O assunto é sobre a
dependência a que se condicionam as pessoas, não só em relação ao vício do uso de
drogas, mas também aos novos ‘vícios’ cultivados por políticas governamentais paternalistas
que geram dependentes.
Digo isto porque as
notícias dão conta que um quarto da população brasileira, ou seja, cinquenta
milhões (!) de cidadãos vivem à custa das bondades governamentais pagas com
dinheiro de quem trabalha, e, o mais grave, é que já há uma segunda geração de
dependentes das bolsas família.
Até o momento não
foram criados programas de erradicação da dependência – vício – em relação a essa
ajuda que deveria ser temporária. E, os comodistas não se vexam em continuar
recebendo a ajuda sem se esforçarem para serem independentes. É como diz a
sabedoria popular espanhola: ‘da me pan y llamame de tonto’.
É necessário mudar
de atitude, criar estratégias para lidar com esse comodismo. Para ilustrar como
funcionam atitudes positivas em relação a pessoas comodistas, sem senso de
responsabilidade – aquelas que sentam o traseiro –, citamos a experiência de
Albert Schweitzer, médico que foi para a selva africana com o objetivo de
ajudar os povos da vasta região do Congo. Para tal começou com as instalações
de um posto médico. Precisava de mão de obra que compareceu atraída pela
novidade. Porém, os nativos chegavam logo cedo, trabalhavam algumas horas até
que era servido o almoço, e, depois desapareciam pela mata. Com o período de chuvas
chegando, os trabalhos atrasados e a urgência de colocar a cobertura, Schweitzer
resolveu mudar de tática. Logo cedo quando as pessoas chegaram encontraram uma
escada para subir ao telhado. Quando todos estavam lá no alto, ele retirou a
escada e avisou: - ‘só descerão para o almoço quando terminarem a tarefa’.
Os trabalhadores nativos entenderam que aquilo
como uma espécie de jogo e puseram mãos à obra; trabalharam com afinco e
terminaram sem nenhuma dificuldade o trabalho que se arrastava por semanas.
A escada foi
recolocada e todos desceram felizes, confraternizando e festejando o resultado
do esforço conjunto daquela manhã.
Se quisermos
resultados diferentes, temos que mudar as estratégias superadas. O objetivo de
crianças na escola foi atingido? – A alfabetização diz que está longe de
obter-se um resultado efetivo. Não será obrigando aos pais a colocar seus
filhos cada vez mais cedo na escola que eles vão aprender mais.
Socialização se faz
em família, na Igreja, no convívio entre vizinhos, na pracinha da cidade, nas
festas da comunidade. Escola é apenas um local a mais para o convívio e
aprendizado principalmente de conteúdos que permitirão a formação de
profissionais bem sucedidos.
E isso está muito
longe de atingir a meta. Já se fala em importar mão de obra qualificada. Uma vergonha!
Dizer que o Brasil deverá contratar seis mil médicos cubanos para trabalhar no
interior do país, pois não há médicos para atender as necessidades da
população. Que tenham melhor sorte do que os que estavam trabalhando no país no
governo Lula. O contrato venceu. Não foi renovado. O pagamento de seus honorários
foi suspenso e eles, para não passar fome tiveram que recorrer à benevolência
da comunidade até conseguir se comunicar com seus consulados e voltar para
Cuba... Um possível acordo com o governo de Havana estabeleça novas estratégias
favoráveis para o envio de U$ muito bem vindos com a abertura do país. O processo
já é usado em relação à Venezuela onde segundo informações há 50 mil cidadãos
cubanos substituindo a mão de obra que falta por lá. O Brasil vai seguir esse
caminho também? Cabe à sociedade escolher o que é melhor: se continuar no
comodismo ou adotar novas estratégias...