O MONGE E O TEMPO
- “Conta a lenda que certo dia, pela manhã,
um jovem monge saiu para o bosque do Mosteiro, para meditar.
Levou à mão pequeno machado. Pretendia trazer
alguma lenha para a lareira.
Ao penetrar no santuário da Natureza, o jovem
monge enlevou-se a ouvir o mavioso canto de um passarinho.
Quando o passarinho cessou o seu canto e voou,
o jovem monge dispôs-se a ajuntar a lenha. Porém o cabo de madeira esfarelou em
suas mãos. Havia apodrecido. Procurou o caminho de volta. Suas pernas cansadas
e trôpegas, após longa caminhada o levaram a um velho mosteiro.
O monge chamou à porta e o irmão que o atendeu
perguntou-lhe o que desejava. Este informou que saíra pela manhã e fora até o
bosque para meditar e que agora não encontrava seu mosteiro.
Chamado o prior, este ouviu a história do
velho monge e depois disse:
- Consta da história de nosso mosteiro, a
lenda de que certo dia, há muitos anos atrás, um jovem monge saiu para o bosque
onde foi meditar. Nunca mais voltou, nem foi encontrado em lugar algum.
O velho monge, alquebrado pelo peso dos anos
recolheu-se a um aposento onde procurou entender os mistérios da Vida, do Tempo
e da Eternidade.”
Esta
pequena lenda lida mais de uma vez em nossa infância, e guardada talvez de
maneira incompleta, nos despertou a atenção e levou à busca de algo que não
pode ser contido pelo acanhado mundo limitado por quatro paredes ou pela linha
do horizonte. Encontramos muitas
setas no caminho. Aprendemos muito. Continuamos a busca através do estudo. Dizem
que quando o aluno está pronto, o Mestre aparece. Assim como ela nos abriu
novos horizontes no entendimento de alguns mistérios, desejamos que cada um que
a vier a ler, também encontre respostas para suas dúvidas.
Pensamento:
- “Tratai todos os homens como quereríeis
que eles vos tratassem” (Lucas – VI-31).