terça-feira, 4 de março de 2014

MURAL - 3ª. FEIRA DE CARNAVAL – OS CONTRASTES DE UM PAÍS

MURAL – Em tempos de estudante participávamos do jornal mural do Centro de Estudos Geográficos. Não sei por que me lembrei disso hoje. As pequenas noticias afixadas mantinham acesa a dinâmica do curso por si só já bem ativo. Creio que foi aí que me habituei a esse tipo de informação com notas curtas. Vamos lá, no estilo mural:
CARNAVAL – do que consegui acompanhar, gostei de ver. Muita vibração, luzes, fantasias, carros alegóricos e criatividade para narrar temas diversos, que refletem uma mesma coisa: o povo quer um mundo de paz e alegria bem diferente do que se desenha no horizonte, não só dentro do país como internacionalmente. Parabéns aos foliões e carnavalescos que, de norte ao sul, primaram por um espetáculo variado, que se não é perfeito, pelo menos, dentro das limitações de cada um, eles apresentaram o melhor de si.
Escolas de Samba, Blocos de Rua, Maracatus, Trios Elétricos, e até desfile de carnaval à cavalo lá das Minas Gerais. Sob o comando da imaginação, tudo é permitido vivenciar. E o futebol com seus ídolos não podiam ficar de lado. Afinal, estamos no ano da Copa!
O Lixo – também ganhou as ruas. Aos montões!

TAPETE VERMELHO – OSCAR – Há tempos que deixei de ser assídua frequentadora de cinema. Acostumada a assistir às grandes produções dos anos 50/60, o cinema novo com um realismo deprimente não me conquistou. Às vezes vejo alguns filmes na TV, como no último sábado em que assisti ao filme sobre a vida de Carmem Miranda que foi exibido pela TV Cultura.  
A premiação - o Oscar dos melhores filmes, atores e diretores foi mais um evento cultural e comercial, naturalmente. Até pizza foi servida. Sem esquecer a onda dos selfies... Boa sorte aos profissionais da área, e em particular, aos premiados da noite.

AS ESCOLAS no Brasil – Temos as grandiosas escolas de samba que fazem de tudo para brilhar, ganhar prêmios, alegrar multidões. Já, as escolas onde os alunos vão estudar o b – a – ba são manchete constante por outros motivos. Vitimas do descaso governamental estão sendo fechadas escolas rurais sob a alegação de altos custos de manutenção. 
O ensino superior também é outra vítima, com centenas de alunos à mercê da sorte depois que Universidades (Gama Filho do grupo Galileu) foram descredenciadas pelo MEC. O ex-ministro da educação Aluísio Mercadante, assíduo acompanhante das viagens da presidenta, tem sua cota de responsabilidade... mas ele já está em outra.
Não faltam, no entanto, verbas governamentais para grupos como o MST e ONGs que apoiam a divisão do país e contribuem para a insegurança da Nação.

Ainda sobre escolas – Nota informa que continua interditado o Campus Leste da USP devido a problemas ambientais. A saber: água contaminada; infestação por piolhos de pombos; contaminação do solo com gás metano; ataque de ácaros e diagnóstico de escabiose (sarna) em professores e alunos. Juntar mais isso aos protestos ideológicos que tem prejudicado o bom funcionamento do ensino numa das melhores universidades do país, chega a parecer que há uma intenção em desmoralizar não só a administração, mas também os  alunos e a sociedade.


Concluindo – contrastes não faltarão num país de dimensões como o nosso. O pior contraste, no entanto é o da falta de caráter de pessoas que se sentem no direito de impedir que os outros sejam livres e pensem diferente do seu limitado mundo menor. 
Esse comportamento não é exclusividade do mundo atual. Estou lendo a ‘História de los Judios’ de Abram Leon Sachar – (Ed. De 1939 – Chile) e é de lá que tiro a frase final: “Meu querido Príncipe, se instituo escolas, não é por nós; é pela Europa onde devemos manter nossa posição perante a opinião pública. O dia em que nossos camponeses quiserem tornar-se pessoas instruídas, o senhor e eu perderemos nossos cargos”. (Catarina II ao governador de Moscou – 1790).