Novamente os índices do IDEB a clamar por medidas urgentes para mudar os rumos da educação para uma EDUCAÇÃO de verdade.
Aí estão as estatísticas a confirmar o que já se sabia, ou seja, que a política adotada de aumentar a aprovação dos alunos sem a correspondente aprendizagem continua na ordem do dia do MEC.
Propor metas e depois correr atrás de resultados tem sido a conduta desastrada dos responsáveis pelo quadro vergonhoso da eterna revolução às avessas do socialismo esquerdopata ignorante, no item Educação.
Dos 5.136 municípios avaliados (ensino fundamental) apenas 674 conseguiram índice igual ou superior a 6; com destaque para a região Sudeste com 459 e a região Sul com 179; a região Norte não conseguiu atingir a meta. Mas mesmo dentro do Sudeste há disparidades gritantes. No Rio de Janeiro, por exemplo, apenas 41,3% das cidades atingiram a meta.
Pelos dados, as notas de mais de 37% das cidades brasileiras nos anos finais do Ensino Fundamental ficaram abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação para 2011. Isso, apesar de metas irrisórias estabelecidas; em média, o MEC esperava que as redes públicas, ao final da 8ª série, fossem capazes de atingir nota 3,7. Mesmo assim, muitas não conseguiram.
Em oito Estados – Amapá, Alagoas, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins –, menos de 50% dos municípios atingiram essa nota. Em Roraima, um recorde macabro: nenhum dos 17 municípios foi capaz de chegar aos 3,7. A nota do Estado como um todo — 3,6 — foi inferior à nota que havia sido registrada pelo IDEB em 2009 – quadro que se repetiu no Amapá, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Mesmo na região Sul do país, apenas 60% das cidades atingiu a meta.
O problema vem de longe... E só tem feito se agravar. Recordo de algumas reuniões pedagógicas que assisti pouco antes de deixar o magistério. Já no início dos anos 80 começavam a cobrar aprovação dos alunos considerando além de conhecimento específico, frequência, comportamento, etc. Ainda havia a autonomia dos conselhos de classe para uma avaliação dos alunos pendentes em mais de duas disciplinas. O nível de conteúdo que era ministrado nas classes diurnas já não era possível manter nas classes correspondentes noturnas. Uma lástima! Classes superlotadas de alunos em sua maior parte sonolentos, cansados e desmotivados após um dia de trabalho. Já começava a pressão para que os professores aprovassem. E, infelizmente começava a se deteriorar a formação de novos professores. Lá se foram cerca de trinta anos. E o resultado está aí. Só tem piorado. Quotas para a universidade, para quê? Isso não resolve o grave problema da Educação e muito menos a formação de mão de obra qualificada.