Fim
de ano se aproxima e os resultados na educação mais uma vez decepcionam.
Tudo
começa e passa pela educação. Saber não ocupa lugar... O problema está em que
as pessoas nem sempre estão com vontade de aprender. São comodistas por
natureza. Índices atuais indicam que mais da metade da população acima dos 25
anos não tem ensino fundamental. Comentários confirmam que os cursos universitários estão em nível de
colegial – segundo grau, pois os alunos não tem base para acompanhar temas de
maior profundidade. Isso é evidente há tempos. Esta situação é o reflexo de uma
política educacional errada. Não basta obrigar todas as crianças e os jovens
irem para a escola. O resultado se traduz numa mediocridade generalizada
especialmente no ensino público que já começa a contaminar o privado.
A
mediocridade do ensino vigente da atualidade pode e deve ser superada por cada
um individualmente. Os modernos meios de comunicação já atingem um grande
contingente de pessoas a grandes distancias. Se os governos se mostram
incompetentes para oferecer algo de qualidade, a sociedade pode e deve ‘fazer a
diferença’ adotando novos modelos de ensino. Já há o ensino à distância.
Quero
lembrar aqui que se uma sala de aula com professor é de suma importância no
processo básico educativo, este mesmo professor hoje pode ter uma sala de aula
virtual e atender muito mais que 40 ou 60 alunos por classe como é no modelo
tradicional.
A
família faz a diferença. Ela tem que sair do comodismo e voltar a ser a base da
educação como forma de conduta exemplar aos seus filhos. Não se pode relegar ao
professor prerrogativas da família, da igreja, da sociedade.
Educação
e instrução têm sido confundidas e tratadas como uma mesma coisa. A instrução
consiste na transmissão de conhecimentos específicos sistematizados que podem
ser ensinados tanto na escola como em casa. O professor pode e deve reafirmar
valores trazidos do ‘berço’ seja ele dourado ou de palha. Mas sua função básica
é a de transmitir conteúdos curriculares. Essa quebra de hierarquia educativa
tem resultado em atritos e conflitos entre alunos, professores e a comunidade.
Estudar
faz parte da vida; aprender não é só na escola.
Os jovens de hoje, a família e a sociedade podem e devem tomar as rédeas
da Educação, aquela que faz a diferença e que leva ao real conhecimento,
somando ao que a escola oferece.
Novos
tempos. Novas tecnologias, novas opções de crescimento com qualidade. No
passado, cada jovem recebia dois tipos de profissão. Uma delas era uma espécie
de ‘kit de sobrevivência’, ou seja, algo semelhante ao que uma criança nativa
recebia dos mais velhos na sua aldeia, onde cada um deve ser auto-suficiente.
A
neurose criada pelo sistema educativo atual está agindo de forma
contraproducente. É preciso mudar... Mudar!
Como
o Estado tem-se mostrado incompetente, cabe aos principais interessados criar
um modelo de estudo aprendizado diferente do modelo atual. Tudo muito claro – ‘claro
como água limpa’ – como diria a Emília de Monteiro Lobato.