SEMANA DA PÁTRIA - FIGURAS DA INDEPENDÊNCIA > JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, CLEMENTE PEREIRA, GONÇALVES LEDO; DONA MARIA LEOPOLDINA.
José
Bonifácio de Andrade e Silva (1765/1838) –
estadista, escritor, poeta ficou conhecido como o ‘Patriarca da Independência’
pelo seu importante papel na história do Brasil no momento da sua Independência.
Nasceu em Santos e, após uma brilhante trajetória de estudos e trabalhos na
Europa, voltou ao Brasil onde ocupou o cargo de vice-presidência da junta
em São Paulo que substituiu os capitães –generais que governavam nas
províncias. A partir daí inicia sua participação em defesa da Independência.
Em dezembro de
1821 José Bonifácio redige a representação em que a junta governativa de São
Paulo pede ao Príncipe D. Pedro que desobedeça às ordens da Corte portuguesa.
Após o ‘Fico’ ele ocupou o cargo de Ministro do Reino no novo Ministério
indicado pelo príncipe D. Pedro. A 16 de fevereiro de 1822 D. Pedro assinou o
decreto convocando um Conselho de Procuradores Gerais das Províncias. Em 21 de
fevereiro José Bonifácio baixou uma portaria declarando
ao chanceler-mor do Reino: - que ‘de hoje em diante não deve fazer cumprir as
leis que vierem de Portugal, sem que primeiro sejam submetidas ao beneplácito
do Príncipe Regente.’
Em agosto de 1822 – José
Bonifácio redigiu um manifesto às Nações amigas, expondo o que se passava no
Brasil. Aos 14 /08 ele aconselhou D. Pedro a partir para São Paulo onde
ocorriam dissensões entre os presidentes da Junta e os irmãos Andrades (José
Bonifácio e Martim Francisco – secretário do Interior e da Fazenda).
Clemente Pereira
> entrega ao príncipe D. Pedro o manifesto com mais de 8 mil assinaturas
pedindo para que ele ficasse no Brasil.
Joaquim Gonçalves
Ledo foi quem redigiu o
manifesto* ao povo brasileiro; ele e
Januário da Cunha Barbosa > defenderam na Imprensa a causa do Brasil. Frei
Francisco Sampaio e o Cel. Luiz Pereira da Nóbrega tiveram destaque no clube
patriótico que maiores serviços prestou ao movimento emancipador do Brasil.
Dona Maria
Leopoldina > a Princesa D. Leopoldina esposa de D. Pedro – antes
de partir para São Paulo, por decreto do Príncipe, ficou determinado que ela
presidisse as Sessões do Conselho de Estado e cuidasse do expediente enquanto
ele estivesse ausente.
28-08 /1822 > chegaram
ao Rio de Janeiro noticias de Lisboa exigindo a volta de D. Pedro. A Princesa
D. Leopoldina enviou um emissário especial – Paulo Emílio Bregaro – ao encontro
do Príncipe. No dia 07/09/1822, às 16 horas e 30 minutos, de volta de Santos,
às margens do riacho do Ipiranga, ao receber as noticias vindas de Portugal
declarando nulas as ações de D. Pedro adotadas no dia 16 de fevereiro, e
responsabilizando José Bonifácio pelo decreto e exigindo punições severas ao
Ministro de Estado, a reação de D. Pedro foi pronta. – Proclamou a
Independência do Brasil - Independência
ou Morte! Teria sido seu brado enquanto arrancava as insígnias portuguesas. Seu
gesto permitiu a união de todas as províncias.
A 12 de Outubro – data de seu aniversário - o príncipe D.
Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. E a 1º. De Dezembro foi
a sagração e a coroação do imperador sob o título de Imperador D. Pedro I do
Brasil.
Causas da Independência > 1- descontentamento pela partida do Rei D. João VI – ele
deixou o Príncipe Regente no Brasil – D. Pedro; o Brasil ficou em situação
econômica precária; mais de três mil pessoas acompanharam D. João VI de volta
para Portugal levando seus capitais. A crise financeira e política se
instalaram. 2- antipatias entre brasileiros e portugueses com lutas em várias
províncias. 3- propaganda da independência > havia três partidos políticos
> a) republicano; b) monárquico; c) o que defendia a volta ao regime
colonial. 4- repressão portuguesa às
lutas autonomistas.
Ordens de Portugal
> supressão de tribunais do Rio de Janeiro – órgãos de governos locais
independentes do Príncipe - volta
imediata de D. Pedro para a Europa.
Dia do Fico
> 09/01/1822 – reunião com o Príncipe – memorial entregue por José Clemente
Pereira: “Como é para o bem de todos e
felicidade geral da Nação diga ao povo que fico.”
*PROCLAMAÇÃO endereçada aos brasileiros pelo
Príncipe D. Pedro (1º de Agosto de 1822)
> ‘Não se ouça, pois, entre vós, outro
grito que não seja UNIÃO. Do Amazonas ao
Prata, não retumbe outro eco que não seja Independência. Formem todas as
Províncias o feixe misterioso que nenhuma força pode quebrar. Desapareçam de
uma vez antigas preocupações substituindo o amor do bem geral ao de qualquer
Província ou Cidade’.
D. Pedro foi nomeado Defensor Perpétuo do Brasil pelo povo
do Rio de Janeiro.