Vai longe o tempo em que os deuses cuidavam dos
humanos, e estes, cuidavam de obedecer ao ‘seu deus’, comendo com o suor de seu
rosto e pagando o dízimo...
Vai longe o tempo em
que eles (os deuses) delegaram o poder aqui na terra a sacerdotes e
Reis, doando conhecimentos e leis para que os humanos vivessem de acordo com
princípios e valores condizentes à espécie humana.
Vai longe o tempo em que eles (os deuses) se
retiraram dos negócios e da distribuição dos humanos pela terra, passando-lhes
a responsabilidade por seus destinos.
Divide e
Impera> já teria sido adotada pelos Nefilins, que por volta do 3º. Milênio
a.C, somados com os filhos e netos e mais os humanos com parentesco divino eram
minoria na Terra. A rivalidade entre os herdeiros dos ‘deuses’ principais criou
conflitos territoriais e de interesse econômico e cada um tornou-se Soberano em seus domínios com o
poder na condução dos negócios e dos ofícios a que cada um fizer jus na
partilha dos territórios.
Consta que após o Dilúvio
de Noé (houve outros anteriormente) os
Nefilins organizaram conselhos para definir os destinos dos deuses e dos homens
aqui na terra e criaram 4 regiões. O Oriente Médio e Mesopotâmia ficaram para
Sem; para Cam foi destinado o norte da África, o Vale do Nilo e a Arábia; Jafé
recebeu a região do Vale do Indo, Ásia Menor, Irã, Índia e Etiópia. A 4ª. região ‘restrita’ (Sagrada) para os
deuses – correspondia a uma área pura onde só se podia chegar com autorização e
era guardada por ferozes guardas armados: TIL.MUN > local dos mísseis > o
domicílio celeste a que Gilgamesh tentou chegar.
Na época em que
os deuses partiram, deixaram intermediários entre eles e os homens;
introduziram a realeza, doaram conhecimentos e sabedoria através dos sacerdotes
e reis. O governos atuais seriam uma cópia deturpada dos ensinamentos do
passado.
A história é
antiga, os povos perderam suas referencias, fizeram seus governos seguindo
modelos copiados dos ensinamentos deixados pelos ‘deuses’, e, muitos ainda continuam lutando em nome de ‘seu deus’,
defendendo territórios, a espera da recompensa divina; e até continuam pagando
o dízimo à igreja como ocorria no passado remoto. Qual a surpresa?
O homem continua de olhos no céu a espera de um dia
descobrir o lugar para onde os deuses se mudaram: um lugar de paz, de luz, de
felicidade. Não sabem que esse lugar está no intimo de cada um.
CONFÚCIO – pensador do século V a.C – sublinhou a ideia de o
homem poder vir a ser feliz na Terra; bastando para isso desenvolver todas as
boas qualidades que a natureza humana encerra; da mesma forma que Lao-Tsé,
pregou a bondade, a tolerância e o respeito. Revelou as vantagens da educação,
das boas maneiras, da tradição, para a conquista de um harmonioso
relacionamento humano entre todas as classes sociais. Seus ensinamentos
tornaram-se para o povo chinês em uma admirável sistema de princípios morais –
cuja doutrina tornou-se conhecida por confucionismo.
Confúcio disse:
1- Saber o que se sabe e saber o que não se sabe é
característica de quem sabe;
2- O homem que comete um erro e não o corrigir comete
outro erro.
3- O homem que contar vantagens descaradamente
encontrará grande dificuldade em comprová-las;
4- Não critique os erros dos outros, critique seus
próprios erros;
5- O homem
superior é liberal com relação às opiniões dos outros, mas não concorda
inteiramente com elas;
6- O Homem superior
põe em si mesmo a culpa; o inferior põe a culpa nos outros.
7- Ler sem pensar traz desordem mental e pensar sem ler
provoca leviandade;
8- Os estudantes
de antigamente estudavam para satisfazer a si mesmos; hoje em dia, estudam para
satisfazer os outros.
Concluímos com uma citação:
- ‘O homem nasceu livre e está
sempre acorrentado. Há quem se julgue dono dos outros, mas não deixa de ser
mais escravo que eles. ’.... - ‘ ...
Quando um povo é obrigado a obedecer e obedece, faz bem; logo que ele pode
romper o jugo, e o rompe, faz melhor:
pois, recuperando sua liberdade com o mesmo direito que lhe foi tirada,ou é
justo que ela a reconquiste, ou não era justo que lhe fosse tirada; mas a ordem
social é um fundamento sagrado que serve de fundamento a todos os demais. Este
direito, todavia, não provém da natureza; está, portanto, baseado nas
convenções. Trata-se de saber quais são essas convenções. ’ (Contrato Social – Jean Jacques Rousseau).