quinta-feira, 27 de março de 2014

PAINEL – UMA NOVA VELHA ORDEM MUNDIAL – O BRASIL E OS ANOS PÓS 1964.


Meu Atlas está ficando desatualizado. Rússia anexou a Criméia; Venezuela chavista tem suprimido de seus mapas os limites com a Guiana; União Européia – forma um bloco englobando 27 países, que embora mantenham seus limites territoriais, tem um ‘governo’ conjunto > algo semelhante ao que foi a ex-URSS. A República Dominicana hoje é um Estado Americano. O Sudão se dividiu em dois países.  A Antártida – pouco se fala, mas seu vasto território, apesar das condições climáticas adversas, está dividido entre várias nações, inclusive o Brasil. A divisão territorial do mundo, produto das conquistas tecnológicas, procurou preservar a identidade dos povos. A América Latina, por exemplo, foi povoada principalmente por espanhóis e portugueses, e quando foi dividida, seguiu esse principio. O nativo nômade foi se acomodando, e no Brasil as reservas indígenas já demarcadas representam unidades diferenciadas dentro do país.
A corrida espacial levou o homem à Lua e agora há um projeto de colonização de Marte! Vai longe o dia em que, bisbilhotando o jornal que meu avô deixara aberto sobre a mesa, eu e meu irmão encontramos uma nota sobre o filme de Orson G. Wells (Guerra dos Mundos) > a invasão da Terra pelos marcianos... Se os tais marcianos existem, agora eles que se cuidem, pois o homem está a caminho!
A ‘Guerra Fria’ que manteve o mundo dividido em dois grandes blocos – ocidental (democrático) e oriental (comunista) chegou ao fim na década de 80 com as reformas do presidente M. Gorbachev que manteve encontros com o estão presidente dos Estados Unidos. A tônica do encontro versou sobre a importância da convivência pacífica, os riscos decorrentes das armas nucleares, além da importância de defender interesses comuns da ‘civilização humana’. Essa postura de cooperação espacial ante a possibilidade de um ataque de fora da Terra (extraterrestre) em que ambas as Nações juntariam esforços para repelir os intrusos, deu inicio a uma cooperação nas missões espaciais. O mundo começou a respirar aliviado, pois o perigo de uma guerra nuclear parecia afastada.
- E no Brasil? – O Brasil, no pós guerra,  seguiu sua trajetória democrática inserido no mundo ocidental com alguns conflitos provocados por admiradores do regime comunista. Foi um desses movimentos antidemocrático que levou à deposição do então presidente Jango Goulart.
O período pós 1964 foi de muito trabalho e de organização do Estado brasileiro. Até a abertura política e a anistia geral, os governos militares que se sucederam por um período maior do que o planejado inicialmente, podem não ter sido os melhores para alguns recalcitrantes.
Parece que eles pararam no tempo. Preferem recalcitrar sobre fatos históricos e falar de forma descompromissada em relação ao que realmente ocorreu no passado. Passado é passado. A ‘Guerra Fria’ foi um fato histórico com graves repercussões na vida de muitas nações onde as liberdades democráticas simplesmente foram abafadas por um sistema ditatorial comunista. Havia, sim, motivos de sobra para o mundo ocidental, e o Brasil também, preservar seus valores à revelia dos simpatizantes do regime em vigor na URSS.
Cinquenta anos depois, uma minoria, usando da arte da desinformação, continua a bater na tecla – se foi golpe, se foi ditadura, se foi revolução... – e insiste em contar a história que lhes convém, a uma geração de semi-analfabetos que não viveu a época. 50 anos se passaram e é hora de depor armas e abordar de forma realista os fatos históricos. A história seletiva do que ocorreu é um golpe baixo na democracia.
O dever das lideranças políticas, das autoridades constituídas, da imprensa em geral e dos cidadãos em particular, é a de promover a união e não o confronto.

Os movimentos separatistas certamente continuarão a ocorrer pelo mundo. A ‘Guerra Fria’ que parecia sepultada, ressurge com novos lances. Os desejos de convivência pacífica e defesa dos interesses comuns da humanidade estão sendo postos de lado por alguns governantes que desejam ampliar fronteiras. Que vença o bom senso!