quinta-feira, 17 de julho de 2014

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA COMEMORA 8 SÉCULOS DE EXISTÊNCIA – GEOLINGUA > PORTUGUÊS & ESPANHOL – UMA PROPOSTA.


No dia 27 de junho de 2014 comemorou-se 800 anos de vida do documento oficial mais antigo escrito em português –  o testamento de Dom Afonso II, terceiro rei de Portugal na linha sucessória, datado de 1214.
Um Manifesto, com apoio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e Macau e entidades culturais e de defesa dos direitos autorais, a proposta de celebração, visa comemorar durante um ano a língua portuguesa. Trata-se, como bem refere o documento, da língua mais usada no hemisfério Sul e uma das mais faladas no mundo (cf. Manifesto, doc. cit.) Entre a CPLP e observadores figuram outros países e comunidades que manifestaram o seu interesse junto do Secretário Executivo da Comunidade, entre eles: a Galiza, Índia, Japão, Guiné Equatorial, Senegal e Maurícia.

 Antes do testamento de Dom Afonso II, de 1214, já haviam sido escritos outros documentos particulares em língua galaico-portuguesa,  a saber:  a “Cantiga da Ribeirinha”, do poeta Paio Soares de Taveirós dirigido à sua amada Maria Ribeira. Era já uma época de trovadores e este texto terá sido acompanhado por declamador(s) e músico(s), lírico(s) característico(s) dos séculos XII e XIII.

Constam outros documentos mais antigos escritos na língua lusa: 
- Um, escrito em galego-português, é anterior a 1175 cerca de 42 anos após a fundação do reino de Portugal, que se encontra na Torre do Tombo e constitui um pacto de não agressão entre os irmãos Gomes Pais e Ramiro Pais (cf. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, link e doc. cit.)  
- Outro documento, não régio, em língua portuguesa é o “Auto de Partilhas”, de 1192, tempo do reinado de D. Sancho I, após 49 anos da fundação de Portugal. Até essa data era usado o latim, que continuou a ser utilizado como língua oficial, erudita e franca, até bem mais tarde.
MANIFESTO
“A língua que falamos não é apenas comunicação ou forma de fazer um negócio. Também é. Mas é muito mais.
É uma forma de sentir e de lembrar; um registo, arca de muitas memórias; um modo de pensar, uma maneira de ser – e de dizer. É espaço de cultura, mar de muitas culturas, um traço de união, uma ligação. É passado e é futuro; é história.
É poesia e discurso, sussurro e murmúrios, segredos, gritaria, declamação, conversa, bate-papo, discussão e debate, palestra, comércio, conto e romance, imagem, filosofia, ensaio, ciência, oração, música e canção, até silêncio. É um abraço. É raiz e é caminho. É horizonte, passado e destino.
Na era da globalização, falar português, uma das grandes línguas globais do planeta, que partilha e põe em comum culturas da Europa, das Américas, de África e da Ásia e Oceânia, com centenas de milhões de falantes em todos os continentes, é um imenso património e um poderoso veículo de união e progresso. Em 27 de Junho de 2014, passam oitocentos anos sobre o mais antigo documento oficial conhecido em língua portuguesa, a nível de Estado - o mais antigo documento régio na nossa língua, o testamento do terceiro rei de Portugal, Dom Afonso II.
Neste dia, queremos festejar esses oito séculos da nossa língua, a língua do mar, a língua da gente, uma grande língua da globalização. Fazêmo-lo centrados nesse dia e ao longo de um ano, para festejar com o mundo inteiro esta nossa língua: a terceira língua do Ocidente, uma língua em crescimento em todos os continentes, uma das mais faladas do mundo, a língua mais usada no Hemisfério Sul.
Celebramos o futuro. Em qualquer lugar onde se fala Português, 27 de Junho de 2014”
(seguem assinaturas de 29 pessoas)

GEOLINGUA – PORTUGUÊS & ESPANHOL
Há uma proposta defendida por um grupo de lusófolos para a criação de uma língua  – a Geolingua – unindo o português e o espanhol.
– O professor Roberto Moreno, fundador da Fundação Geolíngua afirma que a língua portuguesa e a espanhola une a metade do Mundo. Ela se constitui uma segunda língua de comunicação. Afirma ele que a Geolingua é entre as línguas naturais (e não artificiais) existentes no mundo, o português {...} a língua que possui mais condições tanto geopolíticas e econômicas, entre outras características únicas, de vir a ser a segunda língua de comunicação entre os povos.

A razão está na possibilidade de dialogar com 700 milhões de pessoas, em 30 países da Comunidade Iberófona, sem grande esforço na comunicação. (Programa RTP in https://www.youtube.com/watch?v=OhW0YSmLXt8).