BRINCAR É PRECISO, COMO PRECISO É FUGIR DO ANALFABETISMO AO ALCANCE DE
TODOS.
Brincar é um
assunto sério. Brincando com palavras, com sons, cores, formas o aprendiz vai
construindo conceitos e valores. É no erro e acerto a cada vez que o castelo de
cartas, com sua torre quase pronta e as muralhas ao redor desabam, que novas
lições são incorporadas. Cada novo desafio, aliado à imaginação criativa para
encontrar novas formas de agir, de
fazer, de construir, de vencer obstáculos serve de estímulo para a criança
e o jovem que começam a descobrir um mundo novo. Tudo funciona como uma
ritualística. É a repetição de gestos, de palavras, de atos, movimentos,
intenções que são convencionados e utilizados para atingir aquele determinado
fim.
Construir castelos
de cartas ensina o que é equilíbrio, o
que fazer para manter esse equilíbrio, descobrir onde errou para que o equilíbrio
falhasse. Um castelo de areia é um teste acima de qualquer aula teórica de
física. É essa didática que pretendem substituir pelo imediatismo do click que
elimina raciocínios e que deveria
treinar a paciência, gerar noções de trabalho e suas dificuldades para
conseguir resultados.
Caminha-se para a
deseducação infantil e juvenil. Ao ver mães assustadas ao saber que nas escolas
onde seus filhos estudam ocorreram cenas de violência fica evidente que está
havendo um descompasso na proposta educativa oficial. O termômetro da violência
reflete bem o desrespeito a que vem sendo condicionadas as crianças e jovens
submetidos a conteúdos incompatíveis e impróprios à natureza infantil e
juvenil.
O analfabetismo que
atinge a grande maioria da população estudantil é a prova contundente do
fracasso do sistema educacional público. O que está de errado? Muita coisa, a começar pela supressão da
religião e do uso dos seus símbolos, associada a uma cultura de permissividade
sexual que vem sendo estimulada cada vez mais cedo através de cartilhas, que
muitas vezes os pais ignoram.
Um analfabeto não
tem condições de contestar valores que não conhece; e, se os tem de casa, será
considerado ‘careta’. Assistimos a vitória de uma minoria dominada por mentes
doentias, a se impor sobre a maioria transformada em massa amorfa e despersonalizada.
É o que chamam de
transformação da sociedade. Drogas? Aborto? Prostituição infantil? – e tantas
outras bandeiras do mesmo estofo fazem
parte dessa escalada para transformar o ser humano em algo inferior a uma
ameba.
Brincar é coisa
séria. Não brinquem com os direitos das crianças e dos jovens crescerem livres
e de mente sadia. Salvemos o ser humano.