terça-feira, 1 de novembro de 2011

O HABITANTE NÚMERO 7 BILHÕES NASCEU!

Já chegou o habitante de número 7 bilhões, e junto, mais algumas centenas e milhares chegam a cada minuto no planeta Terra.
Por curiosidade fiz o cálculo para saber qual foi o meu lugar quando nasci. Diz a tabela que eu fui a pessoa viva de nº 2.228.528.405! Quanta gente mais chegou depois! A marca é de 7 bilhões, porém é bem possível que nem todos estejam sendo contados.
Ao contrário das expectativas pessimistas há lugar de sobra para todo mundo. O problema é que as pessoas, pelo espírito gregário, estão se concentrando nas cidades; e justamente as maiores cidades é que se tornaram o foco de atração de muitos moradores. Essa aglomeração expõe os problemas que deveriam ter sido equacionados à medida que as cidades foram crescendo. Por descuido, displicência, falta de vontade política, descaso, comodismo, etc., o setor de infra-estrutura não recebeu a devida atenção. Isso criou áreas insalubres de toda espécie formando verdadeiros guetos ao lado da riqueza urbana.
Alguns países da União Européia (Portugal e Espanha) têm incentivado as pessoas a deixarem as cidades grandes e voltar para o interior onde muitas cidades estão em vias de desaparecer. Poucos se têm interessado.
O Brasil, por exemplo, têm 85% de sua população concentrada nas grandes cidades com tendência a um maior crescimento nos próximos anos. Países com maior população: China e Índia - passam por um processo de mudanças e conquistas que permitem melhor qualidade de vida aos seus cidadãos, porém ainda estão muito aquém do ideal.
O maior problema das novas gerações é que chegam ao planeta com uma expectativa de vida maior e isso faz com que os dirigentes mundiais se sintam na obrigação de impor limites. Na China a política do filho único vai continuar. E, pelo mundo afora não faltam os apocalípticos a apregoar problemas de toda ordem. Inclusive o fim do mundo!
Em contrapartida vemos obras de engenharia construindo ilhas artificiais, cultivo de alimentos com alta produtividade, inclusive nos desertos, facilidades na circulação de produtos de um continente a outro, tecnologia que pode vencer qualquer obstáculo, inclusive o de reciclar plástico transformando-o no original produto combustível, etc. A engenhosidade e a criatividade humana são infinitas. A cada problema há muitas soluções. Basta querer fazer o deve e pode ser feito. Na verdade falam muito sobre o que é necessário para melhorar a qualidade de vida nas cidades, mas fazem pouco. No Brasil temos até um Ministério das Cidades. Teorias, projetos, planejamentos, obras inacabadas, corrupção, etc. vão adiando as soluções. E, o pior, tudo paralisa a cada nova eleição.
Ninguém pensa, por exemplo, em esvaziar as cidades. Seria uma solução para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. No Brasil, com a imensidão do seu território seria uma solução fácil. No início da nossa história, consta que quando o número de habitantes aumentava muito na Vila de São Paulo e começavam as arruaças e a desordem, os líderes organizavam as “bandeiras” e partiam para o sertão levando centenas de cidadãos. Atualmente, basta criar núcleos de interesse ocupacional e temos certeza que muitas pessoas migrariam para eles com suas famílias.
Mas, enquanto as pessoas se amontoam nas favelas ao redor das luzes das Metrópoles, os senhores legisladores brasileiros já decidiram que é preciso fazer um CADASTRAMENTO DE TODAS AS ÁRVORES DAS FLORESTAS E MATAS DO BRASIL!
Você leu certo. É isso aí. Estou curiosa para saber o que constará desse cadastramento que deverá equivaler ao cadastro nacional de carros (sic) nas palavras do autor da emenda ao Código Florestal Brasileiro em debate, e em vias de votação no Congresso. Será que cada árvore terá uma placa de identificação com todos os dados “pessoais”? Creio que não foi por conta dos 7 bilhões de habitantes da Terra que pensaram numa forma de ocupar os cidadãos com uma nova atividade. Vai ser mais de m³/floresta/cadastrador... o que significa que vai fixar ninguém longe das atuais Metrópoles, como seria o ideal.
“Supostamente” continuaremos na estaca zero em termos de novas iniciativas em prol do ser humano.