terça-feira, 30 de setembro de 2014

A CAMPANHA ELEITORAL ENTRA NA RETA FINAL – TUDO INDEFINIDO...


Estamos a uma semana da eleição numa corrida desigual na disputa pelo poder.  Ainda haverá debates e as pesquisas encomendadas, como se isso fosse decisivo diante do quadro político partidário confuso e de pouco ou nada de concreto a se esperar, pelo menos das duas candidatas em maior evidencia. 
De minha parte me reservo o direito de ignorar as repetidas pesquisas. Torço por uma eleição limpa onde o eleitor não se sinta constrangido a votar neste ou naquele candidato e que sua escolha seja respeitada.
Até domingo, muita coisa ainda pode acontecer. O mercado financeiro inquieto reage mal às pesquisas de uma possível vitória da atual presidente para mais 4 anos de mandato.Vive-se um momento de graves denuncias – delações premiadas – pesando diretamente sobre o governo no poder desde 2002. É o escândalo na Petrobrás envolvendo pessoas de confiança do ex-presidente Lula e da atual presidenta Dilma. A alegação de que não sabia de nada não convence. A outra candidata em evidencia, que, com a queda do avião que matou o ex-candidato Eduardo Campos assumiu a vaga, trás na bagagem muita coisa  a ser explicada sobre o acidente.
A pergunta que temos a fazer é – se, quem está no poder há tanto tempo não fez o que deveria ter feito, o fará nos próximos 4 anos? Desculpem a comparação, mas às vezes a candidata à reeleição se comporta como aquela adolescente que, de última hora, promete se comportar direitinho para ganhar o tão desejado presente... -  Mas, frases (em dilmês) como  por exemplo: ‘O meio ambiente é sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável’ dita no encontro em Copenhagen- 2009 – são de envergonhar a nação; certamente os tradutores devem ter procurado dar uma interpretação palatável... Porém, sua recente fala na ONU condenando os ataques aos terroristas e recomendando o diálogo (sic) não deixou dúvidas de que parou no tempo. Ela que preside um país onde a violência só faz crescer, as cadeias estão superlotadas, e  onde já se pratica  degola de presos, deveria resolver esses graves problemas em casa  antes de ir dar conselhos lá fora.
O comportamento dos políticos que em ano eleitoral esquecem suas obrigações e partem para a campanha tem que ser coibido. 
Em que mundo vivem os políticos? Que mundo novo, com distribuição de riquezas  - dos outros – esperam construir quem só pensa em termos econômicos? É um comportamento  de quem ainda está na primeira infância e entende que pobre é aquele que não tem alguma coisa que ele/ela tem. 
A fala de uma jovem indígena da etnia Caingangue me chamou a atenção. Ela disse que a presidente pensa que eles (índios) precisam de casa de alvenaria, luz elétrica, chuveiro quente, mas eles não precisam de nada disso; eles precisam ser eles mesmos. É isso que os governantes ainda não entenderam, não só em relação aos povos indígenas, mas também ao cidadão comum que, à revelia de quem quer que esteja no poder, têm direitos de construir seu mundo, seu patrimônio, seus valores, sem constrangimentos ou imposições totalitárias e de subserviência.

 O mais importante é saber usar as riquezas de ordem material, intelectual, espiritual que cada um recebe e ter liberdade para crescer e usufruir de suas conquistas pessoais. Ser pobre não é desonra. A maior pobreza é a falta de moral que permeia os altos escalões governamentais a enganar cidadãos cuja ingenuidade os torna presas fáceis da propaganda. E, aí é com se diz no popular: - ‘um dia tudo vai para as cucuias... ’