GANDHI - A Grande Alma - viveu o desafio de praticar a verdadeira não violência que implica em:
1-
Não fazer mal ao malfeitor;
2- Não
dizer mal dele;
3- Não
querer-lhe mal;
4-
Querer bem a quem lhe fez o mal.
Isto
é praticamente impossível na sociedade (civil ou religiosa) enquanto o homem
não se libertar dos egoísmos. Só um ‘santo’ ou um ‘louco’ – se diria de um
personagem capaz de vencer esse desafio. Nem santo nem louco. Gandhi foi apenas
um homem que realizou em si a libertação em relação à materialidade, e se
colocou a si próprio como arma contra a violência. Toda e qualquer violência é
filha do egoísmo. Onde não há egoísmo não há violência. Gandhi movimentou milhões
de homens com o princípio da não violência obtendo resultados positivos que
culminaram na independência da Índia. Isso foi possível porque boa parte da
sociedade passou a agir como não violenta. Para que a sociedade chegue a esse
estágio é necessário que haja alguém plenamente liberto da violência do ego e
que se abstenha de praticar qualquer espécie de violência material, verbal ou
mental – evitando fazer, dizer, e pensar mal – mas que também seja mestre em substituir
essa violência e malquerença pela benevolência da benquerença que suplante o
ódio pelo amor.
É
preciso admitir que a sociedade atual está distante de concentrar esse número
de pessoas suficientes para influenciá-la favoravelmente. Enquanto indivíduos isolados
‘embainham as espadas’, a sociedade como um todo continua de espada* em punho,
pois é o seu ego que dá o tom.
Algumas
palavras de Gandhi - para ler e refletir:
1-
Sinceridade
– “Divergências de opiniões não deve ser motivo de hostilidades...”; “A minha
vida é um Todo indivisível, e todos os meus atos convergem uns para os outros;
e todos eles nascem do insaciável amor que tenho para com toda a humanidade”.
2- Auscultando a Voz do Silêncio
– “Abster-se de alimentação é muitas vezes necessário para manter o corpo com saúde – mas não há tal coisa como abster-se da
Oração”.
3-
Não
Violência como Imperativo da Consciência – “A não violência
é a lei da espécie humana, assim como a violência é a lei do bruto. Tenho
prazer em andar esse caminho. Choro quando tropeço. Deus diz: “Quem trabalha
com esforço não perecerá e eu tenho uma fé implícita nesta promessa”. – “Há
princípios eternos que não admitem compromisso; e o homem deve estar disposto a
sacrificar a sua vida em defesa desses princípios.”
*Nota: A espada é uma combinação da cruz
(benevolência) e a lâmina (violência); essa tem sido a arma empunhada pela
sociedade...