Fim de ano chegando. Lembranças se fazendo
presentes. Dez... Doze anos lá se foram desde que estive visitando minha terra
natal – Piraju (SP), ao vivo e a cores.
Ontem uma amiga me remeteu o link de um vídeo feito
pelo pirajuense José Carlos Garcia com belas imagens da Igreja Matriz. Na
sequência abri o mapa do Google e continuei o passeio virtual.
Essa é uma das
vantagens da modernidade tecnológica. Revi a Praça Ataliba Leonel com suas
belas e frondosas árvores, os passeios, a fonte no lugar do antigo coreto, e
consegui identificar o pequeno lago das carpas, ponto obrigatório na caminhada
para a escola. – Haverá ainda carpas lá? Voltei no tempo! Revi através de
outras fotos as majestosas palmeiras imperiais e o flamboyant ao lado da
Igreja Matriz; a represa no rio Paranapanema jorrando espuma branquinha num eterno
marulhar. A rua de minha infância – o velho/novo caminho tantas vezes
percorrido, hoje é uma moderna avenida asfaltada - era a rota para a escola, em longa caminhada até o outro lado
da cidade, no então grupo escolar Ataliba Leonel. Lembrei da brincadeira ‘geográfica’
para descrever o caminho diário desde a chácara onde residia: - “saí da Espanha, passei pela Alemanha,
cruzei a Hungria, a Suíça, Turquia, Itália, Argélia... cheguei a Portugal,
atravessei o Canadá e... cheguei à rua 13 de Maio, passei pela Igreja, praça
Ataliba, e ...” . A cidade da minha infância era uma verdadeira
comunidade internacional!
A cidade cresceu. Espalhou-se pelas colinas e
vales. As distancias tem novas dimensões. Muita coisa está mudada. Mal
reconheci a pequena rua – sem nome na época - e a antiga casa onde morei por
mais de 30 anos próximo ao Colégio “Nhonhô Braga”. Tudo muda. É o progresso.
Faz parte.
Saudosismos à parte o torrão natal nunca saiu da
lembrança. É como se diz em Piraju: - “Quem
bebe água do ‘Panema’ sempre volta, ou pelo menos nunca se esquece...”
Valeu a pena este meu passeio virtual e rever
Piraju, a terra natal. Emoldurada pelo rio Paranapanema sempre atraiu a atenção
pela qualidade de vida que oferecia desde o início do século XX: luz elétrica
da usina local, bondinho, uma infra-estrutura em serviços de cidade de
importância regional – escolas, hospital, comércio, etc., tendo o café -
riqueza da época - e a criação de gado, a comandar uma vida simples e ao mesmo
tempo proporcionando conforto aos seus cidadãos.
Hoje, Piraju – de porta de entrada para o sertão
passou a Estância Turística de São Paulo – vale a pena conhecer ao vivo e a
cores! (WWW.estanciapiraju.com.br)