“Cuidado
por onde andas, pois é sobre meus sonhos que caminhas”.
(C. Drumond Andrade) – lembrete da Ministra do TSE Carmen Lúcia para avisar que
o país vive sob o ordenamento jurídico e que tem uma Constituição que tem que
ser obedecida. Os caminhos da Democracia são claros. Nada de atalhos, de
precipitações, de improvisações.
Como resposta à
proposta que partiu do Planalto sobre um possível plebiscito, com a
participação dos seus três poderes independentes e harmônicos, ofereceu-se à
Nação uma aula prática de moral, de civismo, de direito sobre a forma de
governo vigente e as respectivas competências de cada poder. A manutenção da
ordem democrática foi o tom ouvido ante o posicionamento do poder Executivo.
Ficamos na dúvida
se foi por despreparo ou tentativa de golpe nas instituições que motivaram um
governo que se diz padrão ‘Felipão’ a tomar a iniciativa de propor mudanças
eleitorais em vez de ouvir os reclamos das ruas sobre mais eficiência e resultados
na gestão pública. A reunião com os 39 Ministros na Granja do Torto, se direcionada
para temas da competência dos respectivos ministérios, seria mais produtiva e uma
demonstração de vontade de resolver os problemas. A presidenta perdeu uma ótima
oportunidade de mostra competência administrativa. O genérico apresentado não
serve nem de placebo.
O Poder Executivo é
para executar obras, atender as demandas da sociedade em suas necessidades,
trabalhar diuturnamente pelo bem geral da Nação. Tal qual um time entrosado,
enxuto, competente, bem treinado, comprometido e capaz de todo esforço e
dedicação no cumprimento de metas (antes – durante – depois do jogo), assim
deveria ser o governo. Infelizmente não
é.
O desarquivamento
da tese do Parlamentarismo por parte do vice-presidente M. Temer pode ser uma
saída inteligente, sem rupturas, para renovar a política tão mal conduzida nas
últimas décadas. Possibilitaria a criação de uma nova mentalidade além de
acabar com prática da política menor. Sou a favor. Seria interessante um amplo
esclarecimento da opinião pública sobre as diferentes formas de governo,
incluindo a Monarquia. Todos admiram a Noruega, a Bélgica, Holanda, a Suécia,
etc. como países de primeiro mundo – alto padrão e qualidade de vida. A Nação
brasileira merece mais do que tem.
Mudar a mentalidade
das pessoas é indispensável, e isso só se consegue com educação, criar novos
padrões comportamentais, dar às pessoas a oportunidade de crescer... É como
dizia minha avó: -
“Não adianta vestir uma pessoa com rendas e sedas se ela continua se
comportando como se usasse trapos”.
Espera-se por um
encaminhamento sério, responsável, equilibrado e respeitoso na solução dos
graves problemas que ora atingem muitos setores do país. Tudo começou com um
protesto: - ‘havia um protesto no meio do caminho; um grande protesto que
caminha para um novo rumo... ’