Ao
lermos um jornal ou assistimos a um noticiário pela TV, o mundo sempre parece
pior. É que se costuma dar mais ênfase às más notícias uma vez que são elas que
despertam o interesse pelo impacto e sensacionalismo que causam.
A criação de
factoides, por exemplo, é uma velha tática política para desviar a atenção de
problemas mais importantes. Desconfiemos desse tipo de comportamento vicioso de
pessoas que o usam para mobilizar a opinião publica a fim de adquirir
visibilidade e de alguma forma se beneficiar.
Conflito
de gerações sempre houve, e cada época histórica teve suas características e
motivações. É necessário conhecer o passado para poder planejar o presente com
vistas ao futuro.
A
ignorância das pessoas, inclusive de muitos políticos que são analfabetos, ou
analfabetos funcionais, corrobora para a desmoralização das instituições. Educação
é a solução, sim, mas não basta ter um diploma; o estudo deve ser continuado
após a conclusão do ensino formal e inclusive do nível universitário. É o tal
conselho para resolver os litígios e problemas de uma nação: - ‘todos os que
têm barba usem calças curtas’ – em outras palavras: - voltem à escola, estudem,
continuem aprendendo, pois o que está lhes faltando é conhecimento.
No
Brasil com a campanha política em andamento, a “cultura do litígio” é usada largamente
no vale tudo eleitoreiro. Tudo é usado como motivo de confronto, de provocação,
de criminalização, de desrespeito. Cada vez mais pessoas que deveriam dar o bom
exemplo praticam a arte da manha malcriada, com chantagens, ameaças de dossiês,
acusações, tentativas de desmoralização de quem quer chamá-los à razão.
Chegamos ao estágio de um círculo vicioso em que o certo passa a ser errado e,
portanto passível de punição, criminalização e o pior de tudo, é que torcem as
leis à revelia do bom senso, da decência e da verdade.
O
PIB mundial aumenta, o analfabetismo diminui, as condições de controle de
epidemias melhoram, a distribuição de renda é uma realidade, as comunicações
ganham dimensões globais, ‘ilhas’ de paz e de prosperidade surgem em diversos países,
e, por outro lado a guerra persiste com um alto custo de vidas e recursos econômicos.
O século XX teve uma perda humana de 140 milhões em conflitos incluindo as duas
grandes guerras mundiais.
Estamos
no início do século XXI e o quadro é preocupante, pois embora seja considerado
otimista por observadores políticos, os conflitos urbanos de nações, inclusive
no Brasil, matam mais pessoas do que em uma guerra com toda a tecnologia
armamentista utilizada. Em termos mundiais o avanço de conflitos por áreas cada
vez maiores e com confrontos cada vez mais destrutivos causa apreensão.
O
que queremos chamar atenção é que, em raras ocasiões em que são transmitidas boas
noticias onde o progresso e as conquistas humanas são o foco principal, só
falta um pedido de desculpas formais. O resultado
é que temos a sensação de o mundo estar
cada vez pior. No entanto, quando as pessoas são consultadas, em geral todos
entendem que as próprias vidas estão melhores. É o que indicam pesquisas
realizadas pelo instituto Internacional dos Estados Unidos – Gallup – 50% das
pessoas acreditam estar melhor em 2014 contra 20% disseram estar pior.
Os
problemas que ainda são destaque nos noticiários: pobreza, analfabetismo,
saúde, guerras e conflitos, não vão desaparecer num passe de mágica. O importante
é trabalhar com a perspectiva de que o mundo é bem melhor do que nos querem
fazer crer que seja. Para isso precisamos aprender a colocar no devido lugar os
agitadores e fabricantes de factoides
que acabam por gerar discórdias e conflitos desnecessários.
A
paz é possível. Um mundo melhor também. Direitos humanos não são só para as
minorias que confundem valores e praticam desordens e atos de violência contra
a sociedade em qualquer parte do mundo.