-“Comei
da mesa de Deus: os frutos das árvores, o grão e a erva dos campos, o leite dos
animais e o mel das abelhas. O mais leva às doenças que levam à morte”... ‘comei
tão somente quando o Sol esteja no mais alto do céus, e logo depois que ele se
ponha”. (Evangelho dos Essênios).
A ONU descobriu que
insetos podem fazer parte do cardápio da humanidade. Nenhuma novidade. Cada
povo, há tempo, tem seus alimentos próprios e muitos se alimentam de insetos,
os mais variados. Ninguém teve que lhes autorizar ou sugerir tal cardápio. O
gosto ou a necessidade falou mais alto. Muitos curiosos certamente irão criar
mais um modismo.
Vai longe o dia em
que, de passagem, na hora do jantar, na casa de uma família italiana, la
mama apareceu com uma fritada de
camarões de água doce insistindo para la
bambina (eu) comer. Diante daquele quitute desconhecido para mim, me escondi
atrás de minha mãe avisando que eu não comia ‘aquilo’!
Já falamos do
hábito de nativos se alimentarem com formigas torradas, e, içás ao natural, além de outros insetos. O
cardápio oriental, China, em particular, tem mostrado variedade de quitutes
exóticos que fazem a delícia dos degustadores. É a principal fonte de proteína
diária para muitos cidadãos. Técnicas de sobrevivência na selva ensinam como se
alimentar com o que a natureza oferece.
Isso inclui insetos, larvas, frutos, folhas, raízes, e tudo o mais que
estiver ao alcance no momento da fome.
Informações sobre
alimentos não convencionais em nossa cultura citam o uso não só de insetos como
de outros pequenos seres vivos como fonte de proteína, e também com a
finalidade de ‘tratamentos’, segundo entendidos. A título de curiosidade, em
‘Casa Grande e Senzala’ há uma receitinha diurética de chá feito com uma porção
de cabelos de milho e seis moscas; as moscas seriam para potencializar a
propriedades dos cabelos de milho.
Um copo de suco de
vespas, tomado diariamente antes dos treinamentos, foi citado por uma
maratonista vietnamita para justificar sua boa forma nas provas. Uma pasta feita com larvas de zangão teria
propriedades geriátricas.
São João, dizem, se
alimentava de gafanhotos; se bem que traduções de textos antigos atribuem à
mesma palavra ‘gafanhoto’ outro significado.
No livro Apócrifo
‘O Evangelho dos Essênios’ – há um cardápio bem normal, com recomendações mês a
mês, de acordo com o que é produzido durante o ano: ‘ no mês de Iyar (fevereiro) – cevada; em Sivan (março) – trigo para o
pão de cada dia com o cuidado com o corpo; Tammuz (abril) – uva ácida para uma
limpeza do organismo; Elul (maio) – coletar uvas para o suco ser sua bebida (o
vinho natural); mês de Marcheihvan – das uvas doces secadas ao sol sirvam de
alimento saudável; Abe e Shebat (julho/agosto) – figos maduros, e os que sobrarem
secá-los ao sol para comê-los com amêndoas durante os meses em que não há
frutas; Thebet – setembro e meses seguintes – uso de ervas/verduras que brotam após as chuvas; elas servem para
purificar o sangue; usar também o leite.’
Sabe-se que Jesus
fazia suas refeições como qualquer cidadão e recomendava o Jejum ao sétimo dia
da semana para que o corpo se recupere das más influencias, inclusive dos
pensamentos, prática que anda bem esquecida. Além de recomendar não contaminar
o corpo com bebidas ou ‘fumos’. Destaque para a importância do ar e da água
como purificadores do corpo.
Todos têm direito
ao mínimo para sua sobrevivência. Seja um tradicional prato de feijão com arroz
e ovo frito; ou de fartas saladas e cardápios sofisticados de insetos... Ar,
Água e Luz ainda é o melhor cardápio se acompanhados com o néctar de frutas e
mel puro.
Nada de modismos ou
radicalismos. Basta os que há.