sexta-feira, 10 de maio de 2013

BRASIL E AMÉRICA LATINA – O MOMENTO E O FUTURO


- Qual a tendência da política na América Latina – em particular do Brasil e dos países autodenominados de bolivarianos? Acompanhamos o que ocorre no mundo e é divulgado no noticiário, e, esta é o que pude observar nos últimos anos. É como se estivesse fazendo o curso de História que meu irmão Lauro sugeriu quando fui para a Faculdade. Onde estiver (ele se foi há tempo) deve estar rindo e dizendo: - ‘bem que falei para estudar História!’ – Vá lá. Estudar Geografia foi muito bom; ajuda na geopolítica. Mas, voltemos ao momento histórico/político atual.
Os últimos 25 anos tem sido um teste de resistência e de boa vontade com a promessa de um Brasil vivendo uma democracia plena. Promessa. O Brasil ainda não estabilizou. Parece mais uma gangorra que teima pender mais para o lado da índole ditatorial mesquinha de quem vende até a barba em troca da permanência no cenário decadente da política menor. Do outro lado temos um comportamento cauteloso, parecendo acuado, porém consciente de que, mais dia menos dia, deverá definir sua posição em prol da Nação, e agir. Por enquanto a gangorra continua aos solavancos.
O Brasil já foi colônia de Portugal; fez parte da coroa espanhola; holandeses e franceses aportaram querendo parte do território; os ingleses e americanos por aqui andaram colaborando na construção de ferrovias, pontes, usinas, ajudando a pesquisar nossas riquezas, etc. Os nativos, ancestrais dos atuais indígenas que estão redescobrindo o Brasil agora, ajudaram mais do que atrapalharam na conquista e expansão territorial – eles conheciam os caminhos do sertão, como conheciam as reservas de madeiras de interesse dos piratas que aqui aportavam desde antes da ‘descoberta’ ou achado ‘oficial’.
Somos uma Nação multicultural. Algo único, diferente e, portanto com múltiplas dificuldades a serem vencidas num território continental. Enquanto países da União Européia se fecham à imigração, o Brasil anuncia ser o país de Todos. Muitos vieram como imigrantes ou não. Outros se preparam para vir. Portugal, que eu sei, nunca aceitou a separação; para os portugueses ‘somos todos irmãos’... Isso é o menos preocupante. O que preocupa é a falta de um projeto de governo que atira em todas as direções e vai acendendo  velas para disfarçar a mediocridade reinante.
Brasil tem uma trajetória própria, por isso temos a esperança de que continuaremos nela apesar dos ‘cabeças feita’ da esquerda insistir em se associar a ditadores que não respeitam os direitos humanos, e que se intrometem querendo impor ideologias contrárias as nossas tradições, como, por exemplo,  o comunismo que já fracassou no mundo.
A frase: “pueblos de América, de rodillas” – no palanque onde Maduro (da Venezuela) se proclamou substituto de Chávez, diz o que eles pretendem. Dominar. E Cuba está a fazer o papel de umbigo da América Latina (!). Afirmam alguns observadores internacionais que Havana já manda na Venezuela. O Foro de São Paulo é uma realidade de que muitos ainda não se deram conta. A Unasur, idem. Tudo segue uma cartilha.
Do evoluir dos acontecimentos teremos uma reorganização das forças verdadeiramente democráticas. Quem fracassou economicamente como ocorreu com a ilha de Fidel quando a URSS deixou de patrocinar a boa vida dos acomodados ao regime, pouco ou nada de bom tem a oferecer a uma Nação como o Brasil. Um país que se diz o melhor em educação e saúde e usa essa mão de obra em troca de benefícios financeiros, em pleno século XXI, é incapaz de produzir alimentos para seu povo. E a Venezuela segue a mesma política predatória do campo e espera a benevolência do Brasil a suprir suas deficiências produtivas – é o que Maduro veio pedir. O agronegócio no Brasil sofre constantes golpes, assim como o pequeno produtor. O Brasil se construiu graças ao trabalho dedicado de milhões de brasileiros que produziram, produziram e produziram toneladas de alimentos, de bens de consumo industrializados, desenvolveu o comércio gerando riquezas, teve sua fase áurea na educação – basta comparar os prédios escolares construídos no início do século passado e os barracões de hoje chamados de escolas. Haveria muitos exemplos a citar.
O mundo globalizado tende a se fechar em núcleos radicais. Conflitos estão a explodir em muitos países. A América Latina ainda goza de alguma paz, não por falta de agitadores e militantes a serviço de políticos que não tem mais como esconder suas verdadeiras intenções ditatoriais.
Será da atitude firme de pessoas, com autoridade moral, que os rumos se definirão em favor da verdade, da justiça e da plena democracia. O país conta com as Forças Armadas, uma espécie de quarto poder que tem por obrigação garantir as instituições. – “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à Defesa da Pátria, à garantia dos Poderes Constitucionais, e por iniciativa de qualquer destes, da Lei e da ordem.” (Artg. 142 – Das Forças Armadas). Que cada um cumpra com seu dever.