O Brasil tem 202.768.562 habitante – São
Paulo> 44.035.304. Essa realidade nacional de grandes concentrações em
algumas unidades da Federação, com vazios em outras, cria problemas que
precisam de políticas especificas de responsabilidade social. Isso significa
que deve haver políticas públicas que atendam à distribuição dos recursos
materiais e humanos entre as diferentes unidades da Federação para suprir um item básico – a Educação.
O IDEB está a apontar para uma queda no
rendimento escolar no ensino médio, onde se concentra uma significativa parcela
de jovens que necessita de uma atenção especial por parte de uma equipe de
professores bem preparados, motivados e valorizados como profissionais. São eles
os principais responsáveis pela transmissão de conhecimentos e da cultura que
vai fazer a diferença na formação desses jovens.
Alunos e professores representam gerações
diferentes num ambiente em transformação. É natural que se criem situações de
rebeldia que deverão ser transmutadas em fator de integração e não de
confronto. Daí a importância do preparo do profissional – o professor.
A cultura entre os homens se transmite de uma
geração a outra pela Educação, não só na escola, mas na família, através da
religião – Igrejas – clubes sociais, esporte, etc. Ou seja, todo contacto
humano é educativo se promove o bem e a integração; e é deseducativo se dele
resulta o mal e a desintegração.
A Educação dissemina
a cultura e a transmite de geração a geração - fenômeno social -, porém, essa
cultura vai sofrendo adaptações e mudanças através dos tempos, resultando em
conflitos entre as gerações - apenas uma consequência.
Ele – o conflito - é um bem se produz o progresso e
é um mal, se dele decorre a decadência dos usos e costumes. A juventude através
dos tempos tem sido objeto de preocupação por parte de filósofos, sacerdotes,
autoridades, etc., que deixaram registrados esses conflitos desde o tempo dos
sumérios.
As atitudes de rebeldia, os radicalismos, a falta
de respeito, a tirania, o comportamento de malfeitores, de preguiçosos, o
embrutecimento moral, etc., sempre ocorreram "por não terem que
trabalhar para garantir o pão de cada dia".
A raiz de todo problema está na falta de sabedoria
e na perda da capacidade de idear, levando sociedades a desaparecerem pelo
acúmulo de condutas contraproducentes - demagogia, ócio, e principalmente
ignorância, onde está e sempre esteve o problema do mundo.
Os sistemas fechados geram situações confusas,
aleatórias, que sem um objetivo, um ideal superior, leva a sociedade a processo
de entropismo. Uma nova filosofia para ser seguida e ao mesmo tempo em que seja
antiga por pertencer a uma civilização antiga é necessária. O movimento dos
jovens hippies dos anos 60/70 marcou um desses momentos de busca de
alternativas.
A juventude cooptada por ‘aplicativos’, embora
pareça ‘ligada’, está na verdade sendo privada de uma verdadeira vivencia onde
as trocas e os contatos entre as
gerações realmente ocorrem e podem resultar em crescimento pessoal e de transformação do
mundo.
A rebelião da juventude sempre existiu; os jovens
vão forjando sua moral conforme o impõem os costumes. A instância superior é a
moral cujos alicerces precisam ser justificados por filosofia nova, por novo
pensamento - dar o testemunho. A juventude só encontrará seu caminho quando
toda a sociedade for modificada. A começar pelos quadros políticos superados
onde a demagogia e a mentira corroem os costumes.