos políticos: PP, PMDB, PT. – ‘o Petrolão’ ou Mensalão 2 teve inicio no governo Lula. Dilma era pessoa chave do governo...
Mensalão 1 foi  um esquema para financiar o caixa 2 do PT e partidos aliados. O Mensalão 2 – agora em pauta - parece ter uma estrutura muito mais ampla e predatória por envolver a Petrobrás, a maior empresa e símbolo do país.

4-    Eleições limpas! – querem os donos do poder fazer uma reforma política, e decidir quem financia as campanhas (deles) para evitar corrupção (!)
Pergunta: - quem deve financiar as campanhas político-eleitorais? – que tal o próprio candidato assumir a responsabilidade pela campanha sem padrinhos abonados?

 - Só para refrescar a memória, os primeiros governantes da então colônia, eram nomeados pelo rei e tinham que arcar com os custos das benfeitorias necessárias na colônia, por exemplo, além de defender a terra dos ataques dos piratas. Atualmente os assaltantes às riquezas nacionais deixam no chinelo os piratas do século XV/XVI... Aqueles eram estrangeiros competindo com Espanha e Portugal; hoje  são cidadãos brasileiros que se apropriam de empresas como a Petrobrás, dos cofres públicos, do INSS, do BNDS, dos impostos cobrados do trabalhador honesto.
Limpar os quadros políticos  desses predadores é a principal mudança a fazer urgentemente.

O contexto político tem assunto  para noticias de primeira página por um largo tempo. Como dizia Allan Hyneck: ‘a noticia que aguardo deverá sair na primeira página’.  

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SEMANA DA PÁTRIA – 07/09/1822 – 07/09/2014 = 192 ANOS DE INDEPENDÊNCIA. MOMENTO HISTÓRICO REPUBLICANO.


Estamos em plena semana da Pátria, e as atenções estão concentradas em campanhas políticas. Parece que o tema, antes tão comemorado, está caindo no esquecimento. O que são 192 anos de Independência? – Menos de dois séculos e umas poucas gerações que se passaram na história nacional. Pode parecer pouco tempo, porém, para a atual geração, isso está tão distante, que se perdeu no passado. A história republicana, mais recente, com 125 anos,  pouco mais de um século, simplesmente é olhada como um conjunto de ensaio e erros do caminhar com as próprias pernas, correndo em todas as direções; é o retrato de uma Nação em busca de seu destino no conjunto mundial. Assemelha-se ao filho rebelde, que atingiu a maioridade e está a esbanjar festivamente um patrimônio que recebeu graciosamente.
Nossa Independência surgiu de uma reação de D. Pedro I – ato de rebeldia – aos novos decretos da corte portuguesa anulando as medidas político - administrativas que davam mais autonomia ao Brasil. A proclamação da Republica, é outro ato de reação para impedir medidas administrativas que contrariavam interesses particulares.
Vivemos uma independência republicana onde desde sua inauguração (15/011/1889) com o ato da proclamação da República pelo alagoano Marechal Deodoro da Fonseca – 1º. Presidente eleito e que renunciou - os governos se sucedem prometendo um Brasil paraíso: -  Presidentes são eleitos. Presidentes renunciam. Presidentes são depostos. Presidentes morrem no mandato. Presidente se suicida. Presidentes apegados ao poder querem se perpetuar na política esquecendo-se de que ninguém é insubstituível.
A rebeldia cometida pelos primeiros colonos  que deveriam ficar restritos às feitorias no vasto litoral onde podiam comerciar com os nativos as riquezas de interesse da metrópole -  ‘brasileiros’ eram os negociantes de pau-brasil -  criou este gigante chamado Brasil.
Isto não é uma aula de história. É um lembrete  de que o momento político eleitoral repete o discurso centenário com atores que se sucedem através do tempo. Falta ainda a convergência para um ideal de Nação realmente independente e livre; sem essa convergência  corremos o risco da desagregação da Federação onde o improviso continua a ser a regra.
É semana da Pátria um tanto esquecida pelos donos do poder. É hora de sair do zero, do voo cego, do fingimento histérico dos últimos 12 anos de governo e reconhecer que as bases da civilidade democrática devem ser o mérito e decência política. Basta de improvisação programática cuja única certeza do eleitor é que, uma vez no poder, o candidato/a será mais um na galeria de presidentes.
O Brasil precisa de mais um momento de rebeldia para libertar-se das amarras a que foi submetido por uma política estatal intervencionista, burocrática, predadora e incompetente.
É semana da Pátria... Falta um desafio.

