Mais uma fábula de Esopo:
- Dois touros brigavam à beira de uma lagoa onde vivia uma colônia de rãs. As jovens rãs, que tomavam sol à beira da lagoa, se divertiam aplaudindo a cada cabeçada que os touros davam.
Umas torciam pelo boi pintado. Outras pelo boi malhado. Uma rã mais experiente avisou:
- Cuidado. Essa briga pode acabar aqui onde estamos. Vou mergulhar e ficar longe desses dois touros.
Dito e feito. O boi malhado foi empurrado pelo boi pintado e a briga acabou dentro da lagoa, no meio de grande correria das rãs que pouco antes estavam se divertindo.
Moral Em conflito dos grandes, pequenos não tem vez. É melhor manter distância.
O povão se comporta como as rãs da lagoa. Os 'grandes' se digladiam pelo poder, enquanto as torcidas organizadas aplaudem e até se estapeiam pelos seus favoritos. Mal sabem que, uma vez a rixa terminada, eles os 'grandes' - vão pastar juntos o capim do mesmo pasto até a próxima disputa eleitoral.
Os tempos passam, os costumes permanecem. As Fábulas nos dão conta que o ser humano tem muito ainda para aprender com as lições da vida. Esperamos que um dia, o difícil aprendizado seja absorvido e posto em prática para o bem de todos, mudando o final da história.
Enquanto isso não acontece, toca ensinar, ensinar, ensinar... Um dia a muralha da ignorância há de cair e abrir os olhos dos pobres iludidos.
Não basta amaldiçoar para mudar o curso da história.
- Por falar em amaldiçoar, você sabia que o sábio e filósofo Pitágoras amaldiçoava "pelo número quatro", e na antiga Turquia, blasfemava-se "pela couve"? - tudo tem o seu significado!