Um indivíduo foi visitar um amigo. Ao entrar na sala viu pilhas de livros sobre os móveis e até no chão num canto da sala. Eram muitos livros: clássicos, romances, ficção, pesquisa científica tudo literatura variada e de bom gosto. Admirado elogiou:
- Parabéns pela biblioteca!
Obrigado respondeu o amigo.
- Mandou reformar as estantes? perguntou.
- Não.
- Mas onde você guarda todos os livros? quis saber.
- Meu caro, eles ficam por aí. Estante, ninguém empresta...
Moral livro emprestado, livro dado. Dificilmente volta ao dono, aquele que valorizou o trabalho do autor, dos profissionais responsáveis pela edição e distribuição, pagando pelos custos de cada exemplar.
A cultura de que livro é um produto caro e supérfluo, predomina na mentalidade pobre de pessoas que não pensam duas vezes em passar o chapéu no produto do trabalho alheio. No caso o livro. E por tabela, a revista, o jornal...
A falta de respeito pelos direitos autorais já é crônica. Atualmente com a vulgarização da internet a coisa piorou. Livros produzidos e editados a duras penas, simplesmente estão sendo pirateados por pessoas inescrupulosas que faturam em cima do trabalho alheio.
Há também os 'magnânimos'. Aqueles que copiam e deixam em aberto para quem quiser baixar gratuitamente livros inteiros. Simplesmente demonstram desprezo total pelo trabalho das pessoas que se dedicaram em levar ao público informações que de outra forma não teriam sido publicadas, pois são o resultado de anos de estudos e pesquisas pessoais de quem escreveu o livro.
Você sabe quanto custa editar um livro? Os piratas não estão nem aí...
Para quem sabe o que é escrever um livro desde as primeiras anotações de idéias rascunhadas em folhas soltas, até o livro ser editado e ficar prontinho para ir para a livraria, essa atitude descarada é uma agressão e uma violência, pois caracteriza roubo. Um roubo que vai muito além de um produto material, pois envolve trabalho de elaboração de uma idéia, de criação e de pesquisa que por vezes toma até anos a fio para atingir aquela forma ideal apresentada no produto final. E esse resultado significa transmissão de conhecimentos e lazer, que vão enriquecer intelectual e espiritualmente o leitor. É do retorno material desse ciclo que novas edições poderão ser produzidas dando assim um novo alento à cultura e à ciência de um país.
Lamentamos a atitude desrespeitosa desses indivíduos que se apropriaram de vários livros de produção e editoração da qual participamos juntamente com nosso irmão Mário e que se escondem no anonimato do mundo virtual. Lembramos a esses que se dizem 'divulgadores' e que trabalham 'pelo social', que embora a justiça tarde, ela se fará.
Quando um autor não puder continuar produzindo e editando novos livros com mais informações e atualizações, ele será obrigado a interromper seu trabalho. E, o prejuízo será da sociedade.
Prestigie quem trabalha pela cultura e pela ciência deste país.
Boa leitura...