Não sou dada a
escrever textos longos, pois há quem os faça melhor. Procuro refletir um pouco
do que ocorre no quotidiano, muitas vezes, infelizmente com notícias
estarrecedoras como os absurdos cometidos por delinquentes protegidos pelo ECA
contra cidadãos de bem. O que fazer? Outra
nota preocupante diz respeito a crise
entre os poderes onde a militância já não esconde as intenções de agir
ditatorialmente. Esse estado de ânimos não pode persistir sob pena de
comprometer as instituições democráticas. Também chamou a atenção a vaia dos produtores
rurais à Presidenta que passeia pelo país sem se dar conta dos reais problemas
da Nação. Somos um país onde é o agronegócio quem sustenta o PIB. O poder pelo
poder não basta.
A insegurança dos indivíduos
expostos a ação de criminosos, sob as vistas grossas de autoridades que
contribuem para criar confusão e banalizar o que deve ser tratado com seriedade,
precisa ser resolvida.
Redução
da Maioridade? A proposta do governador de São
Paulo Geraldo Alkimin para punir os menores delinquentes infratores é viável e
pode ser posta em prática imediatamente.
Entendemos que devem
ser aplicadas penas de acordo com a gravidade da ocorrência como regra geral
para o menor de 18 anos. E, se for reincidente não merece confiança e deverá
não só cumprir nova pena, mas também ressarcir as vítimas e pagar os custos de
sua estadia na cadeia; medidas mais efetivas podem surtir efeitos mais rápidos.
Dizem que a punição que pesa no bolso é que mais educa.
Já está comprovado
que cada dia mais cedo as crianças atingem a maturidade. Hoje um adolescente de
16 anos já pode ser emancipado, constituir família, abrir uma empresa, votar,
etc., portanto deve também arcar com as conseqüências de seus atos.
No desenvolvimento físico que ocorre a cada 7 anos, aos 21 se completa o
nascimento da barba nos homens... Estarão esperando que os jovens tenham barbas
para aprender a honrá-las?
Perdão,
compreensão e acolhimento fazem parte da nova moral que substituiu a pena ‘do
Olho por olho, dente por dente’. Este assunto me remeteu a uma frase que ouvi
há tempos. Meu irmão mais velho e um colega debatiam filosofia, religião, moral
e assuntos afins no portão de nossa casa. Eu estava estudando na sala e,
casualmente, uma frase me chamou a
atenção: - “Quando Jesus ofereceu a outra
face ninguém se atreveu a bater. Não saberemos nunca qual teria sido a sua
reação se seus inimigos tivessem batido...”
A questão levantada
foi: – Será que é para perdoar ao infinito? Qual é o limite humano ou racional
para continuar aceitando agressões? É um assunto para se meditar. O perdoar 7
vezes 77 é uma forma de estabelecer um limite.
O sete é um número simbólico,
porém finito. Como a paciência de quem só é tratada de forma desrespeitosa,
agressiva, aviltante. As militâncias e defensores dos direitos do menor e do
adolescente que se opõe a punições mais eficazes dos infratores, deveriam
contribuir para resolver o problema adotando, por exemplo, um desses menores.
- “A maior parte
dos homens é má”. (Bias – sábio grego – 550 a.C);
- “O incontestado é a ruína”.
(Tales – idem).