-“Não é fácil ser argentino” - disse ontem em entrevista uma psicóloga argentina, para justificar o grande número de profissionais na área, e do seu trabalho, inclusive on-line, para pacientes que decidiram deixar o país por falta de condições de viver na Argentina.
Entendemos que não deve realmente ser fácil viver por lá. Conhecemos de perto a índole ibera do povo argentino.
Mas, e aqui no Brasil, será mais fácil? Vejamos detalhes da semana:
- “A greve dos professores de universidades e institutos federais de ensino superior completa três meses nesta sexta-feira, com 95% das instituições paralisadas e um impasse entre grevistas e o governo federal que parece longe do fim. Os professores de 57 das 59 universidades federais do país estão com os braços cruzados.
Muitas universidades expandiram o número de alunos sem que houvesse infraestrutura adequada. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, aumentou em 520% o número de vagas, mas faltam laboratórios, refeitórios e até salas de aula nos novos campi criados. No Rio de Janeiro, a expansão acontece em universidades de lata. No interior do estado, contêineres servem de sala de aula e de depósito para material que deveria servir para cursos da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre 2007 e 2011, o Ministério da Educação (MEC) repassou 4,4 bilhões de reais às federais para obras do Reuni. Contudo, um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) aponta atraso em uma de cada quatro construções avaliadas.” (Reinaldo Azevedo – Blog- 17-08-2012).
Além de 57 das 59 universidades federais, a greve paralisa os trabalhos em 34 de 38 institutos. Mesmo diante das recusas e sob protestos dos demais sindicatos, o governo encerrou as negociações e diz que enviará o novo orçamento ao Congresso Nacional até o fim de agosto. (idem)
Nota – e, mesmo com toda essa falta de estrutura, o Ministro da Educação insiste em querer levar todos os jovens para a Universidade mesmo com baixo nível de aprendizado. Quer usar a técnica da globalização de conteúdos específicos alegando que é preciso acabar com a fragmentação do conhecimento (sic). Será que ninguém lhe falou que engenheiros, arquitetos, médicos e todos os profissionais da saúde, químicos industriais, entre muitas outras profissões de alta especialização exigem o conhecimento específico das disciplinas que ele quer aglutinar num genérico?
Enquanto isso, lá nas Alagoas, participando da inauguração de uma unidade industrial a Presidenta discursa:
- “Esse caminho, que é responsável pela construção de um grande mercado interno, e um grande mercado interno que é um grande demandador de produtos plásticos, porque o PIB pode ser lido também pela importância que tem a indústria de plásticos na medida em que ela está em vários segmentos industriais e também que ela faz parte dos bens de consumo duráveis, semiduráveis que a população, quando a renda aumenta, demanda. (Augusto Nunes – Direto ao Ponto – 17/08-2012 ).
Bem. Para um sábado ensolarado acho que é o suficiente.