Ouvimos
aqui e acolá opiniões de pessoas bem intencionadas sobre quais seriam os rumos
necessários da política em curto prazo para mudar o que está aí. Há uma
unanimidade de que é necessária uma mudança, desde a forma de como são
realizadas as campanhas eleitorais a itens como: - fim da reeleição, sistema de voto distrital,
implantação do parlamentarismo onde a autoritarismo presidencial dá lugar a um
real governo de consenso que pode ser renovado caso haja impasses que
prejudiquem o bom desempenho das instituições.
Concordamos
com: 1- fim da reeleição – ela é o motor que alimenta e promove a
corrupção; 2- mudança na condução da
propaganda eleitoral - permitindo o surgimento de novas lideranças que possam concorrer em pé de igualdade permitindo
ao eleitor conhecer melhor o candidato; 3- reformas – há um grande
numero de propostas de reformas engavetadas e que só uma liderança sem
comprometimentos será capaz de executar; 3- lideranças – não como as que
existem hoje, de cunho regional – eleitoreiras, mas de pessoas capazes de se
posicionar frente ao mundo para poder
impor e reivindicar posições de respeito e de participação efetiva de acordo
com o grau de desenvolvimento nacional; além do mais elas devem ter caráter
supra-regional, conhecedoras do conjunto e não apenas de núcleos de interesse.
Outros
itens de relevância para mudar o país: fim do autoritarismo, do nepotismo, da
cultura dos privilégios e do ‘jeitinho brasileiro’, fim do exacerbamento dos
ânimos através de políticas que incrementem as oportunidades, banindo o
coitadismo ou o confronto de grupos – através de uma educação de
qualidade para todos.
Em
resumo: O Brasil precisa de mudanças profundas que só podem ser realizadas por lideranças
sérias, capazes de promover um choque de credibilidade através da implantação
de ações efetivas – na economia, na educação, na segurança, nos programas sociais para mudar a triste
realidade que vivemos. Basta de discursos recheados de ‘achismos’, promessas recheadas
de números e estatísticas que nada dizem.
A
hora é oportuna para uma reflexão e tomada de decisões. A classe política tem
que passar por um tratamento de choque. O problema não é só nacional. O ‘ostracismo
’ ainda é uma forma de acabar com a presença de políticos incompetentes e
corruptos que fizeram da política sua profissão que só atende aos interesses
pessoais e de grupos aliados.
- “O futuro exige hoje
reabilitar a política, uma das formas mais altas da caridade”. (Papa Francisco).
O que é fazer política? – É a arte ou
habilidade no trato das relações humanas, dentro do Estado, obedecendo a regras
/ normas cujos objetivos visam o bem estar comum, da coletividade.
A
forma usada para praticar o ‘politicamente correto’ – que consiste em evitar
qualquer atitude que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos, como a
linguagem e o imaginário racista ou sexista - ignora que, na
verdade, estão acentuando e provocando
atitudes opostas ao que se propõe; é o caso das cotas raciais, por exemplo, que,
para garantir a inclusão de uns, pratica a exclusão de outros, quando o que
deveria ser levado em consideração é a meritocracia, onde cada um mostra seu
real valor e conquista seu espaço.
Nota:
O movimento do ‘politicamente correto’ teve inicio nos EEUU em 1970 e se
desenvolveu na Europa e no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.