quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ÁGUA! - QUANTA ÁGUA EXISTE NO MUNDO?


Água > H2O > hidrogênio (duas moléculas)  + 1 de oxigênio. O precioso recurso natural é tão necessário para a vida quanto o ar que respiramos. Ela é essencial à saúde humana, para a prática da agricultura, para a atividade industrial e para todo o ecossistema do planeta. Sem ela não existe vida, pelo menos como conhecemos no planeta Terra.

 A Terra é chamada de planeta azul precisamente por ter a maior parte de sua superfície (71%) coberta de águas. Estima-se que sejam 13,6 bilhões de km³ de água. Os Oceanos detêm 97,2% desse volume, e os gelos contém 2,15%, sobrando para uso humano apenas 0,65% do total, onde 0,62% são lençóis freáticos. Seriam necessários 150 anos para se repor todos os lençóis freáticos do EEUU, por exemplo, até a uma profundidade de 750m, se por acaso os atuais acabassem. Porém, eles estão sendo constantemente repostos pelo permanente movimento das águas através dos Oceanos, do ar, solo, rios, lagos, etc.
Esse processo corresponde ao ‘ciclo hidrológico’. O Sol faz a água evaporar, o vento transporta parte do vapor em forma de nuvens e depois cai em forma de chuvas e neve. A água ao cair sobre a superfície da terra volta a evaporar, flui de volta para os Oceanos através dos rios e lagos, e também alimenta os lençóis freáticos.

O total de precipitações em terra firme é de cerca de 113.000 km³, que após todo o ciclo hidrológico deixa um saldo de 41.000 km³ de água doce ao ano. Mesmo considerando que muito dessa água caia em lugares distantes das áreas povoadas, toda a água aproveitável e acessível ao homem equivale a 5.700 litros de água por dia para cada pessoa. E, as necessidades humanas de água não passam de 50 a 100 litros por dia (beber, higiene pessoal, necessidades domésticas).
Na União Européia, por exemplo, cada cidadão consome 566 litros/dia; nos EEUU são 1.442 litros/dia/pessoa.
Porém, países como o Kuwait, a Líbia e a Arábia Saudita, que não tem água doce suficiente para seu consumo diário, cobrem boa parte de suas necessidades com a dessalinização da água do mar, o que para eles é uma vantagem, pois tem energia de sobra (petróleo) para usar no processo de dessalinização.

Já se fala até em conflitos entre as nações – “guerras da água”! Manchetes sobre o assunto são constantes e a cada seca prolongada os ambientalistas aparecem com proféticas ameaças de escassez do precioso liquido.
Mas, quanta água realmente existe disponível no mundo para o homem usar? Sofremos mesmo uma crise global e a água, conforme afirmam certos organismos internacionais de que o mundo está ficando sem água?

Toda água retirada do ciclo hidrológico para uso pelo homem (produção de energia, irrigação, indústria, consumo doméstico, etc.), acaba voltando mais tarde para o ciclo hidrológico. Além do mais, muitas vezes, ela pode ser reutilizada antes desse novo processo natural de evaporação, precipitação, infiltração, escoamento... O uso da água que se torna irrecuperável (irrigação - agricultura) volta em forma de alimentos que podem melhorar a qualidade de vida de milhões de cidadãos de regiões onde não há água bastante para produzir. O total desse uso global de água é inferior a 17% da água acessível e está estabilizado.

“Há muitas tecnologias que permitem retirar água de onde ela existe: desde os ‘trampa nieblas” da Cordilheira no Chile, aos sofisticados aparelhos para extrair água do ar, a dessalinização das águas do mar, etc. O uso racional da água permite que um país como Israel, por exemplo, consiga produzir alimentos no deserto com irrigação por gotejamento e com a reciclagem de maior parte da água de uso doméstico.
A falta de  um processo de disciplina no uso racional do recurso hídrico, a ocupação  desordenada do espaço urbano  e a falta de uma consciência por parte das pessoas no uso da água é que tem agravado  a situação nas áreas metropolitanas no Brasil.

Em 'O ambientalista Cético' - Bjorn Lomborg afirma que o consumo de água quase quadruplicou desde 1940. Apresenta gráficos e estatísticas para embasar suas afirmações e analisa a crescente preocupação sobre a possível escassez do precioso recurso natural tão necessário quanto o ar que respiramos. Ela é essencial à saúde humana, para a prática da agricultura, para a atividade industrial e para todo o ecossistema do planeta. Entre os problemas levantados pelos ambientalistas, uma das preocupações mais sérias é a da poluição da água potável com pesticidas.
No geral, diz ele,  tem-se feito muito barulho em torno do assunto ‘água’ e o futuro do planeta. Os poços não estão secando nem há falta de água de forma irreversível. A verdadeira crise está na má gestão dos recursos hídricos. Aprender com os erros do passado e não repeti-los como ocorreu na ex-URSS ao desviar o curso do rio Amu-Daria e Sir-Daria do mar Aral para irrigar a produção de algodão no deserto de Karacorum; o mar Aral praticamente desapareceu provocando imensos prejuízos à região. Outro exemplo é o do lago Salgado nos EEUU.
Água (quim) Óxido de diidrogenio, líquido, incolor, essencial à vida. (H2O). sabendo usa não vai faltar.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O CAUDILHISMO – HISTÓRIA DA AMÉRICA


