- “O Brasil vive um apagão intelectual”. (Cristovam Buarque – senador).
Nenhuma novidade. Apenas uma triste constatação do que há anos está a ocorrer em nosso país.
O atual ministro da Educação considerou uma vitória os índices ridículos do Ideb. A lengalenga sobre quotas raciais (50%) nas Universidades, os resultados da avaliação das escolas, a reformulação dos currículos escolares, etc. tem levantado debates oportunos entre educadores. Isso é muito bom. Venho acompanhando o que dizem pessoas com capacidade para avaliar a real situação da Educação no país.
Vamos resumir:
Há unanimidade entre as pessoas envolvidas com o ensino – em todos os níveis – sobre a necessidade urgente de melhorar a qualidade do ensino, a começar pelo começo.
Lembram:
1- É preciso formar professores com melhor qualificação; 2- remuneração digna para atrair profissionais que atendam às necessidades curriculares específicas (matemática, física, química, biologia, geografia, etc.); 3- instalações adequadas para atender todos os alunos; isso inclui salas de aula com número limitado de alunos, bibliotecas, laboratórios, espaço para prática recreativo-esportiva, atividades artísticas (música, teatro, trabalhos manuais, etc.);
2- Avaliação – constante como um estímulo a vencer desafios do aprendizado; corresponde ao ‘feedback’ que tem sido relegado às calendas. Lembraram do exame de admissão ao ginásio selecionando os alunos com melhor preparo para prosseguir nos estudos mais adiantados enquanto os outros passariam por um reforço antes de prosseguir.
3- Quotas (50%)– num primeiro momento muitos concordam como uma solução pontual até serem corrigidas as distorções entre o rendimento dos alunos das escolas públicas e particulares. Todos concordam que as quotas subestimam a inteligência e a capacidade de aprendizagem dos alunos; gera discriminação; cria problemas às Universidades, pois haverá aumento de alunos com dificuldades não só para acompanhar os currículos de nível superior, como também cria outros problemas (alojamentos, transporte, alimentação, material didático, etc.).
Uma crítica foi à centralização do comando da Educação. Lembraram que é preciso levar em conta a extensão territorial do país, a diversidade cultural, os interesses e necessidades individuais de cada unidade da Federação, e sugeriram uma descentralização da área federal para os Estados atenderem de forma adequada às suas realidades, obedecendo um currículo básico nacional.
O caráter centralizador ditatorial, a nosso ver, subestima a capacidade dos cidadãos de se organizarem produtivamente, inclusive na área da Educação.
Lembrete: Aprender é simples! Ensinar é simples. É só dizer as coisas como elas são. A solução para os problemas atuais da Educação também é simples. Basta deixar de lado a excessiva burocracia, as teorias pedagógicas utópicas e colocar no comando da Educação pessoas com Vocação para o Magistério.