O
Médico das almas – Papa Francisco – que conquistou a
Nação brasileira com sua simplicidade, empatia na facilidade de falar e com a
clareza e objetividade, deixou atrás de si um rastro de luz e a esperança por
um mundo melhor. Orar. Rezar. Fazer preces. Nunca será demais, e ele não se
encurtou no pedido por orações. Todos estão mergulhados num mundo de vibrações
produzidas pelos que fazem a corte aos vícios e debocham das virtudes com a intenção
de intimidar a fé do povo brasileiro; esses encontraram uma resposta
contundente: os valores da família como instituição é, e continuará sendo, a
base e o sustentáculo da sociedade.
Sintetizando suas propostas em três pontos ele
pregou: 1- uma mudança revolucionária a partir da vivencia radical através da
solidariedade e desprendimento pessoal com todos os povos, culturas e
diferenças formas de expressão. 2- julgar? – não cabe a Igreja julgar quem quer
que seja; quanto aos gays, se eles procuram a Igreja devem merecer respeito,
acolhida e amor; 3- a Igreja está diante de um chamado: a) a de ser missionária
– a fé é como a chama que aumenta e se torna mais viva quanto mais se
compartilha. Deve ser uma doação entre pessoas que vivencia o amor fraternal; b)
a simplicidade, a pobreza, sem ostentação em oposição ao egoísmo,
individualismo e desperdício; c) comprometimento com a construção de uma
cultura da solidariedade e do encontro para a construção do bem comum.
A
Saúde do Corpo - Na outra ponta do debate que ora
é tema de preocupação, estão aqueles que têm por profissão e principalmente por
vocação o dever de cuidar do corpo físico dos seus semelhantes.
Ser médico
é vocação; equivale a ser um ‘missionário’; não é apenas uma profissão para
cumprir jornada de trabalho e bater ponto. Estudar medicina é algo mais do que freqüentar
uma sala de aula e ouvir teorias ou conhecer tecnologias; e muito menos estudar
procedimentos médicos em simuladores computadorizados. A medicina é algo muito mais abrangente; ela
inclui uma visão social, ética, moral, humanística e acima de tudo a prática da
solidariedade e da humildade no atendimento ao paciente.
Conheci a medicina de décadas atrás, sem tanta
tecnologia, porém com muita dedicação de profissionais eficientes, verdadeiros ‘sacerdotes’.
O hospital – Santas Casas - era para atendimento
e internação apenas daqueles que realmente
necessitavam; eles eram encaminhados pelo médico particular, ou do Posto de Saúde,
e recebiam um atendimento de alta
qualidade e o acolhimento humano e de religiosidade por parte das freiras que
administravam o hospital; muitos
procedimentos simples eram realizados nos próprios consultórios médicos.
A partir do momento em que o Estado se arvorou
em dono das pessoas e passou a interferir de forma ditatorial em todas as funções,
inclusive na prática da medicina, o caos começou a se estabelecer no sistema de
Saúde . Hoje o diálogo é só se for para dizer sim às suas imposições na base do
‘eu mando e vocês obedecem’.
Lamentável que tudo tenha se transformado para
pior na área da Saúde nestes últimos decênios.
Muitas são as causas. Enumerá-las seria exaustivo. A falta de visão e de gestão
dos governantes só tem agravado a situação.