CAUDILHISMO - forma de ditadura que predominou na América Latina.
Caudilho = chefe militar ou civil; espécie de “mandachuva”; chefe.
Caudilhamento =comando exercido por um caudilho.
A reação americana à dominação espanhola na América Latina levou a lutas pela independência das colônias. Após esse movimento de independência somente o México não adotou o sistema de governo republicano; o México por pequeno espaço de tempo constitui-se no Império de Agostinho I. 
Em 1819 foi constituída a República da Colômbia que após a morte de Simon Bolívar que comandara as lutas de independência, foi dividida em três repúblicas. Na metade do século XVIII havia sido criado o Vice-reino de Nova Granada até então dependente do Peru. Estavam sob sua jurisdição os territórios das atuais repúblicas da Venezuela, da Colômbia (ou Confederação Granadina, Estados Unidos da Colômbia e finalmente Colômbia) e do Equador.
Várias causas contribuíram para que nessas novas repúblicas ocorressem guerras civis, dando início ao domínio de chefes ditadores, ou os “caudilhos”. De revolução em revolução foram se sucedendo presidentes: Santander, Márquez, López, Mariano Ospina, Nuñez, na Colômbia até início do século XIX. Na Venezuela se sucederam José Antonio Páez, José Vargas, Carlos Soublette, José Tadeo Monaga e seu irmão Gregório Monaga, volta de Páez como ditador, seguido de Antonio Guzman Blanco (três períodos). No Equador tivemos João José Flores, Vicente Rocafuerte ( mestiço), Garcia Moreno, Dr. Borrero, etc.
Muitos desses políticos conquistavam o poder em nome da “liberdade” e o conservavam por meio da ditadura; faziam de tudo para permanecer no poder. Nas palavras de Oliveira Lima “o que avulta de mais importante na psicologia dos caudilhos é que sendo invariavelmente constitucionais na oposição, ficam déspotas logo que galgam o poder”.
Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador, etc., trilham pelos tortuosos caminhos ditatorias (caudilhistas) no vale tudo de mudanças das leis conforme o interesse de quem se instala no poder.
Comentário: - A História se repete? – Se repete ao vivo e a cores pela América Latina, inclusive no Brasil, onde os mandatários no poder, sob a capa de uma falsa democracia e estado de direito, estão usando o governo para se apropriar do Estado e das riquezas da Nação em benefício próprio.

Nota: O texto foi baseado no livro didático ( 2º. ano ginasial ) do prof. Alcindo Muniz – História da América – 1951 -  fez parte do Shvoong.com em 08/2009 (visitas 5520; avaliações 16).

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A SUPER LUA BRILHA NOS CÉUS EM NOITE DE ECLIPSE


             Uma charada: - quem é a dama que a cada 7 dias muda de quarto? – É a Lua! – que, enquanto passeia ao redor da Terra, vai inspirando poetas, despertando sentimentos e temores... Lua – a dama da noite que tira o sono dos poetas solitários, que encanta os apaixonados, que desperta a curiosidade dos sonhadores, que agita os cães,  que  dizem  provocar e o despertar de sentimentos ocultos, e até alimenta a fantasia do despertar do ‘lobo’ que habita no homem...

Ontem tivemos mais um belo espetáculo dourado/prateado embelezando a noite que fez recordar canções com:

 - “Au Clair de la Lune, mon amie Pierrot. Porte-moi ta plume pour écrire um mot./  – Je ne port pas  ma plume, pour écrire un mot..../ – la chandelle est mort, mon amie Pierrot. Porte-moi ta plume pour écrie un mot.”

Ou a alegria da jovem guarda cantando: ‘- Tomo banho de Lua. Fico branca como a neve. Censurar ninguém se atreve... banho de Lua... ‘

Ou ainda no ritmo de romântica dança de salão: -  ‘Luna que se quiebra sobre las tinieblas de mi soledad...’

O ECÍLPSE DA SUPER LUA > (27-09-2015 / 22 horas) Ela surgiu brilhante, linda. Pouco depois, nuvens encarneiradas seguidas de nuvens escuras ‘eclipsaram’ a lua, que, uma hora depois ressurgiu numa explosão de brilho intenso, para, na sequencia, iniciar o sombreamento produzido pela passagem da Terra entre a Lua e o Sol. Com óculo especial consegui eliminar os reflexos intensos do luar e ver nitidamente o astro colorido de vermelho e a sombra avançando sobre o contorno inferior.  Mais tarde, nuvens escuras seguidas de chuva interromperam o espetáculo.

E o eclipse lunar aconteceu, envolto em magia e mistérios já não tão assustadores. No passado, os eclipses do Sol ou da Lua despertavam temor; eram tidos como prenúncio de desastres, guerras.

Lua vermelha. Lua branca. Lua prateada. Lua com cara de queijo. Lua de São Jorge lutando com o dragão. Lua Nova, Cheia, Minguante, Crescente... – passa, passa, corre-corre, rola-rola no céu invertido – espelho do mundo a nos fascinar.

 

O Que Sabemos sobre a LUA? > Lua – Satélite ou sistema binário Terra/Lua?- qual sua origem?  – quais a influencias da Lua sobre a vida em nosso planeta? – o homem esteve mesmo lá?

Pela proximidade (386.000 km), com uma massa um oitavo (1/8) da massa da Terra, um diâmetro de 3.200 km, temperaturas oscilando entre - 150º. C à noite e 130º. C durante o dia na Lua cheia, inúmeras crateras e montanhas que projetam sombras, sempre despertou a curiosidade.

As teorias são muitas e estamos apenas no começo de estudos científicos.

Comprovado mesmo é sua influência nas marés provocado uma verdadeira trovoada nas noites cálidas dos litorais ao avançar terra adentro, cuja força de atração é redobrada em noite de lua cheia. Uma curiosidade é que estudos indicam que o atrito das marés abrandou a rotação da Terra. Linhas de crescimento diário nos corais fossilizados do Devoniano há 400 milhões de anos mostram que, num ano que durava quase o mesmo tempo que hoje, havia mais de 400 dias...

