Papa Francisco encerrou sua visita ao Brasil
pedindo orações, agradecendo a acolhida, prometendo voltar.
Em cada pequeno
discurso que proferiu em sua passagem foi claro, objetivo e direto em seus
recados. Ora falando em castelhano, ora em português fez um chamamento que foi
muito além de um simples compromisso com a juventude presente aos eventos
programados do JMJ.
Seu chamamento para recuperar a ética, a compaixão e a
solidariedade teve muitos destinatários, além dos jovens presentes no encontro.
Ele incentivou aos cidadãos a deixar de lado a indiferença e o conformismo e
dedicar-se aos assuntos públicos. Apelou à responsabilidade social dos
governantes e empresários, e reivindicou a honestidade e o espírito de
sacrifício da política. Criticou também a Igreja distanciada e fechada, na qual
nem os bispos e nem os sacerdotes politizados conseguem sintonizar quais são as
necessidades dos fieis. O estado laico com respeito a todas as religiões e
manifestações culturais permite que a solidariedade se faça presente no
encontro tão importante e que deve ser promovido por todos. Lembrou que as duas
pontas da sociedade: os idosos e os jovens estão sendo vitimas de uma cultura
de destruição de seus valores por uma sociedade onde o dinheiro fala mais alto.
Citamos algumas frases ditas nos diferentes encontros:
-
"Para construir um mundo novo, é preciso levar a força de Deus para
devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; e
também para extirpar e destruir o ódio e a violência",
afirmou o Papa Francisco na missa de encerramento do encontro da JMJ em
Copacabana –(RJ). 28- 07-2013.
- “El futuro nos exige la rehabilitación de la política,
que es una de las formas más altas de la caridad”. No
encontro com a elite política e social no Teatro Municipal – RJ.
Aos poderosos, insistiu em sua responsabilidade social:
- “o futuro exige de
nós uma visão humanista da economia e uma política que alcance cada vez mais e
melhor a participação das pessoas, evite o elitismo e erradique a pobreza. Que
não falte o necessário a ninguém e que seja assegurado a todos a dignidade, a
fraternidade e a solidariedade”.
-“Não é deixando
livre o uso das drogas como se discute em várias partes da América Latina que
se conseguirá diminuir a difusão da dependência química. É necessário enfrentar
os problemas que estão na raiz”.diminuir a
difusão e a dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão
na raiz do uso das drogas', disse o
Sem dúvida estamos diante de um papado inovador. Não
deixemos que outros ditem os rumos de nossas vidas. É tempo de assumir
responsabilidades, ser solidários e restabelecer a ordem e os valores humanos tão
desrespeitados.