sexta-feira, 11 de julho de 2014

A PRINCIPAL LIÇÃO DA COPA/ 2014 : - É PRECISO ESTAR PREPARADO PARA QUALQUER EVENTUALIDADE, INCLUSIVE PERDER.


O objetivo de nossa jornada por este planeta é a perfeição e, para atingi-la, torna-se necessário em primeiro lugar seguir o reto pensar e, depois, o reto agir. O ser humano é um incoerente e desarmônico amontoado de desejos, pensamentos, paixões, hábitos, emoções, preconceitos, sentimentos, idéias e ideais, lembranças, atitudes conscientes e inconscientes. Ele não é uma unidade, mas um desastrado conflito. Sobram imperfeições, falta o desejo verdadeiro de aprimoramento. Torna-se campo fértil para a manipulação ideológica e presa fácil do discurso oportunista dos maus políticos de plantão.

Mergulhado na roda- viva diária, o individuo sofre-lhe as consequências: – A começar com a efervescência político-social que neurotiza tudo e todos. Os divertimentos fatigam. As comodidades anulam a vontade. A rotina sedentária o acomoda à mesmice. A idealização utópica dá a ilusão do perpétuo ‘ganha – ganha’  e impede pensar na hipótese da perda. Foi o que aconteceu na partida de futebol (Brasil 01 x 07 Alemanha) de forma drástica no dia 8 de julho com a derrota de um time de meninos sem preparo suficiente para a empreitada diante de um adversário superior sob todos os aspectos.

O torcedor não estava preparado para perder, como a Seleção também não. As artimanhas não deram resultado e a lição de moral dada pelo zagueiro alemão Boateng ao jogador Marcelo que simulou um pênalti resume o verdadeiro espírito esportivo que deveria prevalecer: - ‘É muito melhor vencer com honra. Ou honrar o vencedor’.

Tinha que ser de goleada para que a Nação acordasse da hipnose coletiva embalada pelo discurso do país do futebol, pátria de chuteiras, país maravilha.
 Os cartolas agora acodem falando em mudar o futebol. É o país inteiro que tem que mudar, senhores! É preciso mudar tudo, especialmente na política como é praticada no toma lá, dá cá, pelos partidos de aluguel, da corrupção, da incompetência...

Não é só de um novo técnico de futebol para a Seleção que o Brasil precisa. A educação está carente de profissionais qualificados, faltam técnicos em todos os setores da administração pública.

As manchetes nos jornais do mundo sobre a derrota da Seleção brasileira, é realista quando fala em fim de ciclo – fim do estado geral das coisas no Brasil. É por aí.
O futebol apresentado não foi o melhor. Fica a  lição de civilidade deixada pelas equipes que, mesmo perdendo, no final do jogo aplaudiram o público e confraternizaram com o adversário. Outros povos, outra cultura, outra educação. Temos muito a aprender com eles.

Creio que ainda vamos agradecer ao Felipe Scolari e dizer: ‘– Doeu perder a Copa, mas foi necessário para o país ganhar um estimulo para sair do marasmo e tornar-se adulto. Obrigado’.

A Seleção do Brasil está entre as quatro melhores do mundo e isso deve ser comemorado.