A semeadura e a poda de plantas levam em conta as influencias da Lua que, a cada sete dias, muda de quarto: lua cheia, lua minguante, lua nova, lua crescente...

Muitos povos, como os nativos da América adotavam o calendário contando as Luas (28 dias), que não coincide com o calendário solar.

Há muitas estórias sobre suas influências nos seres vivos: - a psiquê humana sofreria alterações em pessoas mais sensíveis. Pessoas com problemas psicológicos se tornariam mais agressivas. ‘Levantou de lua virada’... ou ‘está de lua’ – são expressões nesse sentido.

Toda e qualquer profecia ou previsão sobre os destinos do planeta e das pessoas é mera especulação sobre informações científicas. Até os deuses já alertaram que sobre acontecimentos planetários eles não têm controle...

A Lua com seus mistérios continua a espiar o planeta Terra a se  digladiar.


– “Papai Noel existe!” – teria dito o primeiro homem a pisar na Lua no dia 20 de Julho de 1969 – Neil Armostrong – que, juntamente com Edwin Aldrin chegaram ao satélite a bordo da Apollo 11 e passaram 13 horas em solo lunar. Seria uma referencia de que outros seres não terráqueos estavam lá (!)

domingo, 27 de setembro de 2015

ESPELHO DO MUNDO

ESPELHO DO MUNDO

LUA branca

Brinca de pega;

 Apaga e brilha;

 Brinca de bilha.

Rola e corre entre as nuvens brancas de algodão.

 Sim e Não!

A sombra esconde o medo do leão,

 Que ruge e freme – ou treme...

Do alto espia, / a Lua arredia, / brincando de esconde-esconde, de passa-passa, pula-pula, pega – pega... / e ninguém  alcança seu branco vogar.

Lua branca / branca – amarela / amarela – vermelha > auréola dourada de festa prateada, dos eternos namorados juras de amor a trocar.

Lua branca

 A noite espanta;

Espanta o medo da cuca,

Dos duendes marotos a saltitar.

Menino medroso / dorme inquieto... Também quer brincar ao luar, da Lua branca que, lá fora, rola e rola no céu invertido – espelho refletido do mundo a girar.

Lá em baixo;

 Cá em cima

De cabeça para baixo,

Fico a Lua branca a observar...

Rola no espaço;

Vaga no pensamento;

 Passa no ar o brilho branco prateado do tênue luar.

Rola, rola lá em baixo

Espelho invertido

Do mundo a passar.

(Piraju – 23/04/1980 >publicada in ‘Poetas Brasileiros Atuais’ - 1986)

         

 

sábado, 26 de setembro de 2015

UMA VISÃO REVOLUCIONÁRIA SOBRE O MEIO AMBIENTE > AQUECIMENTO GLOBAL > ‘El NIÑO’ VEM AÍ...



     Sempre foi assim. Só não havia jornalistas e TV para exibir em tempo real os fatos climáticos como hoje.
 - ‘Seis meses de inverno e seis meses de inferno era a fala do meu avô que conheceu o clima em fins do século XIX na Europa e primeira metade do século XX no Brasil, com temporadas de 40 dias de chuvas torrenciais ininterruptas, ventos levando tudo pela frente, geadas negras, secas e incêndios que se sucediam ciclicamente. El Niño é um fenômeno climático que ocorre em intervalos de dois a sete anos e depende de vários fatores como o  aquecimento das águas do oceano  Pacífico e a variação das áreas de alta e baixa pressão atmosférica.
            Sob o titulo "CALMA! – UMA VISÃO REVOLUCIONÁRIA SOBRE O MEIO AMBIENTE" – (Bjorn Lomborg  / Copenhagen Consensus Center)  o autor apresenta uma análise com dados fornecidos por economistas renomados e peritos sobre quais seriam os resultados que a humanidade pode obter a partir do acordo de Quioto sobre o aquecimento global, bem como soluções práticas para os diferentes problemas. Todos concordaram que medidas alternativas aos cortes do CO2 produziriam mais benefícios a um custo inferior do que o proposto pelo acordo de Quioto.

O autor discute todos os ângulos da questão e sabe que ninguém pode alegar que sabe tudo a respeito do aquecimento global, ou que tenham as soluções. Todos querem um mundo melhor, diz ele, mas temos que usar a inteligência antes de sair radicalizando com soluções cujo custo benefício deixa muito a desejar, como é o caso de tudo o que tem sido proposto em relação ao CO2, por ex. Há muitos outros problemas urgentes a serem resolvidos (pobreza, fome-desnutrição, doenças, etc.), a um custo inferior do que as implementações de políticas drásticas ao custo de trilhões de dólares.

É verdade que há muitas mortes pelo efeito das fortes ondas de calor, porém não se fala abertamente sobre milhares de mortes provocadas pelo frio. Cita o exemplo de Agosto de 2003 quando a onda de calor na Europa provocou 15 mil mortes na França, sete mil na Alemanha, 8 mil na Espanha e na Itália e duas mil no Reino Unido. O elevado número de morte pelo calor no Reino Unido provocou protestos veementes; porém, a BBC também exibiu uma reportagem discreta sobre  os vinte e cinco mil mortos pelo frio intenso no País de Gales e na Inglaterra, além de confirmar que entre 1998 e 2000 haviam sido cerca de quarenta e sete mil mortos na mesma região - a reação foi discreta e passou quase desapercebida.
Sabe-se que na Europa toda, morrem anualmente cerca de duzentas mil pessoas devido ao excesso de calor. Já pelo excesso de frio morrem anualmente cerca de 1,5 milhões de europeus em cada inverno.

