terça-feira, 15 de julho de 2014

O BRASIL MERECE UMA CLASSE POLITICA DECENTE, COM CREDIBILIDADE E COMPETÊNCIA. ISSO COMEÇA PELA ESCOLA DE QUALIDADE.


Falta lealdade nacional e sobra compromisso partidário dos políticos e do governo central mais preocupado com a conquista de um novo mandato do que com os interesses da nação brasileira.
Isso ficou evidenciado na fala da presidente Dilma na entrevista concedida à TV Al Jazeera, do Qatar, quando esquecendo que ela é continuidade de um governo no poder há 12 anos, usa o espaço e pede votos, um novo mandato. Ficou claro que seu compromisso é com um partido. Seus ministros, promovidos a ‘consultores’ a acompanham na prática do uso de cargos para atender interesses do partido no poder, e o Palácio do Planalto foi transformado em palanque eleitoral.
Em síntese: - Fizeram da Política sua profissão - e usam o partido, o cargo e o voto do eleitor para se dar bem na vida. Político é eleito para servir a Nação, não servir-se dela como está acontecendo no Brasil. Democracia implica em alternância de poder e isso não vem sendo respeitado pelos políticos que se transformaram em profissionais da barganha. Isso tem que acabar em todos os níveis de governo. Há uma campanha para reverter essa situação: - acabar com esse político profissional. Já temos a lei da ficha limpa, mas isso é insuficiente.
O Brasil merece uma classe política decente, com credibilidade e principalmente competência administrativa. Uma grave falha na política nacional é a falta de um programa de governo independente de quem esteja no cargo.
O Poder Executivo é para executar programas, não para impor projetos pessoais e partidários como o ‘Decreto 8243/14’ da Presidência da República (PT).  Ele institui o PNPS (Plano Nacional de Participação Social) que tem por objetivo consolidar a participação social como método de governo. Equivale à criação de um governo paralelo, ampliando os mecanismos do controle social. O decreto presidencial abrirá as portas para que os movimentos organizados avancem nas decisões governamentais, sem regras, sem barreiras, tudo sob a capa dos conchavos políticos partidários e de acordo com as ideologias do governo no poder. Quem não estiver alinhado com eles não terá voz ativa no governo. O ‘controle social’ avança a passos largos. Cabe ao poder Legislativo sustar essa aberração e demonstrar sua lealdade à Nação.

O governo colocou todas as fichas na Seleção e a Copa das Copas acabou nostalgicamente. Isso é o mal menor para a nação que agora pode levantar a cabeça e começar a renovação – a partir do zero - não só no futebol, mas em todos os setores da vida. E voltar a atenção a problemas gritantes como o da Educação, por exemplo.
Por falar em educação acabo de ler uma noticia otimista (Revista Veja – 14/07): “Portugal vai abrir escola pública em São Paulo” – será em 2015 e irá atender crianças da pré-escola que continuarão na mesma escola até o ensino médio. O currículo será elaborado por equipes técnicas dos dois países, porém o objetivo é trazer experiências que deram certo em Portugal. Vai repetir as experiências feitas em Macau, Timor Leste, Angola e Moçambique; cada escola comporta 1.500 alunos e tem um centro de formação de professores que atendem à rede de ensino. O artigo ainda informa que os alunos terão dupla certificação permitindo que eles façam o ensino superior em Portugal.
São ações positivas como essa que merecem apoio e incentivo para reverter situações que nos envergonham mais que a derrota da Seleção. Exemplo? – a cracolândia financiada pelo prefeito Haddad com dinheiro público, e que recebeu a visita do príncipe Harry; certamente, por uma questão de ética, ele  guardou para si as impressões do que viu no local.

Precisamos de escolas de qualidade para formar cidadãos qualificados para exercer com competência e credibilidade suas atribuições em qualquer setor da vida profissional – inclusive na gestão pública.