O Papa Francisco chegou
para a jornada de trabalhos junto aos jovens que desejam uma palavra de fé pelo
futuro num mundo melhor. A recepção foi a altura de um representante de uma
comunidade que extrapola o catolicismo.
O povo o acompanhou
entusiasmado; foi lindo de se ver a recepção espontânea e festiva nas ruas do
Rio de Janeiro, mesmo num momento de falha da segurança.
O momento é de
reflexão. Temos dois mundos distintos em nosso país: um segundo, o auto-elogio
da presidenta, e o outro, na visão do Papa. No discurso de boas vindas a
Presidenta ressaltou o caráter do estado laico de aparências materiais; por seu
lado o Papa, em sua simplicidade de pastor, deixou claro que seu mundo é
calcado em outros valores. ‘Não tenho ouro; não tenho prata; tenho Cristo –
peço licença para entrar no coração do povo brasileiro’.
Jovens é o tema
deste encontro. Jovens – a janela dos olhos aberta para o futuro, nas palavras
do Papa Francisco. É através deles que o Papa falará sua mensagem aos pais e à
sociedade para resgatar os valores e os princípios cristãos esquecidos e tão
mal interpretados.
Temos jovens e
jovens. Uns voltados para o mundo profano dos ‘teres’ e ‘haveres’ prontos para um
confronto; e, o outro, que querem expressar sua fé e sua crença através de
gestos de amizade e confraternização em torno de Valores que dinheiro algum
compra ou paga.
O distanciamento entre esses dois mundos ficou evidenciado nas
palavras do auto-elogio presidencial. Um estado laico perdulário e omisso para
com a sociedade, onde cada dia mais se impõe com uma educação mutilada em
valores éticos, morais e em sua religiosidade, não tem condições de suprir com eficiência
as necessidades de realização plena dos jovens.
Daí as insatisfações, as atitudes agressivas, as revoltas o desejo de
mudanças tão necessárias. O mundo das aparências e das ilusões dos bens materiais
são apenas ferramentas para que as pessoas caminhem para atingir níveis mais
elevados de realização – não material, mas de cunho espiritual. A menina dos
olhos, as pupilas - são nada mais nada
menos que a janela da alma de cada um a olhar o mundo.
Grata ao Papa por
se lembrar não só dos jovens, mas também da outra ponta da vida – os idosos,
que, com sua experiência e sabedoria acumulada pela longa vida, tem muito a
ensinar e a contribuir para um mundo melhor. Devemos valorizar os jovens, pois eles representam o
futuro sem esquecer os detentores de um conhecimento adquirido pela experiência
dos anos vividos.
A Jornada Mundial
da Juventude certamente deixará sua marca e um norte para as novas gerações. Desejamos
que a postura do chefe da Igreja Católica, Papa Francisco, em seu despojamento sirva de seta no caminho
dos que se dizem representantes do povo.