Temperatura ótima’ > Um fato que poucos falam é sobre a existência em todo o mundo de lugares com a temperatura “ótima” (óptima) na qual o número de mortes é mais reduzido. Em ambos os extremos desta temperatura – para maior ou menor – a porcentagem de mortes aumenta. 
E, qual é a temperatura “ótima”? – Num país de clima temperado frio ela é de 15º C; num país quente a média ótima é de 24 ºC. E todas as  pessoas conseguem se adaptar tanto ao frio como ao calor. Mas, sempre se tem priorizado com o sensacionalismo, o lado pior de aquecimento global.
A conclusão lógica do estudo indica que se ocorrer um aumento de 2ºC na temperatura da Grã Bretanha por ex., vai haver um aumento de mais duas mil mortes pelo calor. Porém, haverá uma redução de vinte mil (!) morte pelo frio.
O autor defende medidas de adaptação tanto para enfrentar o calor, como o frio, uma vez que nas próximas décadas a concentração nas cidades será maior criando as “ilhas” de calor como já ocorre nas grandes cidades.

Propostas para o debate > Na conclusão propõem um diálogo sensato. O debate sobre as alterações climáticas deveria ser mais em torno do melhor gerenciamento dos recursos ao invés de priorizar a gritaria em torno do aquecimento global espalhando medo.
O objetivo não pode ser apenas o de reduzir as emissões de carbono, mas de fazer o melhor para as pessoas e o meio ambiente. O princípio preventivo (redução do CO2) gera um benefício caro com pequenos resultados que só se perceberão em longo prazo. Isso tem levado a esquecer que os investimentos na prevenção acarretam perda nos investimentos do presente (escolas, saúde, água potável, saneamento básico, programas sociais, infra-estrutura) que se tornam um problema maior em longo prazo prejudicando ainda mais as futuras gerações.
Recomenda  fazer as coisas inteligentes em primeiro lugar. O processo é demorado, exige vontade política abrangente a todos os partidos políticos, continentes e gerações.  Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de energias alternativas devem ser priorizados e acompanhar a redução das emissões de CO2.
É preciso Calma (!) – Cool it – diante da linguagem de medo, terror e desastres propalados ante a perspectiva do aquecimento global. Apresenta dados comprovando que economicamente o benefício obtido num investimento em qualidade de vida é sempre maior que o investimento para compensar a redução da emissão de carbono com aumento de 2,5º C a 3,8º C.
Lembra que os ursos polares que morrem pelo aquecimento é bem menor do que os que o são pela caça predatória.
Efeito estufa? – as altas latitudes como Sibéria, Canadá, Ártico, aumentando até 5º C  melhora o “ótimo” da temperatura para mais pessoas; na África o aumento seria de 3º C a mais, mas as adaptações do homem são possíveis.
A ameaça resulta exagerada. Há o “ótimo” de temperatura em todos os lugares.

O aquecimento global não é o único problema a ser enfrentado. A fome, doenças, guerras, má administração dos recursos, etc. têm sido excluídas das estimativas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O BAÚ DO JOÃO PEREIRA - (RETRATOS DO BRASIL do INÍCIO DO SÉCULO XX)



Entre as lembranças que ressurgem do passado nestes dias em que a ‘crise’ política e econômica se intensificou, surgiu em minha memória o ‘Baú do João Pereira’. Isso mesmo -  um Baú de madeira, grande, com dobradiças de ferro e forte cadeado cuja chave ficava sob a responsabilidade da matriarca da família.

Num dia de festa beneficente na fazenda ‘dos Pereira’, tive a oportunidade de ver o móvel instalado no quarto do casal a menos de um metro da janela baixa que podia ser ultrapassada sem grande esforço. Houve missa, quermesse, rodeio e leilão de um lote de gado – doação de produtores da região - para angariar fundos para o asilo São Vicente de Paulo da cidade. A casa foi aberta aos convidados e a família se revezava sentando no baú, certamente como forma de segurança, ou talvez por falta de cadeiras para todos. Segundo as boas línguas, a família guardava ali uma verdadeira fortuna, produto do trabalho com a criação e comercialização de gado.

Era um tempo em que o BRASIL era um país de trabalho e respeito pela propriedade e pela família, quando havia a verdadeira solidariedade e fraternidade sem a imposição de governos e a religiosidade era motivação para o convívio social.

Como muitos outros sitiantes da região, João Pereira era um homem simples, de origem portuguesa, que adquiriu a propriedade (com recursos próprios) de um loteamento feito pelo governo com a finalidade de fixar famílias no interior e proporcionar o desenvolvimento econômico da região. Ele e a família constituída de 4 filhos e três filhas dedicaram-se a agricultura de subsistência e à pecuária - uma vida de muito  trabalho que resultou em crescimento econômico o que lhes permitia viver com conforto.

A casa grande de pé alto, construída em tijolo, com amplas janelas e portas maciças de madeira, telhado de telha francesa, era espaçosa, mobiliada com o essencial, sem luxos. Entre as comodidades, eles contavam com luz elétrica e telefone, mais o carro – Ford - com motorista para a esposa e filhas irem à cidade, além de charrete e os cavalos de raça para os filhos. Ele, o chefe do clã, normalmente andava a pé. Terno de brim claro, chapéu de abas largas em feltro escuro, botas e polainas pretas; quando circulava pelas divisas das invernadas, usava uma longa e fina vara de bambu para se defender do gado bravio.

