- Qual a tendência
da política na América Latina – em particular do Brasil e dos países
autodenominados de bolivarianos? Acompanhamos o que ocorre no mundo e é divulgado
no noticiário, e, esta é o que pude observar nos últimos anos. É como se
estivesse fazendo o curso de História que meu irmão Lauro sugeriu quando fui
para a Faculdade. Onde estiver (ele se foi há tempo) deve estar rindo e
dizendo: - ‘bem que falei para estudar História!’ – Vá lá. Estudar Geografia
foi muito bom; ajuda na geopolítica. Mas, voltemos ao momento
histórico/político atual.
Os últimos 25 anos
tem sido um teste de resistência e de boa vontade com a promessa de um Brasil
vivendo uma democracia plena. Promessa. O Brasil ainda não estabilizou. Parece
mais uma gangorra que teima pender mais para o lado da índole ditatorial
mesquinha de quem vende até a barba em troca da permanência no cenário
decadente da política menor. Do outro lado temos um comportamento cauteloso,
parecendo acuado, porém consciente de que, mais dia menos dia, deverá definir
sua posição em prol da Nação, e agir. Por enquanto a gangorra continua aos
solavancos.
O Brasil já foi
colônia de Portugal; fez parte da coroa espanhola; holandeses e franceses
aportaram querendo parte do território; os ingleses e americanos por aqui
andaram colaborando na construção de ferrovias, pontes, usinas, ajudando a
pesquisar nossas riquezas, etc. Os nativos, ancestrais dos atuais indígenas que
estão redescobrindo o Brasil agora, ajudaram mais do que atrapalharam na
conquista e expansão territorial – eles conheciam os caminhos do sertão, como
conheciam as reservas de madeiras de interesse dos piratas que aqui aportavam
desde antes da ‘descoberta’ ou achado ‘oficial’.
Somos uma Nação
multicultural. Algo único, diferente e, portanto com múltiplas dificuldades a
serem vencidas num território continental. Enquanto países da União Européia se
fecham à imigração, o Brasil anuncia ser o país de Todos. Muitos vieram como
imigrantes ou não. Outros se preparam para vir. Portugal, que eu sei, nunca
aceitou a separação; para os portugueses ‘somos todos irmãos’... Isso é o menos
preocupante. O que preocupa é a falta de um projeto de governo que atira em
todas as direções e vai acendendo velas
para disfarçar a mediocridade reinante.
Brasil tem uma
trajetória própria, por isso temos a esperança de que continuaremos nela apesar
dos ‘cabeças feita’ da esquerda insistir em se associar a ditadores que não
respeitam os direitos humanos, e que se intrometem querendo impor ideologias
contrárias as nossas tradições, como, por exemplo, o comunismo que já fracassou no mundo.
A frase: “pueblos
de América, de rodillas” – no palanque onde Maduro (da Venezuela) se proclamou
substituto de Chávez, diz o que eles pretendem. Dominar. E Cuba está a fazer o
papel de umbigo da América Latina (!). Afirmam alguns observadores
internacionais que Havana já manda na Venezuela. O Foro de São Paulo é uma
realidade de que muitos ainda não se deram conta. A Unasur, idem. Tudo segue
uma cartilha.
Do evoluir dos
acontecimentos teremos uma reorganização das forças verdadeiramente
democráticas. Quem fracassou economicamente como ocorreu com a ilha de Fidel
quando a URSS deixou de patrocinar a boa vida dos acomodados ao regime, pouco
ou nada de bom tem a oferecer a uma Nação como o Brasil. Um país que se diz o
melhor em educação e saúde e usa essa mão de obra em troca de benefícios
financeiros, em pleno século XXI, é incapaz de produzir alimentos para seu
povo. E a Venezuela segue a mesma política predatória do campo e espera a benevolência
do Brasil a suprir suas deficiências produtivas – é o que Maduro veio pedir. O agronegócio
no Brasil sofre constantes golpes, assim como o pequeno produtor. O Brasil se
construiu graças ao trabalho dedicado de milhões de brasileiros que produziram,
produziram e produziram toneladas de alimentos, de bens de consumo industrializados,
desenvolveu o comércio gerando riquezas, teve sua fase áurea na educação –
basta comparar os prédios escolares construídos no início do século passado e
os barracões de hoje chamados de escolas. Haveria muitos exemplos a citar.
O mundo globalizado
tende a se fechar em núcleos radicais. Conflitos estão a explodir em muitos
países. A América Latina ainda goza de alguma paz, não por falta de agitadores
e militantes a serviço de políticos que não tem mais como esconder suas verdadeiras
intenções ditatoriais.
Será da atitude
firme de pessoas, com autoridade moral, que os rumos se definirão em favor da
verdade, da justiça e da plena democracia. O país conta com as Forças Armadas,
uma espécie de quarto poder que tem por obrigação garantir as instituições. –
“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à Defesa da Pátria, à garantia dos Poderes
Constitucionais, e por iniciativa de qualquer destes, da Lei e da ordem.” (Artg.
142 – Das Forças Armadas). Que cada um cumpra com seu dever.