Sempre foi assim. Só não havia jornalistas e TV para exibir em tempo real os fatos climáticos como hoje.
- ‘Seis meses de inverno e seis meses de inferno’ era a fala do meu avô que conheceu o clima em fins do século
XIX na Europa e primeira metade do século XX no Brasil, com temporadas de 40
dias de chuvas torrenciais ininterruptas, ventos levando tudo pela frente,
geadas negras, secas e incêndios que se sucediam ciclicamente. El Niño é um
fenômeno climático que ocorre em intervalos de dois a sete anos e depende de
vários fatores como o aquecimento das
águas do oceano Pacífico e a variação
das áreas de alta e baixa pressão atmosférica.
Sob o
titulo "CALMA! – UMA VISÃO
REVOLUCIONÁRIA SOBRE O MEIO AMBIENTE" – (Bjorn Lomborg / Copenhagen Consensus Center) o autor apresenta uma análise com dados fornecidos por economistas
renomados e peritos sobre quais seriam os resultados que a humanidade pode
obter a partir do acordo de Quioto sobre o aquecimento global, bem como
soluções práticas para os diferentes problemas. Todos concordaram que medidas
alternativas aos cortes do CO2 produziriam mais benefícios a um custo inferior
do que o proposto pelo acordo de Quioto.
O autor
discute todos os ângulos da questão e sabe que ninguém pode alegar que sabe
tudo a respeito do aquecimento global, ou que tenham as soluções. Todos querem
um mundo melhor, diz ele, mas temos que usar a inteligência antes de sair
radicalizando com soluções cujo custo benefício deixa muito a desejar, como é o
caso de tudo o que tem sido proposto em relação ao CO2, por ex. Há muitos
outros problemas urgentes a serem resolvidos (pobreza, fome-desnutrição,
doenças, etc.), a um custo inferior do que as implementações de políticas
drásticas ao custo de trilhões de dólares.
É verdade
que há muitas mortes pelo efeito das fortes ondas de calor, porém não se fala
abertamente sobre milhares de mortes provocadas pelo frio. Cita o exemplo de
Agosto de 2003 quando a onda de calor na Europa provocou 15 mil mortes na
França, sete mil na Alemanha, 8 mil na Espanha e na Itália e duas mil no Reino
Unido. O elevado número de morte pelo calor no Reino Unido provocou protestos
veementes; porém, a BBC também exibiu uma reportagem discreta sobre
os vinte e cinco mil mortos pelo frio intenso no País de Gales e na Inglaterra,
além de confirmar que entre 1998 e 2000 haviam sido cerca de quarenta e sete
mil mortos na mesma região - a reação foi discreta e passou quase
desapercebida.
Sabe-se
que na Europa toda, morrem anualmente cerca de duzentas mil pessoas devido ao
excesso de calor. Já pelo excesso de frio morrem anualmente cerca de 1,5
milhões de europeus em cada inverno.
‘Temperatura ótima’ > Um fato que
poucos falam é sobre a existência em todo o mundo de lugares com a temperatura
“ótima” (óptima) na qual o número de
mortes é mais reduzido. Em ambos os extremos desta temperatura – para maior ou
menor – a porcentagem de mortes aumenta.
E, qual é
a temperatura “ótima”? – Num país de clima temperado frio ela é de 15º C; num país
quente a média ótima é de 24 ºC. E todas as pessoas conseguem se adaptar
tanto ao frio como ao calor. Mas, sempre se tem priorizado com o
sensacionalismo, o lado pior de aquecimento global.
A
conclusão lógica do estudo indica que se ocorrer um aumento de 2ºC na
temperatura da Grã Bretanha por ex., vai haver um aumento de mais duas mil
mortes pelo calor. Porém, haverá uma redução de vinte mil (!) morte pelo frio.
O autor
defende medidas de adaptação tanto para enfrentar o calor, como o frio, uma vez
que nas próximas décadas a concentração nas cidades será maior criando as
“ilhas” de calor como já ocorre nas grandes cidades.
Propostas para o debate > Na
conclusão propõem um diálogo sensato. O debate sobre as alterações climáticas
deveria ser mais em torno do melhor gerenciamento dos recursos ao invés de
priorizar a gritaria em torno do aquecimento global espalhando medo.
O
objetivo não pode ser apenas o de reduzir as emissões de carbono, mas de fazer
o melhor para as pessoas e o meio ambiente. O princípio preventivo (redução do
CO2) gera um benefício caro com pequenos resultados que só se perceberão em
longo prazo. Isso tem levado a esquecer que os investimentos na prevenção
acarretam perda nos investimentos do presente (escolas, saúde, água potável,
saneamento básico, programas sociais, infra-estrutura) que se tornam um
problema maior em longo prazo prejudicando ainda mais as futuras gerações.
Recomenda fazer as coisas inteligentes em primeiro
lugar. O processo é demorado, exige vontade política abrangente a todos os
partidos políticos, continentes e gerações. Os investimentos em pesquisa
e desenvolvimento de energias alternativas devem ser priorizados e acompanhar a
redução das emissões de CO2.
É preciso
Calma (!) – Cool it – diante da linguagem de medo, terror e desastres
propalados ante a perspectiva do aquecimento global. Apresenta dados
comprovando que economicamente o benefício obtido num investimento em qualidade
de vida é sempre maior que o investimento para compensar a redução da emissão
de carbono com aumento de 2,5º C a 3,8º C.
Lembra
que os ursos polares que morrem pelo aquecimento é bem menor do que os que o
são pela caça predatória.
Efeito estufa?
– as altas latitudes como Sibéria, Canadá, Ártico, aumentando até 5º C
melhora o “ótimo” da temperatura para mais pessoas; na África o aumento seria
de 3º C a mais, mas as adaptações do homem são possíveis.
A ameaça
resulta exagerada. Há o “ótimo” de temperatura em todos os lugares.
O
aquecimento global não é o único problema a ser enfrentado. A fome, doenças,
guerras, má administração dos recursos, etc. têm sido excluídas das
estimativas.