A propriedade ficava na região do planalto a uns 6 km da cidade de Piraju; era cortada pela estrada que ligava a cidade ao bairro do Cágado; de um lado ficava a sede, a capela, os estábulos e as instalações para a industrialização do leite;  do outro lado da estrada ficava a invernada onde a manada era  mantida até ficarem prontas para a comercialização e encaminhamento para engorda nas invernadas do Mato Grosso e de Goiás. Os pequenos proprietários da região quando necessitavam ‘realizar lucros’ vendendo parte do rebanho, recorriam ao rico pecuarista. Negócio rápido, pagamento à vista em dinheiro vivo, direto do Baú.
A lenda era de que, assim como ele não sabia quantas cabeças de gado tinha nas invernadas, também não sabia quantos contos de reis tinha guardados no Baú.

Certamente, um desses modernos sociólogos socialistas/marxistas o classificaria hoje como um Coronel (!) dos tempos passados. Ledo engano. O Brasil da época (primeira metade do século XX) era um Brasil onde a livre iniciativa  permitia que cada cidadão fosse auto-suficiente, e que na cadeia econômica exercesse o papel que hoje o Estado açambarcou juntamente com o sistema financeiro.

Os tempos mudaram. A família dos Pereira, como todas as outras, deixaram a região. O que os pais fizeram, os filhos usaram e dispersaram; agora cabe aos netos recomeçar... – como reza a tradição. A última vez que estive na região o panorama era outro;  as cercas de arame farpado das invernadas haviam desaparecido; a propriedade dos Pereira mais as da vizinhança haviam sido transformadas numa imensa  ‘plantation’ de trigo – gerador de PIB.

O Brasil do século passado deu lugar a um Estado açambarcador de direitos. Assim como os Pereira, muitos outros sitiantes da região tinham reservas econômicas para viver de forma responsável, independente. 
Ah! – e os ‘sem terra’ da época? – perguntarão os apressadinhos. Havia sem terra, mas eles tinham o direito de, através de contratos particulares, arrendarem terras, ou trabalhar no sistema de meeiros, parceiros ou terceiros com o proprietário para produzir não apenas para sua subsistência, mas também  fazer seu pé-de-meia e poder adquirir um pedaço de terra próprio, sua casa, etc., sem depender de programas sociais... Todos eram livres! Hoje se vive uma espécie de escravidão consensual.

Não se vive de teorias. Governar fazendo cortesia com chapéu alheio (cobrando impostos de quem trabalha e produz) transformou o país em um antro de corruptos. Toda a solidez do país foi pelos ares por culpa de um Estado corrupto, mastodôntico, incompetente. Fazer ‘revolução social’  é meio de vida para os desocupados e preguiçosos.

O ‘Baú’ –  todos querem. O trabalho que dá ter responsabilidade que  implica em ser seu próprio provedor,  isso eles não querem, não.

- O que incomoda a um governo comunista/marxista/socialista? – Incomoda o sucesso dos que conseguem trabalhar e produzir sem depender do Estado; incomoda saber que há pessoas competentes para serem auto-suficientes.

Por falar em Baú, há um ditado que diz que a ‘moda’ vai passando e sendo guardada num baú. Com o tempo abre-se o baú e o que era ‘démodé’ volta ao uso. Tomara que o lado bonito do  Brasil do passado ressurja do Baú.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O PAÍS NECESSITA DE UMA AGENDA POSITIVA > & ‘PITOS Y FLAUTAS’ PARA OS QUE SÓ FAZEM BULHA.



            Diante de tanta bulha na política preferi dedicar estes dias a publicação de vários textos que estavam em revisão; creio que são de interesse de jovens estudantes e leitores que não tem oportunidade de consultar livros especializados sobre o assunto.

Quando todos se sentem no direito de opinar sobre meio ambiente e  culpar o homem pelo ‘aquecimento global’, não resisto e volto à questão. Na verdade há uma poluição acelerada do planeta pelo descarte em lixões de materiais não degradáveis como o plástico – produzido pelo homem – desde meados do século passado; porém não vemos nenhuma medida objetiva para livrar o planeta dessa ação nociva para o meio ambiente.

Poderíamos dizer que o mundo físico (planeta terra) desde as mais remotas Eras  está em ‘ebulição’ constante. São vulcões entrando em atividade, terremotos, maremotos, furacões, secas, tempestades de areia, bolas de fogo cruzando os céus e explodindo, etc... - Estudei Geografia e sei que o assunto é complexo; por isso, com o objetivo de divulgar  assuntos pouco debatidos e que tem sido ignorados pelos ambientalistas que vêem culpa do homem em cada fenômeno natural,  publiquei mais alguns textos (Vulcanismo e Abalos Sísmicos – O Brasil no Conjunto Geotectônico da América do Sul; ‘As Forças Internas  da Terra – Vulcanismo e Terremotos’ – ‘Eras Geológicas’, ‘A terra e as Grandes Transformações’, etc.).

            Nem tudo está perdido. Domingo (20-09)  assistindo ‘Matéria de Capa’ exibido pela TV Cultura tive a satisfação de ver um programa informativo que abordou de forma simplificada a longa linha da história do planeta Terra. Parabéns pela iniciativa.
E, Nota Dez para a reportagem mostrada no dia 13-09 do referido programa (Matéria de Capa) sobre a recuperação de áreas em vias de desertificação. Vale a pena reprisar, pois é uma lição de como o meio ambiente quando tratado com respeito e de forma inteligente pelo homem, a vegetação e os animais (até o ‘vilão’  boi) podem reverter um  quadro de degradação na natureza.
 O tema me remeteu a uma experiência vivida sobre a recuperação de uma chácara degradada pela exaustiva cultura comercial de tabaco e algodão, cujo solo ressequido e com fortes ravinas foi transformada em bela pastagem produtiva, em associação com a criação de gado. Um dos tipos de gramínea utilizado foi a grama usada pelos povos nativos da América do Sul  para a pavimentação do ‘peabiru’* (caminho macio); é uma gramínea que emite um emaranhado de rizomas formando um tapete resistente e fofo próprio para conter a erosão e manter a umidade no solo, além de servir de alimento para o gado.
           

