Meu Atlas está
ficando desatualizado. Rússia anexou a Criméia; Venezuela chavista tem
suprimido de seus mapas os limites com a Guiana; União Européia – forma um
bloco englobando 27 países, que embora mantenham seus limites territoriais, tem
um ‘governo’ conjunto > algo semelhante ao que foi a ex-URSS. A República
Dominicana hoje é um Estado Americano. O Sudão se dividiu em dois países. A Antártida – pouco se fala, mas seu vasto
território, apesar das condições climáticas adversas, está dividido entre
várias nações, inclusive o Brasil. A divisão territorial do mundo, produto das
conquistas tecnológicas, procurou preservar a identidade dos povos. A América
Latina, por exemplo, foi povoada principalmente por espanhóis e portugueses, e
quando foi dividida, seguiu esse principio. O nativo nômade foi se acomodando,
e no Brasil as reservas indígenas já demarcadas representam unidades
diferenciadas dentro do país.
A corrida espacial
levou o homem à Lua e agora há um projeto de colonização de Marte! Vai longe o
dia em que, bisbilhotando o jornal que meu avô deixara aberto sobre a mesa, eu
e meu irmão encontramos uma nota sobre o filme de Orson G. Wells (Guerra dos Mundos)
> a invasão da Terra pelos marcianos... Se os tais marcianos existem, agora
eles que se cuidem, pois o homem está a caminho!
A ‘Guerra Fria’ que
manteve o mundo dividido em dois grandes blocos – ocidental (democrático) e
oriental (comunista) chegou ao fim na década de 80 com as reformas do
presidente M. Gorbachev que manteve encontros com o estão presidente dos
Estados Unidos. A tônica do encontro versou sobre a importância da convivência pacífica,
os riscos decorrentes das armas nucleares, além da importância de defender
interesses comuns da ‘civilização humana’. Essa postura de cooperação espacial
ante a possibilidade de um ataque de fora da Terra (extraterrestre) em que ambas
as Nações juntariam esforços para repelir os intrusos, deu inicio a uma
cooperação nas missões espaciais. O mundo começou a respirar aliviado, pois o
perigo de uma guerra nuclear parecia afastada.
- E no Brasil? – O
Brasil, no pós guerra, seguiu sua
trajetória democrática inserido no mundo ocidental com alguns conflitos provocados
por admiradores do regime comunista. Foi um desses movimentos antidemocrático
que levou à deposição do então presidente Jango Goulart.
O período pós 1964
foi de muito trabalho e de organização do Estado brasileiro. Até a abertura política
e a anistia geral, os governos militares que se sucederam por um período maior
do que o planejado inicialmente, podem não ter sido os melhores para alguns
recalcitrantes.
Parece que eles pararam
no tempo. Preferem recalcitrar sobre fatos históricos e falar de forma
descompromissada em relação ao que realmente ocorreu no passado. Passado é
passado. A ‘Guerra Fria’ foi um fato histórico com graves repercussões na vida
de muitas nações onde as liberdades democráticas simplesmente foram abafadas
por um sistema ditatorial comunista. Havia, sim, motivos de sobra para o mundo
ocidental, e o Brasil também, preservar seus valores à revelia dos simpatizantes
do regime em vigor na URSS.
Cinquenta anos
depois, uma minoria, usando da arte da desinformação, continua a bater na tecla
– se foi golpe, se foi ditadura, se foi revolução... – e insiste em contar a
história que lhes convém, a uma geração de semi-analfabetos que não viveu a
época. 50 anos se passaram e é hora de depor armas e abordar de forma realista
os fatos históricos. A história seletiva do que ocorreu é um golpe baixo na
democracia.
O dever das
lideranças políticas, das autoridades constituídas, da imprensa em geral e dos
cidadãos em particular, é a de promover a união e não o confronto.
Os movimentos separatistas
certamente continuarão a ocorrer pelo mundo. A ‘Guerra Fria’ que parecia sepultada,
ressurge com novos lances. Os desejos de convivência pacífica e defesa dos
interesses comuns da humanidade estão sendo postos de lado por alguns
governantes que desejam ampliar fronteiras. Que vença o bom senso!