- "Este personagem que se comporta como "herdeiro", goza o ócio florescente que lhe criaram gerações sem juventude vivendo em um tempo que todos creem capazes de realizar, mas não sabem o que realizar..." Ortega Y Gasset (A Rebelião das Massas).

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

NOTA INFORMATIVA - Shvoong website is closing


Comunico aos leitores que nos acompanham  desde Junho/2008 através do Shvoong.com, que a página de Resumos, Criticas e textos ‘Shvoong.com’ será encerrada e retirada da internet conforme nota abaixo:

Dear Shvoong User,
 After more than seven years of trying, we had decided that it is time to turn off the Shvoong.com Website.
The Shvoong website will no longer be available, as of September 1, 2014.
We wanted to personally thank you for your contribution throughout the years.  
 All the best,
The Shvoong Team.

Aproveito para agradecer aos responsáveis pela página a oportunidade de participar com 245 textos e mais de 410 mil visitas de leitores em geral, não só do Brasil como de outros países. Sempre é bom e muito gratificante saber que nosso modesto trabalho teve seu reconhecimento.
Continuarei com este blog partilhando informações, conhecimentos e procurando somar com aqueles que têm na comunicação a sua principal função de levar aos leitores uma palavra que eleve e que nos faça melhores a cada dia.
Obrigada. Martina


Pensamento: - “Não poderia jamais consentir que um homem, o qual não tenha conhecimento de si mesmo, possa ser sábio. Pois chegaria mesmo a dizer que justamente nisto consiste a sabedoria, em conhecer-se a si mesmo”; -‘ concordo com quem em Delfos colocou como inscrição a frase famosa’ – (Platão – Cármide, 164).

terça-feira, 2 de setembro de 2014

"A REVOLTA DAS PARTES DO CORPO" – Apólogo - (Menênio Agripa – Tito Lívio – V, XXXII)


  
APÓLOGO = Historieta mais ou menos longa que ilustra uma lição de sabedoria  e cuja moralidade é expressa como conclusão, a  exemplo das Fábulas e Contos com grande destaque para narradores como Esopo, um clássico no gênero.

Em Tito Lívio V/XXXII, encontramos o Apólogo de Nemênio Agripa  o Apólogo:
 "A Revolta das partes do Corpo" :
- Conta a narrativa que em tempos em que no homem, todas as partes ainda não formavam um todo único como agora, e em que cada membro tinha sua opinião e sua linguagem, as diferentes partes se indignaram com o fato de ter a seu encargo o trabalho de fornecer tudo ao estômago, enquanto o estômago vadio no meio deles só fazia usufruir dos prazeres por eles proporcionados. Revoltados, fizeram um pacto: as mãos não mais levariam alimentos à boca; a boca não receberia os alimentos; os dentes não os triturariam...
Dito e feito, o paro foi geral. Resultado: - sem os alimentos o corpo começou a definhar e caiu em extrema fraqueza; juntamente com o corpo todos os membros também se enfraqueceram. Daí compreenderam que a função do estômago também era produtiva e que os alimentos que para lá eram remetidos, eram devolvidos para todas as partes do corpo gerando força e energia. Essa energia era distribuída de forma igual para o corpo através do Sangue que circulava pelas veias indo a todos os pontos por menores e mais distantes que estivessem. E assim, a Vida de todos os membros era preservada.
 Neste apólogo vemos refletidos os efeitos de uma "greve" que a nível de comportamento social produz efeitos negativos. Um órgão que se recuse a efetuar suas tarefas e lá se vai o esforço de outros membros, especialmente se as funções boicotadas forem essenciais ao bom funcionamento do organismo como um todo.

