O mês de
Agosto chega ao fim com um saldo negativo para a nação brasileira. Não é uma
questão de pessimismo. É uma questão de realismo. O comportamento insensato de
autoridades causam apreensão. A começar pelo programa ‘Mais Médicos’.
Notícias
divulgadas sobre o programa em questão expõe a verdadeira intenção do governo
brasileiro – o de continuar enviando recursos para o governo de Cuba que na
verdade está em péssimas condições financeiras. Os médicos cubanos já vinham
sendo treinados lá na ilha bem antes do programa ser anunciado aqui no Brasil.
O que
naturalmente choca mais é saber que o que está a acontecer é o comércio de mão
de obra por parte do governo cubano, tal qual os chamados ‘gatos’ faziam aqui
no Brasil intermediando mão de obra para colheita de cana, por exemplo.
Segundo a
vice-ministra da saúde, os médicos têm um salário garantido na ilha (valor de
800 pesos, cerca de 33 dólares); o governo brasileiro vai pagar
R$10.000,00 por médico ao governo cubano. Façam as contas de quanto será o
lucro no final do contrato de três anos. Os ‘gatos’ pés de chinelo que agiam no
Brasil explorando trabalhadores foram combatidos pela polícia e pelos defensores
dos direitos humanos; temos leis
trabalhistas, as quais devem ser respeitadas por todos.
Há evidências
de que seus direitos à liberdade pessoal
e profissional não são respeitadas: eles estão sendo monitorados por capatazes
que os acompanham; estão reclusos em alojamentos que não podem deixar, nem
podem inter-agir com outros médicos do programa... Alguns já participaram de
algo semelhante em países como Venezuela, Bolívia, Angola, Haiti, Peru. É
sabido que profissionais enviados à Venezuela não só fugiram como estão
processando o governo de Havana pela prática de
escravização.
Nada contra a
vinda de profissionais estrangeiros para trabalhar em qualquer setor no país. É
um direito individual que deve ser respeitado desde que esses profissionais
preencham realmente vagas disponíveis. Porém, prefeituras do interior do
Nordeste (Bahia, Pernambuco,Amazonas e Ceará) já planejam dispensar os médicos
brasileiros contratados que trabalham na cidade para substituí-los por médicos
do programa ‘Mais Médicos’. Dizem que é para reduzir custos. Se o governo tem
dinheiro para pagar médicos estrangeiros, deveria primeiro suprir as
necessidades mínimas para um bom atendimento da população nos municípios
brasileiros antes de importar profissionais para trabalhar aqui.
O caso é mais
sério do que parece.