Semana
da Pátria > 07-09-1822 / 07-09-2015 = 193 anos de
Independência. Pátria Brasil, um país mergulhado numa crise política e econômica tal qual ficou quando D.
João VI regressou para a Europa acompanhado de mais de três mil pessoas levando seus capitais (!) - triste
coincidência com o que assistimos hoje
com a má gestão e a corrupção que levaram à dilapidação do patrimônio da Nação
– a Petrobrás. A diferença está em que hoje, ao comemorar os 193 anos da Independência, são brasileiros corruptos
os promotores da crise econômica e política.
Abrimos a
semana da Pátria com um quadro político nada promissor, porém, notamos um
movimento crescente de participação da juventude em prol de revalorizar usos,
costumes, restabelecer um vínculo do cidadão com suas origens. A noticia de que
um grupo de jovens universitários, aproveitando a Semana da Pátria, está
visitando colégios para falar de EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA, demonstra que ainda
há muitas pessoas que não foram contaminadas pelo discurso do confronto e do
ódio. Somos uma Nação jovem que precisa
oferecer aos seus jovens conhecimentos
com os quais eles possam formar sua opinião, sem doutrinação e viés ideológico.
Isso significa liberdade.
O povo brasileiro padece da falta de uma
formação e informação cívica isenta; há uma lacuna de conhecimentos e
consequente falta da valorização das tradições que marcaram nossa história.
Isto é de competência da Educação que, nestes últimos decênios tem sido negligente sobre o assunto.
A disciplina
de Educação Moral e Cívica, que fez parte do currículo escolar no período dos governos militares, visava
informar e formar cidadãos, valorizando a Nação, a Família, as Instituições –
respeitando nossas tradições familiares, culturais, religiosas num universo
étnico plural. ‘Ordem e Progresso’ era o lema não só da Bandeira como o das
atitudes de seus governantes e governados.
Lamento que algumas pessoas esclarecidas, embora reconheçam o valor do
ensino da referida disciplina, manifestem
uma visão distorcida sobre o assunto, apenas porque o ensino da EMC e
OSPB foi adotado durante os governos do regime militar que se preocupou em manter a Ordem, o
Respeito, os Direitos e os Deveres dos cidadãos contrariando setores radicais
que, iludidos com ideologias estranhas à nossas tradições, visavam o poder pelo poder.
O tempo passou,
eles chegaram ao poder e seu comportamento demonstra claramente que não aprenderam a lição de patriotismo e
de civilidade devidas à Pátria e muito menos o que seja democracia. A quebra de
confiança é inevitável.
Vivemos em uma
DEMOCRACIA > GOVERNO DO POVO. SOBERANIA POPULAR – distribuição equitativa de
poder > divisão dos poderes e pelo controle da autoridade. Liberdade do ato
eleitoral. Alternância no poder.
Mas não basta
ter sido eleito. O governante em qualquer cargo que lhe foi outorgado pelo
voto, tem que honrar a função e seguir
as regras ditadas pela Lei maior – ‘Carta Magna’ > a CONSTITUIÇÃO.
O governo que aí está perdeu a legitimidade. Só resta aplicar a Lei.
Destitui-se o governante e preservam-se as instituições, pois, um governo
divorciado da Nação e dos seus valores históricos deixou de representá-los. Isso
não é golpismo. As pessoas passam; as Instituições* permanecem. Só assim
a confiança será restabelecida.
*INSTITUIÇÕES > LEIS FUNDAMENTAIS QUE REGEM UMA SOCIEDADE
POLITICA > REGIME. O conjunto de
estruturas sociais estabelecidas pela tradição, especialmente as relacionadas
com a causa pública. Sociologia > Estrutura decorrente de
necessidades sociais básicas com caráter de relativa permanência e
identificável pelo valor de seus códigos de conduta, alguns deles expressos em
Leis. Instituições > Coisa estabelecida na Lei nos usos.
Importante: - ‘Todo poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição’ -(Título I, Art. V, Parágrafo Único – Constituição Federal)