HORTAS
& JARDINS – em São Paulo. A maior cidade do Brasil tem um povo trabalhador
que não deixa a peteca cair. Aquele cidadão que tem no sangue o lema: São Paulo
não pode parar, e, ‘Conduzo não sou conduzido’ (ou vice-versa) – consegue
superar o caos urbano com ações surpreendentes: Jardins e Hortas são
disseminados pela cidade, ocupando espaços abandonados pelo poder publico – que,
diga-se de passagem – não sabe administrar.
Eu
já sabia que há esse tipo de ação em muitas cidades. São muito oportunas as reportagens exibidas por um
jornalismo de olhar atento à ocupação positiva dos espaços urbanos: hortas e
jardins no teto de prédios, em pequenas áreas, até em grandes e movimentadas
avenidas, ou sob a rede de transmissão de energia onde as construções são
proibidas.
Há também anônimos plantadores de árvores e cidadãos realizando a
transformação de espaços públicos
abandonados em verdadeiros parques – como o que fica ao lado do aeroporto de
Congonhas (SP) – obra e arte de um vizinho ao local que, diariamente, dedicou
seu tempo livre para cuidar e ajardinar o espaço. Conta com passeios – trilhas,
preservação de espécies e até um mirante para observar o pouso e decolagem de
aviões a pequena distancia.
É
como diz a sabedoria popular: ‘Se há coisas feitas, é porque alguém as fez!’
No
texto de ontem encerramos com o conceito considerado politicamente correto do ‘saber
pensar espaços’ – para saberem se organizar, para saber combater, na defesa de
seus interesses quanto ao espaço – que é a postura de confronto dos movimentos (MST/MTST)
- invadindo, ocupando espaços numa
mobilização permanente. Hoje queremos mostrar que há outros conceitos positivos de ocupação dos espaços.
O
PAPEL DA BOA MÚSICA – um ambiente organizado de forma harmoniosa fica completo
com um complemento indispensável à vida humana – a Música. A musica clássica, em
particular, aquela que encanta todas as formas de vida, elevando a alma que
move o mundo. O Brasil tem grandes compositores, com Villa Lobos com sinfonias
que traduzem esse espírito de integração,
como a magistral ‘Madú-Çarará’ que tive a oportunidade de ouvir pela primeira
vez numa apresentação da Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência do
maestro Isaac Karabskchev. E, dizer que musica foi uma das disciplinas abolidas
numa das reformas do ensino no Brasil.
Conclusões:
- Mais harmonia e menos dissonâncias comportamentais para reverter
comportamentos de confronto que vem sendo cultivados por ideologias de picaretas
acomodados em postos de mando a se beneficiar dos efeitos nocivos das
provocações que geram conflitos sociais.
A exploração das reações psicológicas das pessoas, através de provocações, funciona como arma para atingir a sociedade em
cada grupo que a constitui, traduzido no racismo, na discriminação, no ‘boulling’
, no ideologismo, etc.
Cada
um tem que cultivar seu jardim e extirpar as ervas daninhas que sempre
procurarão um espaço para se desenvolver.