*‘Peabiru’ – caminhos dos indígenas que ligavam os Andes ao litoral Atlântico por mais de  três mil km, passando por São Paulo. Também conhecida como Trilha dos Tupiniquins’.
           
            Comentários sobre o momento:

A Primavera está chegando ‘oficialmente’. É tempo de renovação da vida, não só dos elementos da Natureza, mas do ser humano que deve aprender a usar seu livre arbítrio de forma positiva.
 A irresponsabilidade tem que dar lugar ao equilíbrio através de um trabalho inteligente, de união; isso só se consegue se mudarmos a postura frente aos acontecimentos e se dermos a oportunidade para que os reais valores que regem a sociedade recuperem o lugar usurpado por pessoas que só sabem fazer bulha. O desespero é tal que pensam  dominar de qualquer forma e até estão a usar de artifícios de mensagens subliminares para influenciar o subconsciente  das pessoas  com o fim de  implantar criminosamente sua vontade sobre a sociedade. (Subliminar (psic.) > diz-se de um estímulo que não é suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que quando repetido atua no sentido de alcançar um efeito desejado).

A gritaria no meio político é grande; comportam-se como se tocar os sinos apagasse o incêndio. Parem de ‘jogar bulha’!

O papel principal na ordenação dos comportamentos cabe a Justiça e ao cidadão consciente de sua responsabilidade. Uma nova Agenda positiva se faz necessária. Urgente!


- ‘Pitos y flautas’ para os que só atrapalham com sua gritaria oportunista.   
- ‘Pitos y flautas... la ri...rara...’ -  para todos aqueles que se valem da visibilidade para fazer bulha. Na infância aprendi a enfrentar provocações, de forma  jocosa;   enquanto repetia a frase ‘pitos y flautas’ fazia  mímica como se estivesse tocando flauta. Funcionava.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A PRIMAVERA ESTÁ CHEGANDO > A LUZ E A MAGIA DA FELICIDADE NAS PEQUENAS COISAS.

 

 

- O que é felicidade? muitas podem ser as definições:

 - Felicidade é algo mais que a satisfação dos desejos, porque cada dia tem nuances de jogos de cores e sons, de aromas, de sentimentos que despertam a pessoa para um mundo sem dor ou sofrimento. Ou,

  É aquele sentimento de bem estar íntimo e de satisfação no gozo de pequeninas coisas externas, que não necessita de estímulos fortes para nos fazer vibrar de emoção.

São tantos os exemplos desses momentos mágicos:

            - A atenção despertada por gentil florzinha, que mesmo modesta, na beira do caminho, nos acena com suas vibrantes cores refletindo a Luz do Sol.

            - O brilho nos olhinhos arregalados no rosto sorridente de uma criança nos acolhendo como um raio de Luz.

            - O gorjeio de um passarinho escondido entre a ramagem de frondosa árvore no quintal somando som, Luz e cores a vibrar em uníssono.

            - O murmúrio de uma fonte a escorrer por entre pedregulhos numa encosta íngreme à beira da mata, refletindo num arco-íris   as maravilhas da Luz enquanto segue seu caminho.

- A fosforescência de um pirilampo que surge inopinadamente no canto escuro da sala, e, num passe de mágica seu pisca-piscar ilumina qual a Luz de uma estrela a piscar no infinito, trazida ao nosso alcance.

            - O nascer ou o por do Sol inebriando a linha do horizonte com a explosão de seus raios de Luz perene e reconfortante.

            - O silencio da floresta, que guarda os segredos de miríades de vidas a palpitar em uníssono com o Criador  da Luz e das trevas.

            - O ribombar de trovões, que, acompanhando nuvens espessas, anunciam a renovação que se aproxima, muitas vezes de forma assustadora, mas com a garantia de que a Luz voltará a brilhar.

             

            São experiências como essas que, por mais vezes que se repitam,  jamais nos enfastiarão, pois é da Luz que emana desses pequenos momentos que nossa alma se nutre e  renova as energias.

-  LUZ ! máxima expressão de Vida, aquela que nos é doada e se constitui no maior mistério de nossa existência...

 

- Tudo o que existe é lucigenito, dado que a mesma matéria era Luz antes e é energia metamorfoseada; e todo ser vivo é lucífago, pois se nutre da Luz condensada nos alimentos.  - (Vieira Sermões) - .... O nome Deus, deriva-se do verbo dar. Chama-se Deus porque dá. dá o que? A Luz que tudo sustenta (idem).

         _Toda física acaba fatalmente num fastio se não tiver um fundo de metafísica. (H. Rohden)

 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

I - A NOITE NO UNIVERSO (Livro de Dzyan) – II - A EVOLUÇÃO CÓSMICA (Rig Veda)


I - A NOITE NO UNIVERSO (LIVRO DE DZYAN– livro Sagrado > pergaminhos antigos de origem tibetana) > Excertos.

