quarta-feira, 3 de julho de 2013

A ORDEM DEMOCRÁTICA EM PRIMEIRO LUGAR


“Cuidado por onde andas, pois é sobre meus sonhos que caminhas”. (C. Drumond Andrade) – lembrete da Ministra do TSE Carmen Lúcia para avisar que o país vive sob o ordenamento jurídico e que tem uma Constituição que tem que ser obedecida. Os caminhos da Democracia são claros. Nada de atalhos, de precipitações, de improvisações.
Como resposta à proposta que partiu do Planalto sobre um possível plebiscito, com a participação dos seus três poderes independentes e harmônicos, ofereceu-se à Nação uma aula prática de moral, de civismo, de direito sobre a forma de governo vigente e as respectivas competências de cada poder. A manutenção da ordem democrática foi o tom ouvido ante o posicionamento do poder Executivo.
Ficamos na dúvida se foi por despreparo ou tentativa de golpe nas instituições que motivaram um governo que se diz padrão ‘Felipão’ a tomar a iniciativa de propor mudanças eleitorais em vez de ouvir os reclamos das ruas sobre mais eficiência e resultados na gestão pública. A reunião com os 39 Ministros na Granja do Torto, se direcionada para temas da competência dos respectivos ministérios, seria mais produtiva e uma demonstração de vontade de resolver os problemas. A presidenta perdeu uma ótima oportunidade de mostra competência administrativa. O genérico apresentado não serve nem de placebo.
O Poder Executivo é para executar obras, atender as demandas da sociedade em suas necessidades, trabalhar diuturnamente pelo bem geral da Nação. Tal qual um time entrosado, enxuto, competente, bem treinado, comprometido e capaz de todo esforço e dedicação no cumprimento de metas (antes – durante – depois do jogo), assim deveria ser o governo.  Infelizmente não é.
O desarquivamento da tese do Parlamentarismo por parte do vice-presidente M. Temer pode ser uma saída inteligente, sem rupturas, para renovar a política tão mal conduzida nas últimas décadas. Possibilitaria a criação de uma nova mentalidade além de acabar com prática da política menor. Sou a favor. Seria interessante um amplo esclarecimento da opinião pública sobre as diferentes formas de governo, incluindo a Monarquia. Todos admiram a Noruega, a Bélgica, Holanda, a Suécia, etc. como países de primeiro mundo – alto padrão e qualidade de vida. A Nação brasileira merece mais do que tem.
Mudar a mentalidade das pessoas é indispensável, e isso só se consegue com educação, criar novos padrões comportamentais, dar às pessoas a oportunidade de crescer... É como dizia minha avó: - “Não adianta vestir uma pessoa com rendas e sedas se ela continua se comportando como se usasse trapos”.
Espera-se por um encaminhamento sério, responsável, equilibrado e respeitoso na solução dos graves problemas que ora atingem muitos setores do país. Tudo começou com um protesto: - ‘havia um protesto no meio do caminho; um grande protesto que caminha para um novo rumo... ’