É
comum ouvir dizer que o Brasil não tem vulcões, nem sofre de grandes terremotos
ou abalos sísmicos. Estes, no entanto, ocorrem com bastante frequência como
reflexo e propagação dos abalos ocorridos em outros pontos do Continente, como o
recente terremoto que atingiu o Chile. Há uma grande falha tectônica que se
estende do norte do Chile até o litoral brasileiro; no percurso existem válvulas
de escape das energias propagadas sob o solo, incluindo a cidade de São Paulo
com várias ramificações para o litoral;
portanto todo o trajeto de propagação da onda sísmica irá refletir e fazer
sentir com maior ou menor intensidade o tremor.
Há vários registros de ocorrências de sismos no Brasil, todos de baixa intensidade. No dia 22 de Abril de 2008, por exemplo, um tremor de terra atingiu os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro com intensidade de 5,2 na escala Richter. Esse sismo ocorreu no Oceano Atlântico, na área paulista da Bacia de Santos. Ficou conhecido como Sismo de São Vicente. Em 9 de dezembro de 2007 um terremoto de 4,9 graus (Richter) causou uma morte no município de Itacarambi (MG). É o primeiro tremor da história do Brasil que teve como resultado uma morte, 5 feridos e várias casas destruídas pelo sismo.
Há vários registros de ocorrências de sismos no Brasil, todos de baixa intensidade. No dia 22 de Abril de 2008, por exemplo, um tremor de terra atingiu os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro com intensidade de 5,2 na escala Richter. Esse sismo ocorreu no Oceano Atlântico, na área paulista da Bacia de Santos. Ficou conhecido como Sismo de São Vicente. Em 9 de dezembro de 2007 um terremoto de 4,9 graus (Richter) causou uma morte no município de Itacarambi (MG). É o primeiro tremor da história do Brasil que teve como resultado uma morte, 5 feridos e várias casas destruídas pelo sismo.
Vulcanismo é o
fenômeno relacionado com o extravasamento de lavas ígneas na superfície
terrestre e em qualquer astro do sistema Solar. Ele reflete as condições de
pressão e temperatura no interior da Terra, em geral nos limites das placas
tectônicas. Podem ocorrer também pontos quentes (hot spot) em algumas áreas
internas de algumas placas tectônicas.
Sabe-se que ocorreu
Vulcanismo em uma região através do que costumamos chamar de “relevos
postiços”, pois o material ígneo que é expelido cria paisagens características.
Temos vulcanismo de lavas mais diluídas que formam as “mesas” e os outros com
entupimento do cone como é o caso do monte Pelado na Martinica; temos o
fissural da Islândia, o tipo havaiano o estromboliano, etc.
Vulcão não é apenas
uma montanha que expele cinzas, gases e
pedras, mas também de fendas e aberturas por onde escapam lavas como foi no caso
dos derrames basálticos do Brasil meridional durante o mesozoico, quando também
houve ocorrências em outras regiões como em Poços de Caldas e Araxá (MG), Laje (SC),
Itatiaia e Cabo Frio (RJ), etc.
Na era Terciária, tivemos a formação das ilhas
oceânicas de Trindade, Fernando de Noronha, e os Penedos de São Pedro e São
Paulo.
Na região Sul houve um dos
maiores derrames basálticos do mundo, com uma área de 1 milhão de km²,
abrangendo o Estado de São Paulo até o do Rio Grande do Sul, e que podem ser observados
na região de Torres, na formação das falésias basálticas. Os derrames
basálticos que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao fértil solo
“terra roxa”. A bacia Amazônica também foi afetada por atividades vulcânicas em
algumas áreas. Ainda existem formas de relevo herdadas do passado geológico;
estão relativamente preservadas sendo chamadas de "formas relíquias”.
Os atuais
movimentos tectônicos contribuem para destruir as antigas formações
estruturais. Ex. existem alguns relevos vulcânicos
onde as lavas estão sendo desmanteladas pela ação climática. O modelado
periglaciário da Bacia de Paris é igualmente uma sobrevivência. No Brasil, os
pediplanos do terciário e os pedimentos do quaternário, soerguidos e dissecados
visíveis em vários pontos da região Sul e do Sudeste, também exemplificam
sobrevivências ou “formas-reliquia” a indicar influências morfogenéticas. O
mesmo pode-se dizer do maciço vulcânico de Poços de Caldas, dentro da
perspectiva estrutural. Mesmo no semi-árido Nordestino (Sertão) há visíveis
evidencias de processos de formas originadas em períodos mais secos (áridos), e
que a relativa umidade do clima vai apagando.
O Brasil está no
centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado
dos limites dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado
no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a
África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América
Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo pelo
qual não há vulcões ativos atualmente no Brasil.
O BRASIL NO CONJUNTO GEOTECTÔNICO DA AMÉRICA
DO SUL
O
continente Americano do Sul apresenta três grandes domínios:
1-
A Leste – a região Brasília-Goiânia com rochas pré-cambrianas com depósitos em
bacias sedimentares do paleozoico e mesozoico com reduzido tectonismo. Desde o
Siluriano sofre uma lenta e progressiva epirogênese (levantamento) com
deformações locais por abaulamento e falhamentos.
2-
Borda Ocidental da América do Sul – temos a Cordilheira dos Andes, levantamento
do cenozoico nas regiões de geossinclinal mesozoica. A ela se associam os
“Brasilands” também do cenozoico, porém sobre estruturas mais antigas do
caledoniano e até pré-cambrianas.
3-
Entre estes dois domínios estruturais temos a terceira região representada pelo
pampa argentino, o chaco, as planícies do Beni-Mamoré e do Acre, os lhanos da
Colômbia e da Venezuela. A borda ocidental dessa região tem sofrido abatimentos
numa resposta ao levantamento andino, formando bacias marginais à faixa
orogenética. Essa movimentação levou o Oceano Atlântico a invadir áreas do
pampa (Mioceno superior), dando origem aos sedimentos quaternários da região. O
Brasil ocupa área cratônica, porém se estende pelo Pantanal e bacia Amazônica
ocidental. Somente o Acre sofreu os dobramentos andinos. Dois terços do
território brasileiro são formados por rochas pré-cambrianas, consideradas
Arqueozoicas.