sexta-feira, 21 de março de 2014

CIDADES EM COLAPSO POR FALTA DE PLANEJAMENTO E SOBRA DE POLITICAS PATERNALISTAS

São Paulo é uma das inúmeras megalópoles em estado de alerta permanente por vários motivos: segurança / violência, mobilidade urbana, abastecimento – água, saneamento básico, educação...
No momento atual, além do caos produzido pelo excesso absurdo de veículos circulando na cidade, um dos grandes problemas que preocupam as autoridades é o abastecimento de água tratada aos milhões de moradores.
A cidade cresceu para muito além das fronteiras do município original que em 1872 tinha apenas 31.385 habitantes ocupando o 10º. lugar entre as cidades brasileiras; deu um salto para 64.934 habitantes em 1890 (4º. lugar), e, em 1900 atingiu 239.820 habitantes (2º. lugar). A população não parou de crescer graças ao ciclo cafeeiro e consequente industrialização que trouxe riquezas e grande numero de imigrantes. O crescimento populacional constante foi mais que dobrando segundo os censos: 1920 = 579.033; 1940 = 1.269.485; 1950 = 2.017.025, para chegar a 1960 com 3.300.218 habitantes atingindo o primeiro lugar ultrapassando a cidade do Rio de Janeiro.
A cidade de São Paulo – centro industrial, financeiro, cultural, esportivo, de serviços - atraiu migrantes de todas as regiões brasileiras, especialmente do nordeste – semi-árido, além de inúmeros estrangeiros. Sem contabilizar a população flutuante, a Grande São Paulo conta hoje com mais de 12 milhões de habitantes. Um canteiro de obras permanente, e de oportunidades que continua a atrair cidadãos do mundo inteiro. O resultado negativo dessa sobrecarga populacional é que as políticas públicas de urbanização têm ficado à mercê da especulação imobiliária comprometendo a qualidade de vida de todos os cidadãos.
Um dos graves problemas que mostra sua força é o do abastecimento de água tratada. Os recursos hídricos que existem são limitados, ou seja, atendem a um determinado numero de cidadãos que, por sua vez, tem crescido de forma desorganizada além da capacidade de atendimento com qualidade para suas necessidades básicas.
Criou-se um circulo vicioso negativo. Toda essa situação chegou ao estágio atual porque da teoria à prática vai uma grande distancia que deve ser acompanhada de planejamento, que deve incluir, sim, limitações para uso de espaços. As belas teorias sociais, muito bonitas no papel, não se traduzem em soluções práticas, porque sempre haverá os aproveitadores do trabalho alheio.
Os países do terceiro mundo e os emergentes são os que mais sofrem com problemas de saneamento básico e de abastecimento de água tratada. O problema não será solucionado se as populações que poderiam e deveriam estar vivendo no campo continuarem a ser pressionadas rumo às cidades em busca de trabalho, estudo, lazer, favores políticos e outros interesses menos nobres, onde o anonimato favorece o crime. As leis trabalhistas inflexíveis têm contribuído para agravar a situação, criando mais conflitos do que soluções.
- Repreender a quem? – aos políticos populistas oportunistas que acenam com favores de toda espécie à custa do trabalho alheio, a quem demonizam de forma irresponsável e indecorosa. 
A velha sabedoria diz que um puxão de orelhas põe vergonha na cara das pessoas.
Eleições vêm aí. Escândalos se somam uns aos outros. Não existe um planejamento sério para a solução de problemas que afetam diretamente a vida de milhões de pessoas, ou fica na promessa eleitoreira. Qualquer ação é politizada e pronto.

São constantes as noticias de que a Terra está a passar por inúmeras transformações físicas e que isso afeta o comportamento humano. A verdade é que a grande maioria está anestesiada vivendo ao sabor dos ventos, e outros, bem despertos, estão se aproveitando do momento para se beneficiar com as mazelas do povo. O povo. Ora, o povo!