sábado, 31 de agosto de 2013

REALMENTE É NECESSÁRIO O ‘MAIS MÉDICOS’ A PONTO DE ‘IMPORTAR’ PROFISSIONAIS SEM OBEDECER AS LEIS TRABALHISTAS BRASILEIRAS?


O mês de Agosto chega ao fim com um saldo negativo para a nação brasileira. Não é uma questão de pessimismo. É uma questão de realismo. O comportamento insensato de autoridades causam apreensão. A começar pelo programa ‘Mais Médicos’.
Notícias divulgadas sobre o programa em questão expõe a verdadeira intenção do governo brasileiro – o de continuar enviando recursos para o governo de Cuba que na verdade está em péssimas condições financeiras. Os médicos cubanos já vinham sendo treinados lá na ilha bem antes do programa ser anunciado aqui no Brasil.
O que naturalmente choca mais é saber que o que está a acontecer é o comércio de mão de obra por parte do governo cubano, tal qual os chamados ‘gatos’ faziam aqui no Brasil intermediando mão de obra para colheita de cana, por exemplo. 
Segundo a vice-ministra da saúde, os médicos têm um salário garantido na ilha (valor de 800 pesos, cerca de 33 dólares); o governo brasileiro vai pagar R$10.000,00 por médico ao governo cubano. Façam as contas de quanto será o lucro no final do contrato de três anos. Os ‘gatos’ pés de chinelo que agiam no Brasil explorando trabalhadores foram combatidos pela polícia e pelos defensores dos direitos humanos; temos  leis trabalhistas, as quais devem ser respeitadas por todos.
Há evidências de que seus  direitos à liberdade pessoal e profissional não são respeitadas: eles estão sendo monitorados por capatazes que os acompanham; estão reclusos em alojamentos que não podem deixar, nem podem inter-agir com outros médicos do programa... Alguns já participaram de algo semelhante em países como Venezuela, Bolívia, Angola, Haiti, Peru. É sabido que profissionais enviados à Venezuela não só fugiram como estão processando o governo de Havana pela prática de  escravização.

Nada contra a vinda de profissionais estrangeiros para trabalhar em qualquer setor no país. É um direito individual que deve ser respeitado desde que esses profissionais preencham realmente vagas disponíveis. Porém, prefeituras do interior do Nordeste (Bahia, Pernambuco,Amazonas e Ceará) já planejam dispensar os médicos brasileiros contratados que trabalham na cidade para substituí-los por médicos do programa ‘Mais Médicos’. Dizem que é para reduzir custos. Se o governo tem dinheiro para pagar médicos estrangeiros, deveria primeiro suprir as necessidades mínimas para um bom atendimento da população nos municípios brasileiros antes de importar profissionais para trabalhar aqui. 
O caso é mais sério do que parece.