-“Duro mesmo é reconhecer que o Brasil de hoje já é o Brasil do futuro
que várias gerações imaginaram e pelo qual muitos trabalharam. E mais duro
ainda é reconhecermos que certamente estamos muito aquém do que tantos
brasileiros sonharam. E mereciam”. (Aécio Neves – 19-08-2013 – Folha).
O país merecia mais do que está tendo após tantos anos do trabalho de
brasileiros que acreditavam num futuro promissor. Ninguém esperava ver uma
juventude onde predomina o analfabetismo funcional, milhões de famílias vivendo
do auxilio de bolsas com uma segunda geração na base do Nem – Nem: nem estudam nem trabalham; grupos de
baderneiros sem um mínimo de respeito pela ordem e pelas leis fomentando as
tais ‘lutas de classe’; políticos corruptos, mesmo condenados na justiça, podem
até continuar no cargo público.
Para muitos o futuro será tétrico. As previsões continuam a ser feitas
em termos globais, como a da ONG Global Footprint Network, com base na ‘pegada
ambiental’, garante que hoje (20-08-2013) a Terra esgota sua cota natural de
recursos...
Na realidade, o que se vê no planeta Terra é o desperdício e mau uso de
tudo. Lixo aos montes em todos os quadrantes. E a produção, por incrível que
pareça já está começando a ser incentivada. E sabem por quê? – porque o lixo
está sendo transformado em matéria prima para alimentar usinas de produção de
energia para aquecimento, em países Nórdicos. É inacreditável, mas o número de
usinas produtoras de energia elétrica à base de lixo está a aumentar e já falta
(!) lixo... O produto tornou-se um rendoso comércio nos países do velho mundo.
Vai faltar água! – já comentei sobre uma tese de que o planeta tende a
se liquefazer. Pode não ser em água, mas a verdade é que ainda há água milenar
escondida nas profundezas e que não entrou em circulação. Agora estão falando
em ‘água em pó’. Trata-se de um pó que absorve a água e libera o liquido aos
poucos para irrigação. Quando vi a noticia pensei que fossem falar do fenômeno natural
que ocorre na alta atmosfera sobre a Amazônia onde se concentram quantidades de
pó finíssimo proveniente do norte da África. Essas partículas de pó atraem a
umidade e impedem a formação de chuvas; isso explica as secas prolongadas na Amazônia.
Quanto a irrigação, a simples disposição de obstáculos (pedras,
gravetos, folhas secas e ramagens) ao redor do tronco de plantas como árvores
frutíferas, consegue reter a umidade do sereno e do orvalho suficiente para
manter as raízes úmidas. Já falamos nas ‘trampa nuvens’ usadas na região andina
para reter a umidade que vem do mar.
Não é preciso inventar nada. A natureza tem recursos próprios milenares
para sustentar o dobro da população atual. Este futuro que chegou nada tem a
ver com o que poderia ser. Que tal voltar a viver como no velho tempo onde nem
lixo havia?