Falta lealdade
nacional e sobra compromisso partidário dos políticos e do governo central mais
preocupado com a conquista de um novo mandato do que com os interesses da nação
brasileira.
Isso ficou evidenciado
na fala da presidente Dilma na entrevista concedida à TV Al Jazeera, do Qatar,
quando esquecendo que ela é continuidade de um governo no poder há 12 anos, usa
o espaço e pede votos, um novo mandato. Ficou claro que seu compromisso é com
um partido. Seus ministros, promovidos a ‘consultores’ a acompanham na prática
do uso de cargos para atender interesses do partido no poder, e o Palácio do
Planalto foi transformado em palanque eleitoral.
Em
síntese: - Fizeram da Política sua
profissão - e usam o partido, o cargo e o voto do eleitor para se dar bem
na vida. Político é eleito para servir a Nação, não servir-se dela como está
acontecendo no Brasil. Democracia implica em alternância de poder e isso não
vem sendo respeitado pelos políticos que se transformaram em profissionais da
barganha. Isso tem que acabar em todos os níveis de governo. Há uma campanha
para reverter essa situação: - acabar com esse político profissional. Já temos
a lei da ficha limpa, mas isso é insuficiente.
O Brasil merece uma classe política
decente, com credibilidade e principalmente competência administrativa. Uma grave
falha na política nacional é a falta de um programa de governo independente de
quem esteja no cargo.
O Poder Executivo é para
executar programas, não para impor projetos pessoais e partidários como o ‘Decreto 8243/14’ da Presidência da República (PT). Ele institui o PNPS (Plano Nacional de
Participação Social) que tem por objetivo consolidar a participação social como
método de governo. Equivale à criação de um governo paralelo, ampliando os
mecanismos do controle social. O decreto presidencial abrirá as portas para que
os movimentos organizados avancem nas decisões governamentais, sem regras, sem
barreiras, tudo sob a capa dos conchavos políticos partidários e de acordo com
as ideologias do governo no poder. Quem não estiver alinhado com eles não terá
voz ativa no governo. O ‘controle social’ avança a passos largos. Cabe ao poder
Legislativo sustar essa aberração e demonstrar sua lealdade à Nação.
O governo colocou todas
as fichas na Seleção e a Copa das Copas acabou nostalgicamente. Isso é o mal
menor para a nação que agora pode levantar a cabeça e começar a renovação – a partir
do zero - não só no futebol, mas em todos os setores da vida. E voltar a
atenção a problemas gritantes como o da Educação, por exemplo.
Por falar em
educação acabo de ler uma noticia otimista (Revista Veja – 14/07): “Portugal
vai abrir escola pública em São Paulo” – será em 2015 e irá atender
crianças da pré-escola que continuarão na mesma escola até o ensino médio. O currículo
será elaborado por equipes técnicas dos dois países, porém o objetivo é trazer experiências
que deram certo em Portugal. Vai repetir as experiências feitas em Macau, Timor
Leste, Angola e Moçambique; cada escola comporta 1.500 alunos e tem um centro
de formação de professores que atendem à rede de ensino. O artigo ainda informa
que os alunos terão dupla certificação permitindo que eles façam o ensino
superior em Portugal.
São ações positivas
como essa que merecem apoio e incentivo para reverter situações que nos envergonham
mais que a derrota da Seleção. Exemplo? – a cracolândia financiada pelo
prefeito Haddad com dinheiro público, e que recebeu a visita do príncipe Harry;
certamente, por uma questão de ética, ele
guardou para si as impressões do que viu no local.
Precisamos de escolas de
qualidade para formar cidadãos qualificados para exercer com competência e
credibilidade suas atribuições em qualquer setor da vida profissional –
inclusive na gestão pública.