Junho, mês de
festas juninas seria um mês de descontração e muita alegria no país do futebol
que era visto pelo mundo como o paraíso
tropical de praias paradisíacas, onde os problemas são ‘marolinhas’. Ledo
engano! A rotina foi quebrada. O mundo acordou com o fim da farsa vendida como
modelo de país emergente bem sucedido.
Uma Copa Mundial
com arenas dignas de um império babilônico, e que foi imposta pela FIFA a peso
de ouro, desagradou a quem sofre com os desmandos, a corrupção, a violência,
insegurança, falta de serviços básicos - anunciados em belos cenários
televisivos na voz de mãe do povo (!) - e tudo o mais que um cidadão normal
mais quer: Paz!
No gramado nossa
seleção vai bem. Os visitantes estão se deslumbrando com ‘coisas’ de primeiro
mundo. Fora do gramado, numa verdadeira praça de guerra, o pau quebrando feio.
Os fogos de artifício de um São João normal estão sendo usados nos protestos.
Fogueiras, correrias que não são de alegres quadrilhas, acompanhados de gritos que não combinam com o mês festivo,
se propagaram de Norte a Sul. Bem, as
novas gerações já foram informadas que o Estado é laico, portanto que esqueçam
as tradições, os Santos, a alegria de um mundo de confraternização junina típico
de nosso povo.
Onda vermelha,
Tarifa Zero, ônibus incendiados, prédios depredados, autoridades cujo dever é
manter a ordem sendo hostilizadas; imprensa correndo ao sabor dos
acontecimentos, e mesmo apoiando os manifestantes radicais, também levam a pior
quando tem seus veículos incendiados. Isto é o Brasil de hoje, bem diferente
daquele de festas o mês de Junho todo. Estamos vivendo um ‘San Juan’ – ou seja,
uma bagunça generalizada.
E, finalmente, após
15 dias de baderna, a Presidenta apareceu em rede nacional para dar seu recado
e dizer que não aprova os movimentos de protesto, a depredação, etc., etc., etc.
Chamou os ‘lideres’ para conversar. Não há lideranças populares. Há um sem
numero de grupos manifestando seu descontentamento com a classe política que aí
está e com todos os desmandos e incompetências praticados em prejuízo do povo. A
Presidenta falou como se não tivesse responsabilidade pelo está acontecendo;
esqueceu que é o seu partido – o dos Trabalhadores! – quem está há dez anos no poder; se as coisas
chegaram ao ponto que chegaram foi por incompetência do PT e dos seus aliados. Melhor
dizendo, porque eles permitiram e até incentivaram e tem patrocinado movimentos
como o do passe Livre, do MST, das invasões promovidas pelos sem teto, bolsas,
cotas, agrados e engodos.
Após ouvir a fala
presidencial e ver a violência ontem à noite que ainda continuava pelo país
afora, ficou uma pergunta: - Quem tem Autoridade para restabelecer a Ordem
neste imenso país? A Força Nacional já foi requisitada por alguns Estados; do
Rio de Janeiro já falam em chamar as Forças Armadas...
O Papa vem aí. O zunzum
sobre um possível cancelamento da Copa das Confederações e da Copa do Mundo em decorrência
da imagem negativa que já circula no exterior, certamente pegou de surpresa aos
navegantes da marolinha que se está transformando num tsunami.
Muitos políticos
desapareceram das arenas, dos seus postos de trabalho, da TV... Cadê vocês? Não
serão ‘conselhos populares’ à moda comuna, nem milícias à moda cubana que vão
garantir uma Democracia plena.
Repito a pergunta: - “Quem, neste momento, tem
autoridade para restabelecer a Ordem neste imenso país?”