Epigramas e Filosofias...
A um avarento: - “Tens a riqueza do rico, mas a alma do pobre. Infeliz, rico para teus herdeiros, pobre para ti mesmo”.

O Belo é Efêmero: - “ A Rosa floresce um breve tempo; passando por ela, na volta, vais encontrar não rosas, mas espinhos.”

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A CIVILIZAÇÃO NA CURVA DO TEMPO – NENHUMA CIVILIZAÇÃO SOBREVIVEU SEM MORAL.


Os noticiários não deixam dúvidas sobre o momento crítico que a humanidade vive. No passado, Impérios surgiram e desapareceram sendo substituídos por novas formas de interpretar o mesmo velho modelo. E, lá vai o mundo escrevendo mais um capitulo da história – com lacunas, desrespeitando os costumes – desafiando os gurus da vez.
No passado, previsões foram feitas para longo prazo, como as Profecias de Nostradamus, falando como se um viajante do tempo pudesse antecipar o futuro por dominar outros conhecimentos mais amplos.
Na carta a Henrique II (14/03/1557), por exemplo, Nostradamus informa que: - “Estes acontecimentos (previsões sobre o fim dos Tempos), serão precedidos por uma época, em que o povo será admitido a votar;  eles sucederão, depois de muitas mudanças continuas de regimes políticos, assim como depois da germinação da nova Babel francesa (04/09/1870)...’ Segundo sua declaração, é a incultura do povo, chamado a votar sem seleção de valores, a desgraça do Mundo!
 Esta observação nos remete ao momento político presente onde o povo  é obrigado a votar, sem seleção de valores, numa verdadeira Babel > ( Babel = regime de confusão de idéias políticas). As pesquisas só servem para aumentar as incertezas sobre o futuro da nação.
A disputa pelo poder, na corrida presidencial, criou um quadro preocupante. A velha nova forma de políticos se mimetizarem para adaptar seus interesses ao mesmo tempo em que apresentam  um programa palatável ao eleitor chega a ser uma afronta. A campanha política ainda pode dar uma reviravolta, pois não dá para enganar todos, o tempo todo.
Apesar de tudo, a intuição diz que temos que ser otimistas. Aqui vão três razões para não desistir e podermos acreditar que um futuro melhor pode acontecer, apesar do quadro atual.
1-    Nunca fica mais escuro que a meia noite; 2- existe o Sol da meia noite. 3- A luz sempre vence as trevas, por mais ameaçadoras que elas sejam.
    Tenho certeza que um dia, na curva do tempo, a humanidade vai acordar e escrever uma nova história, pois, a exemplo dos Xamãs*, ele vai voltar a usar suas verdadeiras capacidades e deixar de ser um dependente crônico do poder para ser ele mesmo em sua plenitude.

Como fazer essa tarefa junto ao homem moderno? - Uma reforma do homem tornando-o sábio (não erudito). Sábio! 
Sem lei e sem moral, não há sociedade. O "achismo" leva a um arbítrio anárquico, sendo que o homem que diz "eu acho", se apresenta como medida, fundamento em função do qual ele vai aferir o que lhe é proposto, colocando-o numa posição de usurpador do poder divino, o único que pode fundamentar a moral.
As civilizações têm convivido sempre com a pobreza e com a fome. Nenhuma sobreviveu sem Moral.


Nota - Ainda existem os Xamãs que sabem usar além dos cinco sentidos, o poder da clarividência e a intuição para consultar o futuro, comunicar-se à distância com outros dotados dos mesmos poderes psíquicos. No passado, sem os modernos meios de comunicação era comum os antigos sentir e entender uns aos outros a distancia.