“A
sabedoria de Deus brinca todos os dias sobre a redondeza da Terra”. (Salomão)
O livre arbítrio
coloca o homem numa bifurcação positiva – negativa. Constitui-se no maior
privilégio e no seu maior perigo. Ninguém é obrigado por Deus a ser bom ou o
impede de ser mau. O uso ou abuso do livre arbítrio é de exclusiva
responsabilidade do ser humano por todo o bem ou todo o mal que vier a
praticar.
A sociedade está organizada
dentro de normas éticas e morais para que o equilibrio seja respeitado e que
todos os cidadãos tenham seus direitos assegurados.
As leis cósmicas,
no entanto, têm caráter ascensional. O que é bom deve tornar-se melhor para
atingir o ótimo. Por outro lado, o mau que se recusa a tornar-se bom, se
tornará pior, até baixar ao nível de péssimo; e este péssimo acaba no zero da
extinção. Quem não progride, regredi, e
a regressão acaba no nadir da morte eterna, assim como a evolução para o bem
culmina no zênite da vida eterna. ‘Quem
não se realiza se desrealiza. Não existe sentimentalismo piegas na lei cósmica
- Deus’. (H. Rohden).
‘Quando o homem
fala – Deus se cala’.
‘Quando o homem
pensa – Deus se dispensa’.
‘Quando o homem
deseja algo – Deus se eclipsa’.
O livre arbítrio
não é um jogo para ser praticado de forma irresponsável. O que dá valor ou
desvalor a um ato de livre escolha é a atitude interna criada pelo livre
arbítrio do homem. A essa atitude interna que pode ser boa ou má se dá o nome
de livre arbítrio. Está incutido na
consciência os valores do que é certo ou errado; daí a responsabilidade de cada
um em relação às suas escolhas. Através da prática da meditação simples, ao esvaziar
a mente de todos os desejos, pensamentos e falação, é que o individuo promove
sua ascensão a pontos mais elevados, criando os créditos do bem viver, bem
pensar, bem agir.
O grande erro
através dos tempos é a prática da filosofia do homem tentar eliminar os maus e
fazer sobreviver os bons. É uma prática adotada que a primeira vista parece
boa, porém ambos têm os mesmos direitos de agir livremente. A correção dos
rumos está na educação. E cabe ao Educador mostrar o caminho e facilitar ao
individuo a compreensão. O livre arbítrio de cada um é imprevisível; os
resultados podem ser muitos, apesar de todo o ensinamento recebido. A
capacidade do educador em transferir por indução a energia boa, positiva, é que
vai influenciar o educando na escolha do caminho correto. Os Mestres deixaram
normas que servem de setas. Segui-las não é fácil. Exemplos não faltam. No
momento a figura do papa Francisco que contagiou multidões no JMJ é um belo
exemplo do tipo de Educador que o mundo necessita. O caminho do entendimento e
da aceitação do lado bom, positivo, da liberdade com responsabilidade é longo.
Cada um é
responsável por si e pelos resultados do uso do livre arbítrio.
-‘ Do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho
ao mundo dos valores, porque estes vêm de outra região’. (Einstein