Dizem que o mundo dá as voltas que tem que dar. Nem uma mais,
nem uma a menos. A condenação dos mensaleiros pelo STJ traz o sabor de uma nova
era na vida política do país. Um dos
efeitos imediatos foi a reação dos condenados que admitiram estar envolvidos em
um projeto de poder do partido que representam, e o outro foi a declaração do
Ministro da Justiça ante a constatação do estado de calamidade do sistema
prisional brasileiro. Os caminhos estão a se cruzar. Os condenados, de colarinho engomado
acostumados com palácios e conforto terão que partilhar cadeias superlotadas
com outros delinquentes – ‘povo’...
A fala do Ministro da Justiça em exercício – José Eduardo
Cardozo – de que preferia morrer a ir passar alguns anos numa cadeia brasileira
teve uma conotação estranha. Porque só agora, um ministro de um governo (PT)
que está há dez anos consecutivos no poder
Federal, descobriu a situação calamitosa em que vivem os presos? Que eu
saiba, o governo Federal é o principal responsável pela segurança e bem estar
de todos os cidadãos, inclusive os que por um motivo ou outro precisam ser
isolados da sociedade temporariamente. Se está como está, ele e o governo
federal também tem sua cota de
responsabilidade. Para salvaguardar as aparências já acenaram com a construção
de mais 60 unidades (!)
Esse fato, em paralelo com a violência reinante em algumas
grandes cidades – e não é de hoje – expõe a característica da ‘revolução
permanente’ defendida e praticada por grupos anti-sociais e anti-democráticos
que querem dominar pela força.
Hoje, data comemorativa da Proclamação da República, a qual teve
início a partir de uma quartelada comandada por oficiais descontentes, não
deixa de ser significativa. A desordem e a violência atuais devem servir de
alerta aos responsáveis pela segurança do país. O desrespeito às Leis está
ultrapassando os limites do razoável.
É preciso rever o modelo político partidário. Reformular o que
hoje está deturpado em termos de República e Democracia. Isolar de vez os maus
brasileiros que não sabem o que é a verdadeira Democracia: - Verdade em tudo,
clareza e respeito mútuo.
Aproveito para lembrar que entre as personalidades mais votadas na eleição do ‘maior brasileiro de todos os
tempos’, a Princesa Isabel foi uma delas. Não vamos defender aqui a volta à
Monarquia. Porém, queremos lembrar que são os feitos das pessoas o que
realmente valem. Ela deixou sua marca.
- ‘Liberdade, liberdade... Abre as asas sobre nós... ’ – que todos
os cidadãos possam viver e circular livremente sem medo de serem vítimas da violência
insana a que se chegou no país.