1. O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestes, havia adormecido uma vez mais durante Sete Eternidades.

2. O Tempo não existia, porque dormia no Seio infinito da Duração.

3. A Mente Universal não existia, porque não havia Ah-hi para contê-la.

4. Os Sete Caminhos da Felicidade não existiam (a). As Grandes Causas da Desgraça não existiam, porque não havia ninguém que as produzisse e fosse por elas aprisionado (b).

5. Só as Trevas enchiam o Todo Sem Limites.

II- A EVOLUÇÃO CÓSMICA (Rig Veda Livro dos Hinos > é o primeiro e o mais antigo Veda). Excertos.

Não existia nada: nem o claro céu,
Nem ao alto a imensa abóbada celeste.
O que tudo encerrava, tudo abrigava,
E tudo encobria que era? Era das águas
O abismo insondável? Não existia a morte,
Mas nada havia imortal. E separação
Também não existia entre a noite e o dia.
Só o uno respirava em Si mesmo e sem ar:
Não existia nada, senão ele. E ali
Reinavam as trevas, tudo se escondia
Na escuridão profunda: oceano sem luz.
O germe, que dormitava em seu casulo,
Desperta ao influxo do ardente calor
E faz então brotar a
Natureza una.
...............................................................
Quem sabe o segredo? Quem o revelou?
De onde, de onde veio a criação multiforme?
 Os Deuses só mais tarde à vida surgiram.
De onde esta criação imensa? Quem o sabe?
Por ação ou omissão de Sua Vontade?
O Sublime Vidente, no alto dos céus,
O segredo conhece... Talvez nem ele...
Profundando a eternidade... 
Inda mesmo antes
De lançados os alicerces do mundo,
.........................................................
Tu eras. E quando o fogo subterrâneo
Romper sua prisão, destruindo a estrutura,
Oh! Ainda serás Tu como eras antes.
Também quando o tempo já não existir
Nenhuma transformação conhecerás,
Mente infinita, divina Eternidade!

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“Se queres Conhecer o oculto, abre os olhos para saber o que há por trás da cortina que veda tua visão. E, depois de desvendar algum mistério, cuida para que ele não te devore. Usa a tua inteligência, intuição e sensibilidade a teu favor e nunca contra teus Semelhantes, pois tudo tem um preço

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

VULCANISMO E ABALOS SÍSMICOS - O BRASIL NO CONJUNTO GEOTECTÔNICO DA AMÉRICA DO SUL


            É comum ouvir dizer que o Brasil não tem vulcões, nem sofre de grandes terremotos ou abalos sísmicos. Estes, no entanto, ocorrem com bastante frequência como reflexo e propagação dos abalos ocorridos em outros pontos do Continente, como o recente terremoto que atingiu o Chile. Há uma grande falha tectônica que se estende do norte do Chile até o litoral brasileiro; no percurso existem válvulas de escape das energias propagadas sob o solo, incluindo a cidade de São Paulo com várias  ramificações para o litoral; portanto todo o trajeto de propagação da onda sísmica irá refletir e fazer sentir com maior ou menor intensidade o tremor.  
Há vários registros de ocorrências de sismos no Brasil, todos de baixa intensidade. No dia 22 de Abril de 2008, por exemplo, um tremor de terra atingiu os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro com intensidade de 5,2 na escala Richter. Esse sismo ocorreu no Oceano Atlântico, na área paulista da Bacia de Santos. Ficou conhecido como Sismo de São Vicente. Em 9 de dezembro de 2007 um terremoto de 4,9 graus (Richter) causou uma morte no município de Itacarambi (MG). É o primeiro tremor da história do Brasil que teve como resultado uma morte, 5 feridos e várias casas destruídas pelo sismo.

Vulcanismo é o fenômeno relacionado com o extravasamento de lavas ígneas na superfície terrestre e em qualquer astro do sistema Solar. Ele reflete as condições de pressão e temperatura no interior da Terra, em geral nos limites das placas tectônicas. Podem ocorrer também pontos quentes (hot spot) em algumas áreas internas de algumas placas tectônicas.

Sabe-se que ocorreu Vulcanismo em uma região através do que costumamos chamar de “relevos postiços”, pois o material ígneo que é expelido cria paisagens características. Temos vulcanismo de lavas mais diluídas que formam as “mesas” e os outros com entupimento do cone como é o caso do monte Pelado na Martinica; temos o fissural da Islândia, o tipo havaiano o estromboliano, etc.

Vulcão não é apenas  uma montanha que expele cinzas, gases e pedras, mas também de fendas e aberturas por onde escapam lavas como foi no caso dos derrames basálticos do Brasil meridional durante o mesozoico, quando também houve ocorrências em outras regiões como em  Poços de Caldas e Araxá (MG), Laje (SC), Itatiaia e Cabo Frio (RJ), etc. 
Na era Terciária, tivemos a formação das ilhas oceânicas de Trindade, Fernando de Noronha, e os Penedos de São Pedro e São Paulo.   
Na região Sul houve um dos maiores derrames basálticos do mundo, com uma área de 1 milhão de km², abrangendo o Estado de São Paulo até o do Rio Grande do Sul, e que podem ser observados na região de Torres, na formação das falésias basálticas. Os derrames basálticos que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao fértil solo “terra roxa”. A bacia Amazônica também foi afetada por atividades vulcânicas em algumas áreas. Ainda existem formas de relevo herdadas do passado geológico; estão relativamente preservadas sendo chamadas de "formas relíquias”.
Os atuais  movimentos tectônicos contribuem para destruir as antigas formações estruturais.                                                                                                                                                                            Ex. existem alguns relevos vulcânicos onde as lavas estão sendo desmanteladas pela ação climática. O modelado periglaciário da Bacia de Paris é igualmente uma sobrevivência. No Brasil, os pediplanos do terciário e os pedimentos do quaternário, soerguidos e dissecados visíveis em vários pontos da região Sul e do Sudeste, também exemplificam sobrevivências ou “formas-reliquia” a indicar influências morfogenéticas. O mesmo pode-se dizer do maciço vulcânico de Poços de Caldas, dentro da perspectiva estrutural. Mesmo no semi-árido Nordestino (Sertão) há visíveis evidencias de processos de formas originadas em períodos mais secos (áridos), e que a relativa umidade do clima vai apagando.
O Brasil está no centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado dos limites dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo pelo qual não há vulcões ativos atualmente no Brasil.

