quinta-feira, 18 de setembro de 2014

OPINIÕES – A POLITICA PRECISA DE UM CHOQUE DE CREDIBILIDADE


Ouvimos aqui e acolá opiniões de pessoas bem intencionadas sobre quais seriam os rumos necessários da política em curto prazo para mudar o que está aí. Há uma unanimidade de que é necessária uma mudança, desde a forma de como são realizadas as campanhas eleitorais a itens como: -  fim da reeleição, sistema de voto distrital, implantação do parlamentarismo onde a autoritarismo presidencial dá lugar a um real governo de consenso que pode ser renovado caso haja impasses que prejudiquem o bom desempenho das instituições.

Concordamos com: 1- fim da reeleição – ela é o motor que alimenta e promove a corrupção;  2- mudança na condução da propaganda eleitoral - permitindo o surgimento de novas lideranças que  possam concorrer em pé de igualdade permitindo ao eleitor conhecer melhor o candidato; 3- reformas – há um grande numero de propostas de reformas engavetadas e que só uma liderança sem comprometimentos será capaz de executar; 3- lideranças – não como as que existem hoje, de cunho regional – eleitoreiras, mas de pessoas capazes de se posicionar frente  ao mundo para poder impor e reivindicar posições de respeito e de participação efetiva de acordo com o grau de desenvolvimento nacional; além do mais elas devem ter caráter supra-regional, conhecedoras do conjunto e não apenas de núcleos de interesse.

Outros itens de relevância para mudar o país: fim do autoritarismo, do nepotismo, da cultura dos privilégios e do ‘jeitinho brasileiro’, fim do exacerbamento dos ânimos através de políticas que incrementem as oportunidades,  banindo o  coitadismo ou o confronto de grupos – através de uma educação de qualidade para todos.

Em resumo: O Brasil precisa de mudanças profundas que só podem ser realizadas por lideranças sérias, capazes de promover um choque de credibilidade através da implantação de ações efetivas – na economia, na educação, na segurança,  nos programas sociais para mudar a triste realidade que vivemos. Basta de discursos recheados de ‘achismos’, promessas recheadas de números e estatísticas que nada dizem.
A hora é oportuna para uma reflexão e tomada de decisões. A classe política tem que passar por um tratamento de choque. O problema não é só nacional. O ‘ostracismo ’ ainda é uma forma de acabar com a presença de políticos incompetentes e corruptos que fizeram da política sua profissão que só atende aos interesses pessoais e de grupos aliados.

- “O futuro exige hoje reabilitar a política, uma das formas mais altas da caridade”. (Papa Francisco).

O que é fazer política? – É a arte ou habilidade no trato das relações humanas, dentro do Estado, obedecendo a regras / normas cujos objetivos visam o bem estar comum, da coletividade.
A forma usada para praticar o ‘politicamente correto’ – que consiste em evitar qualquer atitude que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista -  ignora que,   na verdade,  estão acentuando e provocando atitudes opostas ao que se propõe; é o caso das cotas raciais, por exemplo, que, para garantir a inclusão de uns, pratica a exclusão de outros, quando o que deveria ser levado em consideração é a meritocracia, onde cada um mostra seu real valor e conquista seu espaço.

Nota: O movimento do ‘politicamente correto’ teve inicio nos EEUU em 1970 e se desenvolveu na Europa e no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.