terça-feira, 2 de setembro de 2014

"A REVOLTA DAS PARTES DO CORPO" – Apólogo - (Menênio Agripa – Tito Lívio – V, XXXII)


  
APÓLOGO = Historieta mais ou menos longa que ilustra uma lição de sabedoria  e cuja moralidade é expressa como conclusão, a  exemplo das Fábulas e Contos com grande destaque para narradores como Esopo, um clássico no gênero.

Em Tito Lívio V/XXXII, encontramos o Apólogo de Nemênio Agripa  o Apólogo:
 "A Revolta das partes do Corpo" :
- Conta a narrativa que em tempos em que no homem, todas as partes ainda não formavam um todo único como agora, e em que cada membro tinha sua opinião e sua linguagem, as diferentes partes se indignaram com o fato de ter a seu encargo o trabalho de fornecer tudo ao estômago, enquanto o estômago vadio no meio deles só fazia usufruir dos prazeres por eles proporcionados. Revoltados, fizeram um pacto: as mãos não mais levariam alimentos à boca; a boca não receberia os alimentos; os dentes não os triturariam...
Dito e feito, o paro foi geral. Resultado: - sem os alimentos o corpo começou a definhar e caiu em extrema fraqueza; juntamente com o corpo todos os membros também se enfraqueceram. Daí compreenderam que a função do estômago também era produtiva e que os alimentos que para lá eram remetidos, eram devolvidos para todas as partes do corpo gerando força e energia. Essa energia era distribuída de forma igual para o corpo através do Sangue que circulava pelas veias indo a todos os pontos por menores e mais distantes que estivessem. E assim, a Vida de todos os membros era preservada.
 Neste apólogo vemos refletidos os efeitos de uma "greve" que a nível de comportamento social produz efeitos negativos. Um órgão que se recuse a efetuar suas tarefas e lá se vai o esforço de outros membros, especialmente se as funções boicotadas forem essenciais ao bom funcionamento do organismo como um todo.

Epigramas e Filosofias...
A um avarento: - “Tens a riqueza do rico, mas a alma do pobre. Infeliz, rico para teus herdeiros, pobre para ti mesmo”.

O Belo é Efêmero: - “ A Rosa floresce um breve tempo; passando por ela, na volta, vais encontrar não rosas, mas espinhos.”