sexta-feira, 13 de abril de 2012

OBESIDADE POPULAR E O SOBREPESO DO GOVERNO

 

A população brasileira – quase a metade – está acima do peso. Sofre de sobrepeso com todas as consequências: - acúmulo de gorduras, entupimento das coronárias, infarto, artrite, artrose, diabetes, acúmulo de podridão intestinal, deterioração generalizado do corpo e da qualidade de vida, risco de morte.

Sinal que algo vai mal. Um dos sintomas de que a pessoa está emocionalmente descompensada se traduz em fome, vontade de comer para compensar a insatisfação com o prazer de comer. O apelo comercial com toda espécie de glutonarias apetitosas  produz aquela salivação irresistível e inevitável no cidadão desprotegido.  Pavlov estudou como funciona o processo... O mundo moderno usa e abusa das 'campainhas' que despertam os cãezinhos amestrados que vivem dentro de cada um de nós. É preciso muita força de vontade para resistir aos apelos. Dá pena de ver um (a) gordinho (a) de olho comprido a espera do farto e suculento prato predileto.

A compensação psicológica do consumidor (classe C -?) está pesando na balança, no bolso, na saúde e na qualidade de vida das vítimas da gula.

E, sobrepeso também se faz notar no Governo, ou seja, na máquina que o governo instalou e não para de alimentar.

Já são 38 ministérios! Dezenas de Secretarias. Milhares de funcionários – que, se comparecessem todos ao mesmo tempo na respectiva repartição, certamente não haveria espaço para todos – (falo porque já tive oportunidade de ver uma cena dessas: eram dez funcionários para 4m² de sala, todos indicados por políticos recém eleitos) - sem falar nos inúmeros cargos de confiança, tudo à custa dos cofres públicos. Como graves consequências para a saúde do bom funcionamento do Estado temos: - Corrupção, escândalos, podridão moral, deterioração do funcionamento com sobrecarga burocrática, etc., cujo funcionamento 'intestinal' mais parece um esgoto a céu aberto onde os ratos proliferam.

Cofres Públicos! Públicos demais quando os donos do poder gulosamente se apropriam do prato cheio que cintila graças aos impostos pagos por quem trabalha e produz, e, pelo consumidor incentivado a consumir, consumir, consumir... Principalmente aquele de baixa renda que acaba vítima da obesidade própria e da gula governamental.

Ambos os casos tem solução. O indivíduo pode fazer uma redução do estômago e até dos intestinos e fazer uma dieta (disciplina) alimentar para dar sobrevida aos órgãos vitais.

O governo tem que fazer também uma redução drástica do tamanho da máquina burocrática inoperante, ou seja, tem que cortar, cortar, cortar... Sanear tudo para que os órgãos vitais da administração funcionem antes que ocorra um colapso.

O colapso físico e moral serão inevitáveis se não se proceder a um tratamento de choque radical imediato.

Só falta o cirurgião competente para realizar a delicada operação na máquina obesa do Estado, sem criar traumas. Continuar como está é um grave erro.