quarta-feira, 31 de julho de 2013

A SAÚDE DA ALMA E A SAÚDE DO CORPO – A POLARIZAÇÃO DO MOMENTO

O Médico das almas – Papa Francisco – que conquistou a Nação brasileira com sua simplicidade, empatia na facilidade de falar e com a clareza e objetividade, deixou atrás de si um rastro de luz e a esperança por um mundo melhor. Orar. Rezar. Fazer preces. Nunca será demais, e ele não se encurtou no pedido por orações. Todos estão mergulhados num mundo de vibrações produzidas pelos que fazem a corte aos vícios e debocham das virtudes com a intenção de intimidar a fé do povo brasileiro; esses encontraram uma resposta contundente: os valores da família como instituição é, e continuará sendo, a base e o sustentáculo da sociedade.
Sintetizando suas propostas em três pontos ele pregou: 1- uma mudança revolucionária a partir da vivencia radical através da solidariedade e desprendimento pessoal com todos os povos, culturas e diferenças formas de expressão. 2- julgar? – não cabe a Igreja julgar quem quer que seja; quanto aos gays, se eles procuram a Igreja devem merecer respeito, acolhida e amor; 3- a Igreja está diante de um chamado: a) a de ser missionária – a fé é como a chama que aumenta e se torna mais viva quanto mais se compartilha. Deve ser uma doação entre pessoas que vivencia o amor fraternal; b) a simplicidade, a pobreza, sem ostentação em oposição ao egoísmo, individualismo e desperdício; c) comprometimento com a construção de uma cultura da solidariedade e do encontro para a construção do bem comum.
A Saúde do Corpo - Na outra ponta do debate que ora é tema de preocupação, estão aqueles que têm por profissão e principalmente por vocação o dever de cuidar do corpo físico dos seus semelhantes.
 Ser médico é vocação; equivale a ser um ‘missionário’; não é apenas uma profissão para cumprir jornada de trabalho e bater ponto. Estudar medicina é algo mais do que freqüentar uma sala de aula e ouvir teorias ou conhecer tecnologias; e muito menos estudar procedimentos médicos em simuladores computadorizados.  A medicina é algo muito mais abrangente; ela inclui uma visão social, ética, moral, humanística e acima de tudo a prática da solidariedade e da humildade no atendimento ao paciente.
Conheci a medicina de décadas atrás, sem tanta tecnologia, porém com muita dedicação de profissionais eficientes, verdadeiros ‘sacerdotes’. O hospital – Santas Casas -  era para atendimento e internação  apenas daqueles que realmente necessitavam; eles eram encaminhados pelo médico particular, ou do Posto de Saúde, e recebiam  um atendimento de alta qualidade e o acolhimento humano e de religiosidade por parte das freiras que administravam o hospital;  muitos procedimentos simples eram realizados nos próprios consultórios médicos.
A partir do momento em que o Estado se arvorou em dono das pessoas e passou a interferir  de forma ditatorial em todas as funções, inclusive na prática da medicina, o caos começou a se estabelecer no sistema de Saúde . Hoje o diálogo é só se for para dizer sim às suas imposições na base do ‘eu mando e vocês obedecem’.

Lamentável que tudo tenha se transformado para pior na área da  Saúde nestes últimos decênios. Muitas são as causas. Enumerá-las seria exaustivo. A falta de visão e de gestão dos governantes só tem agravado a situação.