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“Volto a este microfone para manifestar meu desalento com a vida pública deste
país”. (Jefferson Péres – Senador do AM - 30-08-2006).
Que diria ele hoje se ainda fosse vivo?
Tudo tem mudado
para pior. Não é pessimismo. É a realidade. Os ‘entendidos’ dizem que o maior
defeito do Brasil é o seu tamanho territorial. Não vejo nisso defeito nenhum. O
defeito está nos políticos de mentalidade curta e nas suas ações egoístas numa
verdadeira afronta a ordem democrática.
No momento estão emergindo
dos porões de um estado que se diz democrático, uma série de grupos de militantes pagos – são os tais ‘fora do Eixo’
e todos os blogueiros oficiais. –Serão eles uma contraposição ao que
representaram os ‘países do Eixo’ durante e no pós segunda guerra mundial combatendo
os nazistas, fascistas e comunistas? – É o que sua conduta deixa transparecer. Eles
estão a colaborar com os que ignoram os princípios democráticos da alternância
de poder no comando político do país, além de participarem ativamente para perturbar
a ordem e promover o desmonte do que ainda funciona. Os denuncismos contra o
governo tucano em São Paulo, por exemplo, no caso do Metrô e Trens Urbanos, é
mais um lance desse jogo político sujo.
O pior de tudo é que estão atraindo jovens que deveriam estar nos bancos
universitários estudando, para que, em nome de um movimento cultural,
participem desses agrupamentos massificantes de lavagem cerebral.
As oposições ainda
não se deram conta dos possíveis desdobramentos desses movimentos que, de
imediato, pareciam ser apenas de manifestações de um povo insatisfeito; a surpresa
e o susto produzido pelos movimentos populares apressaram os congressistas a
mostrar serviço; correram fazer seu trabalho de forma atabalhoada, e num piscar
de olhos, mirando as próximas eleições, partiram para votações pensando em garantir
suas mordomias. Ainda é prematuro prever os possíveis desdobramentos políticos
do quadro atual.
Mais
Médicos - o debate sobre o assunto ‘saúde’ não esconde o
interesse político de criar uma imagem nova no cenário nacional e regional de
um candidato com gás e pirotecnia para disfarçar o que vai mal no governo. O
lado positivo da questão foi mostrar o descaso de alguns profissionais que
deveriam estar cumprindo sua função em hospitais públicos e que só compareciam
para assinar o ponto, como a reportagem do SBT mostrou. Atiraram no que viram e
acertaram no que não queriam ver...
A contratação de
médicos nacionais ou estrangeiros, visando suficiente número de profissionais competentes,
deve evitar a politização. O curioso foi a ‘boa noticia’ de que um (01) médico
recém formado, lá do Ceará, se inscreveu no programa do governo para trabalhar
em Campinas SP (!). Outra nota interessante foi sobre os tais médicos
estrangeiros e em particular os cubanos; na verdade se trata de bolsistas
brasileiros que estudaram lá na ilha e na Bolívia, e agora voltariam para
trabalhar no Brasil. Muito justo! Quem pagou a bolsa para eles irem estudar lá,
e que, certamente, quis oferecer uma oportunidade a estudantes com altos ideais
humanitários, deve recebê-los de volta e testar seus conhecimentos, ou seja,
revalidar o diploma antes de lhes entregar uma responsabilidade de tal quilate:
- cuidar de vidas humanas...
- “A verdade é dura
como o diamante – e delicada como a flor do pessegueiro”.
(M. Gandhi)