 O BRASIL NO CONJUNTO GEOTECTÔNICO DA AMÉRICA DO SUL

O continente Americano do Sul apresenta três grandes domínios:
1- A Leste – a região Brasília-Goiânia com rochas pré-cambrianas com depósitos em bacias sedimentares do paleozoico e mesozoico com reduzido tectonismo. Desde o Siluriano sofre uma lenta e progressiva epirogênese (levantamento) com deformações locais por abaulamento e falhamentos.
2- Borda Ocidental da América do Sul – temos a Cordilheira dos Andes, levantamento do cenozoico nas regiões de geossinclinal mesozoica. A ela se associam os “Brasilands” também do cenozoico, porém sobre estruturas mais antigas do caledoniano e até pré-cambrianas.

3- Entre estes dois domínios estruturais temos a terceira região representada pelo pampa argentino, o chaco, as planícies do Beni-Mamoré e do Acre, os lhanos da Colômbia e da Venezuela. A borda ocidental dessa região tem sofrido abatimentos numa resposta ao levantamento andino, formando bacias marginais à faixa orogenética. Essa movimentação levou o Oceano Atlântico a invadir áreas do pampa (Mioceno superior), dando origem aos sedimentos quaternários da região. O Brasil ocupa área cratônica, porém se estende pelo Pantanal e bacia Amazônica ocidental. Somente o Acre sofreu os dobramentos andinos. Dois terços do território brasileiro são formados por rochas pré-cambrianas, consideradas Arqueozoicas.

sábado, 19 de setembro de 2015

AS FORÇAS INTERNAS DA TERRA > VULCANISMO E TERREMOTOS


Vivemos na superfície ou crosta terrestre (sial) também chamada de litosfera (terras) e hidrosfera (oceanos), de pequena espessura  formada por nove placas tectônicas principais e mais 16 pequenas.
Os movimentos constantes destas placas sobre o sima provocam a erupção de vulcões nas suas bordas, desencadeiam sismos de várias intensidades, constroem cordilheiras, renovam constantemente a crosta terrestre.
Entre essas forças internas as que provocam mais estragos são os vulcões e os terremotos.
O Vulcanismo é resultante da formação de bolsões de magma a certa profundidade. Como a crosta terrestre apresenta fendas e fraturas, o magma flui para a superfície empurrado pela pressão realizada pelas altas temperaturas e dos gases acumulados.
Os derrames podem ser de lavas com altas temperaturas (1200º C) e massas gasosas, além de blocos rochosos, seixos e cinzas. Dependendo da região em que ocorrem apresentam características próprias. Ex.- vulcões do tipo havaiano a lava é basáltica, muito fluida, escorrendo a grande distância e criando um novo relevo a cada erupção; como a placa se desloca lentamente sobre um "ponto quente" formam-se as ilhas vulcânicas (Havaí).
Supõe-se que os bolsões de magma formam-se no interior da Terra devido ao aquecimento pela intensa radiatividade. Atualmente elas se concentram ao longo das bordas de grandes dobramentos (ex. cordilheira dos Andes) e no fundo do oceano Pacífico (circulo do Fogo).
Os Terremotos são movimentos bruscos da crosta terrestre, verdadeiras sacudidelas. Eles ocorrem em determinadas regiões próximas às áreas de vulcanismo ou onde ocorrem compensações isostáticas. Supõe-se que as forças do interior da Terra distorcem as rochas, que atingindo certo limite de resistência, fraturam e criam um novo equilíbrio. Nesse momento de acomodação é que teríamos o terremoto.
Hipóteses:
a) a deriva dos blocos superficiais é que empurram as placas que deslizam sobre o sima.
b) está ocorrendo um resfriamento do interior da Terra provocando uma contração pelo enrugamento da crosta formando fossas submarinas alongadas no fundo dos oceanos, ao lado de regiões de dobramento e cadeias montanhosas.
c) outra teoria fala nas correntes de convecção do sima devido às diferenças de temperatura no interior da Terra;
d) reequilíbrio isostático - a elevação vertical de um bloco da crosta terrestre e o consequente afundamento de outra região. Ex. os Oceanos recebem grande quantidade de sedimentos aumentando sua massa, os continentes se elevam e os fundos dos oceanos se abaixam.
Segundo a isostasia, os blocos de sial flutuam no sima formando os continentes. Os movimentos lentos ou bruscos acabam por se refletir na superfície terrestre. Dependendo da intensidade provocam grandes destruições quando atingem áreas povoadas e tsunamis quando o sismo acontece no oceano.
Todos os dias ocorrem pequenos abalos percebidos pelos sismógrafos. Os sismos de maior intensidade ocorrem na orla do oceano Pacífico, na costa asiática, com prolongamento pelo mar Mediterrâneo para leste, via Ásia até o Pacífico.


Nota > texto fez parte do Shvoong.com (12301 visitas; 99 avaliações) > 21 de Janeiro – 2010.