“É preciso consultar o passado para modificar o
presente e prevenir o futuro”. (Fo-Hi)
O
mundo mudou. Os conceitos de religiosidade mudaram. O paganismo ganhou uma nova
dimensão através do mundo virtual que confunde cabeças. O óbvio de que os
tempos são outros não precisa ser repetido. Só fico a imaginar para onde
caminha a humanidade mergulhada no materialismo do descartável, onde a
tecnologia do mundo virtual, num toque de mágica, num teclado qualquer, gera
uma profusão de ‘vida’, com visgo tal, que está se tornando mais importante do
que o convívio social, familiar e os sentimentos, dos quais, parece que todos
estão a fugir.
Família.
Está irreconhecível. Não falo isto por conta do troca-troca de parceiros e
muito menos pela união entre pessoas do mesmo sexo. Falo dos conceitos de
hierarquia, de exemplo e referência para
os mais jovens; de porto seguro para as
novas gerações cada vez mais liberalizadas em todos os sentidos: drogas, vícios
de todos os matizes, baladas barulhentas e sem freios, mochileiros pé na
estrada, gangs e violência, desrespeito a si próprios por carentes de valores que sustentam uma sociedade. A norma de
conduta desses novos donos do mundo é tudo o que contrarie o que é considerado
ultrapassado por pessoas que não sabem nem o que querem, nem para onde caminham.
Até
a missa do galo foi engolida pela tecnologia. O Pai que está nos céus
certamente deve estar a ponto de desistir da sua criação – faz tanto tempo que o projeto
inicial foi elaborado, que, talvez, tenha se perdido em alguma gaveta...
O
fim de ano se aproxima célere. O faz de conta de que todos somos felizes à
sombra das fantasias virtuais e dos discursos retocados de políticos que nada
de novo tem a oferecer, se repetirão à exaustão. Tudo parece uma verdadeira ‘peça teatral’.
As
setas estão em toda parte no meio do caminho escuro e pedregoso. Por enquanto, o canto da sereia do Estado
laico está falando mais alto.
Muito
se falou dos maias neste final de ano. Lembramos uma frase de J.
Bergier, em “Os Mestres Secretos do Tempo”: - “um sacerdote maia podia circunvagar as seis direções do tempo, ver
sua cor naquele momento, concluir se era boa ou má e entrever eventos situados
à perpendicular do eixo do tempo.”
– Por onde andarão eles?