segunda-feira, 21 de julho de 2014

SORTE & AZAR – DÁ PARA CONTROLAR O DESTINO? GANHAREMOS A PRÓXIMA COPA? – PERGUNTAS, PERGUNTAS...


- Sabe aquele dia em que parece que a gente levanta e tudo caminha na contramão? – Orações, simpatias, pensamento positivo, bater na madeira, fazer figa, dar três pulinhos... tudo na intenção de mudar o ‘astral’,  mas a maré não muda. Não muda porque nem tudo depende de nós.

Acabo de saber que o novo técnico da Seleção será o Dunga – (um dos sete anõezinhos (!) da história infantil Branca de Neve e os Sete Anões de tradição oral alemã).  Parece piada, mas não é. Esperava-se uma grande mudança de rumos no nosso futebol, e ao que tudo indica teremos mais do mesmo.

Pois é. A vida é assim e o improvável acontece mais do que se desejaria e é preciso reagir: uma pitada de bom humor, mais um guindaste para levantar o moral e, vamos que vamos.
Cada um reage de uma forma. Uns se queixam, mas não mudam a maneira de agir; outros ignoram as mensagens embutidas nas dificuldades do dia a dia, enquanto que outros são conformistas, na base do ‘Deus manda’...
Na verdade as pessoas constroem seu destino – sorte ou ‘sina’ com palavras e ações, reza a sabedoria popular. Haveria, sim, uma parte dos acontecimentos que independem de cada um de nós. Porém, dos dois terços do que nos acontece, nós temos as rédeas nas mãos e podemos mudar.
É o que aconteceu durante a copa mundial de futebol. Se torcida valesse, todos os times seriam campeões. Como alguém tem que ganhar, a melhor forma de satisfazer a maior parte da torcida seria aplicar a regra da ‘loteria da babilônia’ no estilo Jorge Luis Borges  onde o vencedor tem que pagar uma multa (!)

Ficções à parte, a sabedoria popular e o bom senso mandam corrigir rotas quando se começa a sofrer quedas, derrotas, perdas. – ‘Se você vai por um caminho  tropeça e cai, levante-se e recomece. Se cair uma segunda vez, levante- se, avalie a situação e prossiga. Porém, se cair uma terceira vez, isso indica que você está no caminho errado -  mude de caminho’. 

Persistir no erro é falta de visão, além de continuar colecionando azares. Devemos ter sinceridade de propósitos ao criar condições que entendamos favoráveis aos nossos propósitos. Ler no livro inscrito em nossa consciência pode nos livrar de muitos dissabores.

Ouvi mais de uma vez um pequeno ensinamento de cunho moral – religioso para explicar esses azares e poder agir reverter a má sorte. Dizia que ‘há um Santo que tem por função ficar repetindo a palavra ‘mais’ desejando que aquilo que está acontecendo continue a acontecer.  Se for bom tudo bem. Às vezes o Santo cochila e dá oportunidade para que as coisas mudem. Quando ele acorda continua a repetir ‘mais, mais, mais... ’ – e assim, se a pessoa conseguiu ver seus erros e mudou sua forma de agir, terá um bom período de sucesso e sorte. ’

O Relógio Anti – Horário – A criatividade mostra quão variadas podem ser as tentativas para mudar a ‘sina’ / destino. E tem cada uma! É o caso do relógio anti-horário inventado pelo governo da Bolívia. Ele alterou o relógio do prédio do Congresso em La Paz para que os ponteiros se movimentem no sentido anti – horário. Segundo o ministro bolivariano das Relações Exteriores a medida é para recuperar a identidade – ‘nosso sarawi’ que significa ‘caminho’ em aimará, motivo pelo qual os relógios devem andar à esquerda. A medida faz parte dos esforços do presidente para ‘promover um processo de descolonização’. O relógio (contrário à história) fica na Assembléia Legislativa a Bolívia, no centro de La Paz e teve os números invertidos; os algarismos romanos foram substituídos pelos arábicos. Avesso às ponderações sobre a falta de bom senso na atitude adotada o chanceler boliviano insiste em que ‘simplesmente temos que tomar consciência de que nós vivemos no sul.’ E acrescenta: Quem diz que o relógio tem que girar sempre desse lado? Por que temos que obedecer, por que não podemos ser criativos?’

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Para tudo há um limite!

Na vida tudo depende de nossas ações. É como puxar o rabo do gato; por mais manso que ele seja, um dia enfeza e arranha o próprio dono.